quinta-feira, 24 de março de 2011

Ricochete

Suportando os esforços do homem, que luta para atender os seus anseios de progresso, o planeta Terra está parecido com um alvo em academia de tiro. Já não se vê lugar para mais um buraco, mesmo para o disparo do exímio atirador.
Como se fora um conta-gotas a natureza pingou seus recursos nas mãos do homem que fez deles, exacerbando seus egoístas anseios, uma gastança. Gastou mais do que precisava atendendo o bem estar dos que detêm os recursos financeiros.
Com isso, o equilíbrio necessário para uma vida sem sobressaltos ficou por conta do impossível.
Nascentes saíram do mapa hídrico, dando lugar a loteamentos e asfaltos provocando a permeabilização do solo; a derrubada de matas ciliares que desertificou as margens dos nossos rios; a derrubada de florestas inteiras, atendendo a sanha financeira de poucos em prejuízo do próprio clima das regiões, modificando a natural distribuição das chuvas.
Enfim, o homem não deu atenção às necessidades do aproveitamento dos recursos naturais oferecidos pelo planeta.
Isto é, encheu de balaços o nosso querido recanto no Universo.
Atendeu o homem as suas ganâncias, sem um pingo de raciocínio, prejudicando o manancial necessário para a vida humana, de maneira desordenada.
Ora, era de se esperar o ricochete dos projéteis da ignorância.
As chuvas caem em abundância e enchendo cidades, ruas, casas e matando gente.
Os deslizamentos acontecem levando de roldão casas destruindo cidades e matando gente.
Os acidentes naturais, como terremotos e tsunamis, encontram lugares sem a segurança necessária, matando gente e colocando em perigo a vida de muitas vidas, como está acontecendo no Japão com os problemas da Usina Nuclear inutilizada pelo Tsunami.
O aumento da temperatura na Terra exige do homem, devido à velocidade com que está acontecendo, uma adaptação que antes de ser atingida vai matar muita gente.
Entretanto, o mal, sempre, conspira a favor do bem.
A maciça propaganda e atitudes em favor do meio ambiente mostram que o homem, por fim, movido pelo solavanco na rédea, acaba aprendendo a fazer as coisas como devem ser feitas.
Cabe a todos, com certeza, o dever de servir de instrumento de repercussão das medidas acertadas em favor do nosso Planeta Terra.
Desde o descarte do lixo domiciliar até os cuidados com as Usinas Nucleares, o homem precisa incluí-los no rol de suas preocupações para um bom viver.



segunda-feira, 21 de março de 2011

Quem tem medo da outra vida?

São tantos os infortúnios nos dias de hoje que cabe a pergunta.
No passado as guerras cuidavam de manter a ida dos Espíritos para o mundo espiritual, numa constância expressiva.
A quantidade de guerras diminuiu, no entanto, as poucas que espocam aqui e ali, a fome pelo continente africano, os terremotos, os tsunamis e as mortes naturais, continuam mandando para o outro lado número expressivo de seres humanos.
Segundo noticias do mundo espiritual, através da mediunidade, informam que o planeta Terra está num momento de intensas mudanças, se preparando para entrar definitivamente no rol dos Mundos de Regeneração e, para tanto, precisa melhorar o nível de moralidade dos seres que encarnam por aqui.
É preciso saber que estes espíritos, que daqui para frente, vão encarnar no planeta Terra, são espíritos que aqui já viveram encarnados, obedecendo a Lei do Progresso, como resultado do aprendizado e das expiações, que funcionam como cadinho para tornar mais puros os Espíritos.
Nesse sentido podemos responder à pergunta: Quem tem medo da outra vida?
Os Espíritos que estão encarnados e continuam viver ouvindo, a todo o momento, as recriminações pelos seus atos descambados para o lado do mal, por certo, têm medo da outra vida, pois quando chegarem ao outro lado, após a sua desencarnação, encontrarão duas probabilidades:
1ª – Reencarnarem, não mais na Terra, mas num planeta de nível inferior, onde terá a missão de viver no meio de seres com moralidade abaixo da sua própria moralidade. Por isso, já saberão o esforço que deverão despender para enfrentar a barra pesada num mundo, que por certo estará saindo do nível Primitivo para um mundo de Expiações e Provas, mais ou menos no nível do Planeta Terra de 10.000 anos atrás ou mais, numa reencarnação incondicional;
2ª- Reencarnarem, mais uma vez no Planeta Terra, para uma última oportunidade de conquistar o direito de acompanharem o Planeta na sua evolução natural, mas pagando o preço alto exigido, tanto de aprendizado como de Expiação, numa reencarnação condicional.
É certo, também, que muitos daqueles que já conquistaram o direito de acompanharem o Planeta Terra na sua Evolução, estão renascendo e poderão ser identificados pela qualidade mental e de conhecimentos natos, surpreendendo todos nós pelas suas atitudes direcionadas pela nova ordem moral que deverá prevalecer no nosso planeta, sempre premiando o bem,
Estes, por certo, não têm medo da outra vida.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Não se omitam

Penso às vezes se estou preparado para levar palavras de conforto aos meus irmãos em CRISTO.

Às vezes, inclusive, me surpreendo em idéias que me lembram o quanto, ainda, sou pequeno.

Porém, os Irmãos Iluminados dizem-me que, caso eu não me esforce, cometerei o maior pecado de todos: O PECADO DA OMISSÃO.

Portanto, convido a todos os meus irmãos, tanto os encarnados como os desencarnados, para não se deixarem levar pela timidez e, sim, falarem em tom de ensinamento, o que têm dentro dos seus corações.

NÃO SE OMITAM.

Todas as experiências, desde as mais simples até as mais sofisticadas, serão, sempre, lições de vida para todos.

O Alicerce

— Estou ficando velho!
— Que é isso seu Vernil, deu prá falar besteira?
— Assim fosse dona Maria.
—Minha sobrinha Débora casou-se e na festa esqueci-
me do tempo e paguei caro por isso.
— Imagina que comecei a dançar com minha sobrinha, a Tatiana e mandei ver. Requebrei, rodopiei, pulei e, pensei que estava dando um show, dançando feito o Baryshnikov, sonhando ser o alicerce do mundo.
— Nenhuma novidade, o senhor sempre dançou bem!
— Aí é que está o nó de mais em cima. Segundo alguns mais atenciosos, eu parecia que queria apagar pontas de cigarro que estavam no chão e ao mesmo tempo tentava chutar brasas que haviam espalhados pelo salão. Mais parecia a dança de São Guido, nunca Baryshnikov.
— Imediatamente senti os efeitos quando quis levar à boca o garfo de arroz com açafrão. A tremedeira foi tanta que tive que segurar o instrumento com as duas mãos.
— No Domingo, entretanto, foi que as dores nas pernas e nos braços deram-me a amplitude do abuso.
— Isso não me interessa seu Vernil, quero saber da cerimônia lá na Igreja.
— Foi muito bonita. O padre falou tudo que, o mais inspirado dentre todos os poetas, evangelizadores, pais, mães, escritores, filósofos, conseguiriam falar.
— A beleza ficou mais acentuada pelas músicas e, principalmente, quando a Ave Maria foi magistralmente interpretada. Aqueles que ficaram encantados com a Dama (Maria Carolina, a sobrinha mais nova), com mais a música acabaram vertendo lágrimas.
— E a noiva, seu Vernil, como é que ela estava?
— A Débora foi sempre muito bonita, séria e compenetrada, mas lá na Igreja e até terminar a festa lá no salão da Ararense, brindou a todos com um sorriso que bem espelhava a sua felicidade. Ela, mais o vestido e as flores compuseram um quadro para se guardar para sempre.
— O noivo, com certeza, foi uma grande aquisição da família. O coração calmo e grande estava espelhado no seu largo sorriso. Além disso, é um craque, veloz como o vento.
— Como estamos falando só de boas qualidades vamos esquecer o nome do time para o qual ele torce.
— O senhor não se esquece de colocar o futebol no meio, né seu Vernil?
— Na verdade, dona Maria, num casamento, tem que se colocar todas as coisas, pois elas são a realidade e o alicerce, em cima dos quais, o casal construirá a felicidade.
— As coisas que passaram são o calçamento da estrada na qual os dois deverão transitar. De mãos dadas poderão escolher melhor por onde levar a vida.
— E, como disse o Padre:
— Murilo deve se esforçar para dar à Débora o máximo e Débora deve se esforçar para dar ao Murilo o máximo.
— Que bonito seu Vernil. Vou lá para casa convidar o meu velho a se casar comigo outra vez.