terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Feliz Ano Novo

Aproveite que tudo é novo e renove-se, também.

Busque na lembrança do ano velho rever suas atitudes e as suas repercussões.

Está certo que fazer esta revisão, sozinho, é muito difícil.

Não se faça de rogado. Mergulhe dentro de si mesmo e veja a quantidade de amor que você deu e tem para dar.

Não, não pense que você é especial. Esta condição de fonte de amor é inerente ao ser humano. Todos que compõem a população da Terra são capazes de oferecer muito amor.

Não, não escolha a quem amar. Como irmãos que todos somos, criados por um só Pai, só alcançaremos a felicidade se amarmo-nos uns aos outros.

É difícil? Claro que é difícil.

— Mas se você esquecer-se um pouco dos seus legítimos anseios, para lembrar os legítimos anseios de todos;

— Lembrar-se e reconhecer que todos têm capacidade de raciocínio e direito à felicidade, deixando de lado os seus caprichos;

— Sentir que o seu egoísmo desagrega e mudar o tom imperioso das suas idéias e somar no esforço para a construção do bem;

— Fizer uma oração em favor dos que, com seus atos, obrigaram-no a momentos de tristeza, perdoando-os e reconhecendo que eles são os grandes artífices que estimularam o seu crescimento espiritual;

— Procurar os que, no afã de desempenhar as suas tarefas, produzindo ofensas e fazendo com que sofressem, pedindo humildemente perdão e reatar a amizade necessária aos novos empreendimentos, em busca da experiência que os levará à sabedoria;

Assim, com certeza, você estará renovando a sua alma e estará pronto para viver uma vida totalmente nova, enriquecida pelas energias positivas que o seu amor oferecido gerou, propiciando a sua renovação.

A vida querido amigo não é um ato solitário. Ela se desenrola, necessariamente, no entrelaçamento da vida de todos os seres e precisa para a sua otimização que cada um, por sua vez, seja agora melhor do que foi há um minuto.

A soma do progresso de cada um é que dará o resultado da felicidade que todos conseguiremos alcançar no ano que vai começar.

Prove que você melhorou, abraçando os seus pais, beijando a sua esposa e os seus filhos, compreendendo os que o cercam, familiares ou amigos, inclusive inimigos, para então, olhando para o horizonte, medindo o caminho que ainda lhe falta percorrer, cultivar a certeza de que este ano vai ser muito melhor do que aquele que passou.
Amai-vos uns aos outros como eu vos amo. (ao próximo como a ti mesmo)

Feliz ano Novo. Felicidades, para todos nós.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Aos meus amigos


Gostaria de marcar este Natal com toda a minha ternura.
Não posso, pois não sou terno suficiente para alcançar esta graça.
Entretanto, posso alcançar o máximo do amor que toda criatura tem dentro de si.
Por isso, neste Natal, quando as luzes empolgam as forças positivas do entendimento, predispondo os homens a buscarem a paz que Jesus ensinou, estendo a minha mão de amigo aos meus amigos.
É certo que o amigo invisível é o mote para a oportunidade que estou agarrando, pois que estamos todos mais nos escondendo por traz das atividades de cada um, sem tempo para confessarmos os nossos anseios aos verdadeiros amigos.
Assim, ao estender a minha mão de amigo para os meus amigos, junto a ela a minha confissão que procura mais que marcar os meus anseios, dizer lhes que:
Que rogo ao menino Jesus, que torne a nossa amizade invisível, em amizade sólida;
Que não precisemos estar presentes para que ela se manifeste;
Que cada um de nós a guarde dentro do coração;
Que aqueles que precisarem conhecer a nossa amizade, vejam-na nas nossas atitudes;
Que se quiserem saber dela saibam pela sua maneira incondicional de existir;
Enfim, saibam todos que se não estamos de mãos dadas é porque estamos de corações sintonizados, buscando sempre melhorar as condições de nossas vidas, através da compreensão, da renúncia e da misericórdia, isto é, do amor que Jesus nos ensinou, que faz de cada um de nós homens de paz.
Feliz Natal! Feliz Ano Novo!

Araras, 25 de dezembro de 2.008.

PS.Em anexo segue a chave invisível do meu coração, usem-na quando precisarem.
Vernil Eliseu

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Então é Natal!


Então é Natal!

Na reunião de meus anseios e esperanças encontrei bons motivos para não me alegrar.
No mundo a fome, ainda, é questão não resolvida e todas os dias nos bolsões de pobreza muitas crianças sofrem as suas conseqüências.
O capital, principalmente neste final de ano, mostra que sua selvageria desvirtua a distribuição das riquezas, recaindo sobre os mais fracos, os trabalhadores, o peso dos seus desvarios.
Entretanto, são problemas identificados e mesmo com a desatenção do estado e das elites, aos poucos, embora dolorosamente, vão sendo enfrentados.
Em contrapartida, nos meus anseios e esperanças, encontrei muitos bons motivos para me alegrar.
Vivo em paz com minha mulher, os nossos filhos, dignamente, trabalham e se sustentam e ganhamos, neste ano, um dos motivos mais expressivos para a nossa alegria, uma netinha, a Beatriz.
Costumam dizer que os avôs são pais mais dedicados.
É verdade.
Quem, depois dos sessenta, gastaria suas energias em danças dignas de bailarinos famosos, para divertir as crianças, senão os avôs?
Quem descobriria no choro manhoso de pedir para mamar um momento de alegria, o da formação da personalidade da neta, senão os avôs?
Quem descobriria nos gritinhos agudos da netinha, fortes indícios de expressão, senão os avôs?
É claro que estar vivo é um bom motivo para alegria. Mas de que valeria estar vivo se fossemos privados de descobrir no rosto de nossa netinha o sorriso tão puro de que ela é capaz?
Estes são bons motivos para me alegrar.
Saindo do meio familiar, nas ruas enfeitadas e reluzentes, o grande desfile das crianças. Olhos brilhantes, inquietos.
Quantas esperanças para serem somadas às esperanças da humanidade, com força insuspeita do poder fazer acontecer, pois nas esperanças puras das crianças é que o mundo e todo o universo há de progredir.
Por isso, a minha roupa toda vermelha já está limpa e passada, para que logo mais à noite, quando a estrela Dalva estiver no seu momento mais brilhante no Céu, eu possa ajudar instalar nos rostos daqueles que são de fato os donos do mundo, as crianças, a alegria precisa que nasce com a celebração do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A felicidade

Todos nós temos direito à felicidade.
DEUS, através da sua Lei, quer que o homem, denodadamente, na sua vida corporal, busque a felicidade.
No entanto, neste mundo que habitamos, parece-nos que a felicidade é muito rara.
Sem conhecer os nossos objetivos como criaturas de DEUS, naturais deste planeta, é certo que dificilmente encontraremos a felicidade.
Uns acham que a felicidade é a posse de bens.
Mas, tão logo, a casa, o carro, a bicicleta, já estejam conosco - bens adquiridos por nós - não levará muito tempo e lá estará a nossa insatisfação de volta.
Outros acham que a felicidade é a vivência de momentos prazerosos.
Um bom filme, um bom passeio, um papo e chope no bar, um “jogão” de bola, enfim. Mas tão logo vivamos os bons momentos, eis que estará de volta a nossa angústia.
Quase todos acham que felicidade é ter muito dinheiro.
Pode-se comprar com o dinheiro quase tudo: prazeres, diversões, viagens e bens. São, no entanto, colocados de lado para dar lugar à desconfiança angustiante.
Para nós a felicidade é uma chama dentro do nosso ser, uma meta um tanto difusa, quase utopia, não fosse a vida eterna que DEUS nos deu, para que o homem, buscando a felicidade, se aprimore, aprendendo e reestudando as lições.
É através dessa renovação íntima e ininterrupta que lograremos alcançar a verdadeira felicidade.
Essa verdadeira felicidade que devemos buscar seja entendida desde já, como a nossa transformação de criaturas nascidas inocentes, isto é, puras e ignorantes em criaturas totalmente sábias, isto é, conhecedoras de tudo através das vicissitudes das encarnações e, ainda assim, puras, inocentes.
Poderíamos dizer que quando chegar esse abençoado momento seremos espíritos angelicais, mas para um melhor entendimento, preferimos dizer: quando aliarmos a pureza e a sabedoria que DEUS projetou para a sua mais cara criatura, seremos definitivamente felizes.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Iluminação



 

SOMA os teus esforços com os esforços do teu irmão e juntos ajudem sob a regência de JESUS a melhorar as condições dos ESPÍRITOS, que estão contigo encarnados neste Planeta Terra.



MULTIPLICA os teus esforços na senda do BEM, pois promoverás, sem dúvida, graças a esta semeadura, a colheita de uma safra de incrível produtividade de PAZ.



DIMINUA as tuas atitudes que estejam acompanhadas do egoísmo que, do teu próximo, receberás de prêmio, a AMIZADE FRATERNA que alegrará o teu espírito.



DIVIDE com o teu próximo as dádivas que DEUS te permite angariar e arrecadarás, no amor provindo dos teus atos, subsídios para a tua reforma intima, e conquistarás a graça de poder apoiar os teus amigos e, também os teus inimigos, o que, sem duvida, será a conquista da tua própria ILUMINAÇÃO.



   

   

                         


O Amor


O AMOR substitui todos os dons e sentidos, quando se trata do relacionamento humano.

Principalmente quando dois seres se elegem para ser um companheiro do outro.

A partir daí a magia da vida se desdobra em grandes possibilidades, que podem ser de felicidade ou de infelicidade.

Por isso, devemos desde logo, desenvolver em nossas mentes o costume de amar.

Pois se vir a felicidade a irradiação do amor será abrangente e beneficiará todos que cruzarem o caminho do casal.

Entretanto, se vir a infelicidade, que o amor seja forte o necessário para enfrentá-la, expulsando egoísmos e incentivando a renúncia, tão necessária para o entendimento entre os seres.

Por isso, o AMOR deve ser natural e deve resistir a todas as provas.

A fraternidade advinda da prática deste AMOR, irresistível, que possibilitará o entendimento e a paz, melhorará o mundo que nos cerca.

Portanto, AMAR É A META IMEDIATA.

Os demais objetivos serão alcançados, pois quem consegue AMAR, consegue tudo mais.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Solidão

Passaram se os anos.
Invernos e primaveras, verões e outonos, se sucederam, trazendo, para as nossas vidas e levando delas, momentos felizes e momentos de tristezas.
Cumpriam a Lei Natural do desenvolvimento.
Ao final do peneiramento promovido pelo inexorável passar do tempo, ficamos nós, como se fôssemos placares digitais, a ostentarmos as marcas da repercussão das nossas atitudes.
Largamos pelas estradas pedaços de nós mesmos e sentimos que aqueles que nos são caros, pouco a pouco se afastarem de nós, tangidos pelas vicissitudes das suas próprias vidas, ocupados em arrumar os seus próprios futuros.
Por isso, muitos de nós, ao nos aproximarmos do fim natural de todos, muitas vezes, nos percebemos a sós e, mesmo até cercados de convivas, estamos solitários.
Por certo, esses irmãos, desavisados pela ignorância que carregam não se preocuparam, durante as suas vidas, em dedicar, nos melhores momentos, atenção e afabilidade para granjearem verdadeiros amigos.
Os verdadeiros amigos, que necessitamos, não são disponíveis apenas porque queremos. Encontra-los e torna-los realidade em nossas vidas demanda esforços especiais.
È necessário que descubramos os nossos corações e os coloquemos à disposição dos candidatos a nossos amigos de verdade.
O nosso gesto terá que ser tão convincente o suficiente para não deixar nenhuma possibilidade de duvida.
Uma verdadeira amizade que se sustente no incondicional amor permanece efetiva pela eternidade.
Assim, ela será bastante para que amigos de verdade, cuidem-se, um do outro, mesmo nos mais íntimos momentos de nossas vidas, principalmente, nos tempos em que nossas idades estejam a obstar os nossos movimentos.
Portanto, são precisos os nossos cuidados desde agora, pois ninguém poderá viver solitariamente sem que experimente sofrimentos de grande repercussão sobre os seus corpos e sobre as suas almas.
Lembremo-nos que ao nascermos as nossas fraldas são trocadas por inúmeras mãos enquanto que no ocaso de nossas vidas, somente as mãos dos nossos amigos de verdade é que nos limparão os cueiros.
Além de disponíveis para esta tarefa, fizeram com que nos melhores momentos de nossas vidas, no esforço para conquistá-los, conseguíssemos os melhores momentos na ligação com o nosso criador, desenvolvendo nas nossas atitudes de angariar verdadeiros amigos, a capacidade de iluminarmos os nossos espíritos.

O tempo e a alma


Graças a Deus, hoje, mais que antigamente, a disposição de conversar é uma realidade.
Numa confraternização, conversávamos eu e um amigo de longos anos, entre outras coisas, sobre o que o tempo de vida traz de bom para o homem.
É certo que ficamos muito mais sensíveis.
O interessante é que esta sensibilidade se materializa de maneira a aumentar a preocupação do homem.
Por algum dispositivo que desconhecemos o homem preocupado, na maior parte das vezes, não se dá conta da preocupação com o seu próprio ser.
É verdade que ele se preocupa consigo, mas o grande alvo de suas preocupações são outras coisas.
Preocupa-se com os governos, com acidentes, com os familiares, com tudo que acontece no mundo, de modo potencializado que, de certa maneira, o faz sofrer.
Seria porque com as experiências vividas compreende e separa com competência o que é inócuo e o que é útil para o engrandecimento do progresso do homem?
Pensamos que sim.
Nesta altura do tempo de vida, buscando com mais veemência as explicações da utilidade da própria vida, ele desemboca no vale do Bem e do Mal.
Alguns, religiosos, estudiosos e mais atentos, buscam balancear os seus enganos no tempo, acreditando no Deus Justo e Bom.
Os demais, no entanto, sem os cuidados devidos, sensibilizados, sofrem, pois são incapazes de achar a porta que os levem à realidade.
Aí, o saldo das causas e dos efeitos, nos cadinhos onde se processa as necessidades das experiências que sustentam e fazem avançar o progresso do homem se torna extremamente penoso.
Por isso, as lágrimas que costumam visitar os olhos dos mais vividos são naturais.
Nos olhos de uns espelham a alegria e a preocupação daquilo que acontece para os que ainda estão no começo da viagem.
São os olhos dos mais seguros que acreditam na vida eterna.
Nos olhos de outros espelham a desconfiança no futuro dos que estão no começo da viagem.
São os olhos dos que se atrasaram na compreensão da vida.
Estes, eles próprios deverão retornar, retornar e retornar.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Hoje tem espetáculo?


O choro do nenê soou alto e criou o caos entre os avôs.
A mulher, embora um tanto sem jeito, acudiu com mais presteza e a neta saiu do berço para os seus braços num piscar de olhos.
A ausência da mãe, que estava trabalhando, era o motivo da reclamação, com certa razão, da criança faminta.
Começou o teatrinho.
O avô de brinquedinho nas mãos ensaiava um requebrado que o seu quadril, teimosamente, não queria apresentar.
Dança daqui, dança dali. Sacode brinquedo daqui, bate palmas dali e nada.
O choro continuava.
Na verdade o choro entrecortado, sem lágrimas nos olhos, indicava a manha do nenê.
Parecia que por entre o semicerrado olhar a criança analisava todos os que estavam do seu lado tentando fazê-la calar.
A mamadeira considerada apetitosa por todos os presentes era simplesmente ignorada.
Como não parasse de chorar, passou de um colo para o outro e, por mais confortável que pareciam, nada de parar o choro.
Colocou se a criança no carrinho e o passeio da sala para cozinha e da cozinha para sala, feito com todos os cuidados, não acalmou o desespero.
Não demorou e o carrinho já voava, tirando finos sensacionais dos móveis, como se fosse uma Ferrari utilizada nas corridas de Formula 1, e nada de parar de chorar.
Todos já estavam para entregar os pontos, avôs e a tia, quando o avô, o mais criativo do grupo, mais uma vez solucionou o problema.
Foi só começar a marcar um samba, batendo palmas para a futura sambista parar de chorar. Ufa! Que alívio.
A pequena mamou todo o leite da mamadeira e a paz voltou a reinar na casa.
Agora era só esperar a mãe vir buscar aquele foguete.
Pensando bem nós os avôs, finalmente servimos para alguma coisa.
Neste capitulo da nossa vida estamos travestidos de palhaços de circo, e até com certa desenvoltura, no picadeiro que seja possível montar, estamos dando conta do recado, fazendo, com certo esforço é verdade, a Beatriz mamar.
Claro que isso não é nada, pois o amor que sentimos por ela é maior que qualquer sacrifício.
Por isso, queremos mais Beatriz na nossa casa.
Hoje tem espetáculo?
Tem sim senhor!

sábado, 22 de novembro de 2008

O perdão é bonito

Aos que tem bom senso cabe o primeiro e decisivo passo.

Qual dentre todos nós já não trocou de mal com alguém.

O pior é que mais das vezes, aqueles com os quais acabamos brigando ou trocando ofensas, são pessoas que diariamente convivem conosco, das quais acabamos dependendo por algum motivo, quer queiramos ou não.

Na realidade achamos que o grande culpado da rusga é exatamente a outra pessoa, nunca somos nós. Não somos chegados a análises que nos se apresentam contrárias aos nossos anseios, digamos, exercitando o egoísmo que todos temos latente dentro de nós.

Quantas perdas de tempo, quantas insignificâncias, acabam vindas à nossa vida, pelo motivo de que não estamos acostumados a dividir com outras pessoas os louros que temos oportunidade de colher.

È preciso que nos convençamos da necessidade de acabarmos com isso.

Se não for pelos ensinamentos religiosos, hoje tão vilipendiados, que seja pela necessidade de paz que todos temos, para nos distanciarmos do “stress” esse temível mal dos dias atuais, que acaba se instalando em nós nos tornando arredios e indispostos à participação na vida que ferve à nossa volta.

Por tabela acabamos por perder o trem da progressão do ser humano, que precisa na vivência intensa e em paz consigo mesmo, aproveitar todas as experiências para poder influir positivamente, como exemplo, em todos os nossos entes queridos.

Por isso o tempo de mudar é hoje.

Não podemos deixar para amanhã, sob pena de ser tarde demais.

É preciso que possamos dar o primeiro e decisivo passo enquanto aquele com o qual estamos com a cara virada esteja, ainda, fazendo parte de nossa vida.

Procuremos os desafetos e confessemos que quem errou fomos nós, mesmo que não tenha sido assim.

Depois declaremos que a bobagem de ficarmos sem conversar, perdendo tempo precioso de nossas vidas, não nos levará a nada que não seja a frustração.

Ofereçamos a nossa mão de amigo, troquemos de bem com ele, e estaremos fazendo nascer entre nós a oportunidade única de instalarmos a paz no nosso coração.

Não imagine que este ato possa vir dele.

Nós é que temos que dar o começo e assim acreditarmos na ventura de um viver, no qual, o oxigênio do amor que todos temos em nós seja o ar que respiramos.

Mostraremos a nos mesmos o nosso bom senso e estaremos nos situando no degrau mais alto destinado aos que são desassombrados.

Procuremos o nosso filho.

Procuremos o nosso vizinho.

Procuremos o nosso companheiro de clube.

Procuremos o nosso colega de trabalho.

Procuremos todos com os quais a nossa vida transcorre.

E, caso não for o nosso perdão o ato da vez, vistamos a sandália da humildade e peçamos nós mesmos o perdão.

A nossa vida vai ficar mais bonita.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Até parece gente


A experiência, que junta sabedoria à nossa personalidade, quando mais antiga, dá a todos nós a capacidade de ver as coisas que acontecem na nossa convivência, como se estivéssemos vendo através de um microscópio.
O fato importante que esta capacidade gera é que sempre nos surpreende, quando juntamos o começo da vida das pessoas com a sua maturidade na mesma lâmina que analisamos pelo nosso microscópio da sabedoria.
Meus sobrinhos sempre me surpreenderam. Uns com sustos, outros mostrando maturidade e desassombro.
A todos eles, sem nenhuma exceção, amo com todas as forças do meu coração e os coloco, sempre, como destinatários das minhas orações junto a Jesus.
Baseado nesta minha afirmativa é que na última semana assisti pela Televisão a uma entrevista do meu sobrinho Pedrinho.
Um moço especial, cuja tenacidade é digna de um ararense, e que tem aguçada nele a responsabilidade de usar os seus pendores em favor da melhora da vida, dele e de todos que forem alcançados pela suas atitudes.
Por isso, desenvolveu um trabalho incansável, junto aos ararenses, mostrando que se amolda a todas as situações sociais, não esquece um abraço de quem quer que seja e, melhor, não se esquece de um contato e nem dos nomes dos que cruzam a sua vida e de seus amigos.
Invejável memória e muito invejável a disposição do seu espírito voltado para a progressão do mundo.
Parece exagero?
Com certeza não.
Não foi sem grande esforço que se formou um advogado de grande conhecimento, nem tampouco que tenha sido eleito vereador com votação espetacular e eleito prefeito de nossa cidade de Araras.
Na nossa família, todos têm certeza de que ele se constitui na lanterna que vemos à frente, ao longe, sacudida pelas vicissitudes dos desafios e que mostrará o caminho que devemos seguir, pois que o seu caminho leva-o em direção ao bem, entendido como tal, a sua expressão de amor pelo povo e a sua esperança da justiça que há de vir para todos.
Por isso naquela entrevista, vendo a sua segurança, delineando objetivos de esperança, e feliz, fui capaz, tirando os olhos das objetivas do meu microscópio, de dizer:
Puxa vida! Ele até parece gente.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Mediunidade é amor


A Mediunidade não é uma facilitação para os Médiuns.
Longe disso.
É, com certeza, um fator complicador para os missionários viverem num mundo de Provas e Expiação.
Sabemos pela simples observação que, em virtude da grande necessidade de aprendizado na direção da moralidade, todos os espíritos encarnados lutam pela sobrevivência, submetidos a quase que insuperáveis tentações.
Assim, vemos os que nascem com algum dom, colocá-lo a serviço da luta pelo pão e outros bens materiais.
Desenvolvem técnica apurada visando os ganhos e, com isso, são alvos da disputa que representam os anseios dos detentores de outros dons.
Estabelece-se o atrito de interesses, despertando em uns e em outros o instinto da sobrevivência, entendida como tal, o que se convenciona hoje como o modelo ideal do sucesso, a posse de bens.
Tanto mais especiais os dons mais sucesso o homem consegue.
Torna-se difícil para qualquer um renunciar à possibilidade de capitalização, agravada pela pouca utilidade que muitos dão à riqueza que possuem.
Ora, os Médiuns, os mais ostensivos, bafejados pela facilidade com o intercâmbio com o mundo dos Espíritos, cujo interesse é trabalharem em benefício da humanidade, são alvos de constantes tentações e, bem poucos conseguem não se envolverem.
Sucumbem mediante a possibilidade do ganho e pior, abrem as portas da ganância e se entregam à vida fácil que acaba desembocando num mar de lamentações, com ranger de dentes que se constituem em expiações extremamente dolorosas.
No século 21, como em nenhum momento da humanidade, é necessário que não se desvincule o Médium do Homem que deve progredir espiritualmente, pois que missionários, são responsáveis por importante progresso do mundo.
É bom que se diga que não se exige de nenhum deles que vivam em mosteiros, mas que se exponham e façam, através da renúncia possível, o bem triunfar.
A receita para que isto seja uma realidade está no coração de cada um, longe da possibilidade de outros manusearem, pois se constitui em força intransferível e inesgotável, e se chama AMOR.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Quem será por nós


Quem será por nós.

Este é o lamento da grande maioria da humanidade na sua versão de pobreza e de ignorância.

Os senhores que comandam a distribuição dos bens da terra dizem:

É preciso dar a eles trabalho para que façam jus ao pão.

Com certeza é isto mesmo que é preciso fazer.

Porém, não se pode olvidar que, na ignorância de suas próprias necessidades, grande parte dos seres humanos que habitam este planeta, precisa que lhe ensinem a maneira de atingir o estágio de poderem trabalhar.

Esta maioria ainda está mais próxima dos instintos do que os pensantes deste mundo conseguem avaliar.

Para estes ignorantes, não por faltarem neles a inteligência, mas o desconhecimento, a preocupação está em satisfazer os seus instintos atendendo os seus reclamos mais imediatos do que atinam com a necessidade de construir algo mais duradouro.

Culpados somos todos nós cujas atitudes no mundo, marcadas pelo egoísmo que busca atingir o bem estar, a todo preço, esquecemos de determos a nossa marcha para dar uma mão aos outros menos favorecidos pela sorte.

Ninguém com capacidade de avaliação está fora desta verdade.

No nosso próprio país, cujas expressões de violências saltam os muros de nossas casas, já entramos na rota de colisão com a realidade. Ou conseguimos interferir na marcha da ignorância, que premia as satisfações dos instintos, ou, então, teremos que enfrentar uma luta armada com os desesperados.

Segundo o professor universitário, Cláudio Lembo, quando governador do nosso Estado de São Paulo, em um programa de televisão: “é preciso que nossas autoridades achem um meio de educar, alimentar e dar saúde aos excluídos ou então eles próprios com suas mãos irão exigir de todos nós esta postura”.

A escolha é clara: ou justiça social ou a revolução social armada!

A grande capacidade das classes dominantes em ludibriar a história está se esgotando.

Paulo Apóstolo esclarece que:
“O estado divinal da Humanidade será alcançado quando reinar a Justiça, o amor e a ciência e estejam esquecidas a ignorância, o ódio e a injustiça.”

Para todos nós o estado divinal da humanidade será alcançado quando o homem conseguir: trabalho digno, comida, vestimenta, casa, saúde e lazer, no mínimo.

Se quisermos viver em paz, então, precisamos colocar mãos à obra e começar o grande trabalho de auxílio, não paternal, mas de grande modificação do estado de ignorância, através da multiplicação do ensino e das oportunidades.

É utópico pensarmos desta maneira?

Não é se considerarmos todos os homens passíveis de progresso, tanto no seu desempenho cientifico, como no espiritual.

E é, exatamente, esta a grande meta a ser alcançada.

Pois, ou saímos todos deste grande caldeirão para a vida de paz, ou faremos, todos, partes da sopa explosiva das necessidades não atendidas.

Faça a sua parte. Convide o seu amigo a fazer a dele, também.







sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O Rugido da Democracia

Costumeiro dizerem que o Povo não tem memória e que, na política então, sequer se lembra em quais candidatos votou, um dia após as eleições.
Desatenciosos, não perceberam, ainda, que os tempos mudaram.
Já lá se vai o tempo do cabresto, que impunha ao Povo o caminho dos currais eleitorais.
Não se elege mais os sem propostas. Propostas entendidas como reais possibilidades de fomentar o crescimento da cidade do estado e do país.
Aqui em Araras, em demonstração espetacular, confirma-se o que afirmamos.
O povo como que uma onda passou por cima das propostas sem conteúdo e fez valer a sua vontade.
E, olha que não faltaram manobras executadas nas sombras de anseios menores que, a todo o momento eram lançadas em propaganda massificada imitando os modelos que levaram o mundo à segunda guerra mundial.
Ao contrário dos que queriam a maligna perpetuação no poder, resplandeceu a vontade da mudança, de novos ares, de novas inteligências, de novas propostas, mais condizentes com o momento da globalização, com suas complicações que exigem esforços em novas direções, preparando, em primeiro lugar o conhecimento do homem, para de imediato esse mesmo homem, somados esforços, preparar o futuro do lugar onde escolheu para viver.
Nem mesmo a tentativa do último golpe, desferido traiçoeiramente, visando decapitar a cabeça do bem, surtiu efeito.
A reação foi sensacional, A DEMOCRACIA RUGIU, e RUGIU ALTO, a cidade sacudiu a poeira da incompetência e numa carreata como nunca vista em nossa terra, por todos os cantos espalhou o grito da esperança e da luz, expressando a vontade do povo para que não pairasse nenhuma dúvida na grande vitória conquistada por Pedrinho Eliseu Filho, elegendo-se o NOVO PREFEITO DE NOSSA CIDADE.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Conhecimentos


“OS MILAGRES NÃO ACONTECEM EM CONTRADIÇÃO COM A NATUREZA, MAS APENAS EM CONTRADIÇÃO COM O QUE CONHECEMOS DA NATUREZA”.
(SANTO AGOSTINHO)

Todos nós, de uma maneira ou de outra, todos os dias, esperamos algum milagre, mesmo acreditando que ele dificilmente venha a ocorrer, ou porque não nos achamos merecedores, ou porque, cépticos, julgamos que o sobrenatural não se cristaliza no nosso mundo físico.

Nem de longe, a grande maioria desconfia de que a própria existência de cada um, já é um milagre da misericórdia Divina, cuja Lei nos faz renascermos e renascermos para abreviarmos o nosso reencontro com o Criador.

Na medida em que a nossa iluminação, pelos acréscimos de sabedoria, nos coloca mais perto de DEUS, mais e mais os conhecimentos das Leis que regem o Universo nos serão reveladas nas suas intimidades e ai então, os milagres que esperamos dia a dia se revelarão, diante de nós como acontecimentos comuns que, hoje, devido à nossa sabedoria incipiente, julgamos fatos sobrenaturais.

Aproveitemos, então, a nossa atual encarnação para adquirirmos conhecimentos.


Estenda suas mãos


Não queira saber do volume do trabalho que lhe espera.

Enfrente com coragem os seus afazeres e não dispense o concurso daqueles que se disponham a ajuda-lo.

Na vida nada construímos sozinhos, pois a Lei Divina da Evolução não pode prescindir de nenhuma ovelha do Senhor.

É com o esforço de todos que a evolução da humanidade se consolida.

A soma do trabalho de todos dividida por cada um, é que afere a qualidade do espírito do homem.

O valor da obra de cada um, portanto, só será reconhecida como um bem, quando nela estiver incluida a colaboração para que o meio, também, tenha sido beneficiado.

Assim, é fácil de reconhecer que o desencumbir de suas tarefas não é suficiente para garantir o seu progresso espiritual, é preciso um esforço a mais.

Por isso se tens onde trabalhar agradeça ao Senhor pela oportunidade e lembre-se, ninguém pode viver as vidas que lhe servem para o seu adiantamento, sem que precise estender as suas mãos aos seus irmãos.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Capítulo VIII - Emancipação da Alma

Chegam até nós noticias sobre a alma penada, a alma de luz.
Mostrando que a alma, tanto encarnada como desencarnada, tem uma atuação que para muitos é inexplicável...
Dizem os espíritos que trataram do assunto que, os espíritos encarnados, as almas, almejam verem-se livres do material grosseiro, do qual é constituída a matéria do nosso corpo. Dizem mais, que quanto mais grosseiro for a matéria do corpo, mais a alma quer ver-se longe dele.
Todos nós após um esforço de natureza física ou de natureza intelectual, ou seja, no final de um dia de trabalho, precisamos parar para descansar, para recuperarmos as nossas energias.
A alma não. Enquanto o corpo repousa o espírito, aproveitando o relaxamento e ser desnecessária a sua presença, sai para entrelaçamento com outros espíritos, encarnados ou desencarnados e, na maioria das vezes, trabalha revendo as diretrizes para a sua atual encarnação.
Dessa aventura, não raro, tomamos conhecimento lembrando-nos dos nossos sonhos. Fora do corpo, lembramo-nos do passado e algumas vezes chegamos a prever o futuro.
“Tive um sonho extravagante, um sonho horrível, mas absolutamente inverossímil”.
Engano vosso. É uma recordação dos lugares que vistes ou que verás em outra existência. O espírito liberto do corpo aproveita para investigar o passado e o futuro.
Por isso estamos sempre nos perguntando, sem conhecermos as respostas: Que fazemos quando estamos dormindo? Que são os sonhos?
O sono liberta a alma parcialmente do corpo. Tiveram sonos inteligentes os espíritos que, enquanto o corpo descansa, vai para junto dos espíritos superiores. Com estes viajam, conversam e se instruem. Trabalham mesmo em obras que se lhes deparam concluídas, quando volvem, morrendo na terra, ao mundo espiritual.
Esta circunstância é de molde a vos ensinar que não devemos temer a morte, pois todos os dias morreis, como disse um santo.
Os espíritos que durante o sono procuram encontrar-se com espíritos inferiores (ignorantes), viajando para mundo inferiores, comparados à terra, onde os chamam velhas afeições, ou vão em busca de gozos baixos, às vezes mais dos que aqui tanto se deleitam. Vão beber doutrinas mais vis, mais ignóbeis, mais funestas do que as que professam entre nós
Fato 1 - É que o homem fica ligado ao coração daqueles com os quais passou um bom número de horas.
Fato 2 – O Sono foi a porta que Deus abriu para os espíritos irem ter com os seus irmãos no “Céu”; é o recreio depois do trabalho, enquanto esperam a grande libertação, a libertação final, que os restituirá ao meio que lhes é próprio.
Porque não nos lembramos dos sonhos?
O que se deve pensar das significações atribuídas aos sonhos?
Sonhar com lingüiça necessariamente não quer dizer que vai dar cobra no jogo do bicho. Pressentimos o futuro, permitido por Deus. Alguma visão de algum fato que ocorre em outro lugar a que a alma se transporta. Estas aparições são os espíritos ou almas de tais pessoas a se comunicarem com entes caros.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Os ensinamentos de Jesus


Jesus entregara-se ao seu destino.

Como Salvador do mundo era preciso que, ainda mais, o seu testemunho fosse espetacular.

Até ali, como trabalho de formiga, o Mestre havia aqui e ali ensinado a boa nova aos homens.

Estes mesmos homens, que culpados e se sentindo ameaçados pela presença exuberante de Jesus, cuidavam para tirá-lo de cena, para fazer valer os seus valores falsos, alicerçados no egoísmo.

Entretanto, como ele mesmo dissera o seu reino não era deste mundo.

Mostrando que o seu reinado era muito maior, prevalecia por todo o Universo.

A sua vida era missionária, e tratava de apressar o progresso da humanidade, para que ela tivesse meios morais de acompanhar o progresso científico do planeta.

A partir de sua vinda, então, a terra entrou em ebulição, eclodindo em todos os seus quadrantes o progresso do homem.

Graças à vinda de Jesus o homem, apesar de se pensar ao contrário, pôde começar a fazer a parte que lhe cabe na emancipação do planeta, que caminha em direção à transformação de sua categoria, para um mundo melhor, sem tantos sofrimentos.

Isto é uma realidade.

Portanto, apesar do progresso não ter atingido, ainda, o nível de um mundo mais harmonioso, é obvio que a humanidade progrediu.

Assim, é uma questão de tempo, entendido como tal o desenrolar da vida no Universo, cujo lapso tem a grandiosidade do próprio Universo, para alcançarmos o objetivo traçado pelo nosso criador.

Na verdade a vida e morte de Jesus Cristo foram espetaculares e era necessário que assim fossem para poderem repercutir favoravelmente ao homem, por tanto tempo.

O legado de Jesus, segundo nosso entendimento, não corre o risco de perder a sua validade, pois nele encontramos o mapa seguro que há de guiar os passos do espírito do homem até as culminâncias da angelitude.

Por isso, nesta semana santa, o que se pede de cada ser é um exame de consciência, no sentido de se descobrir o que fez e o que tem que ser feito, por cada um, para colaborar no crescimento do mundo.

Nenhuma das unidades que compõe a humanidade, sabemos, há de crescer sozinha. Vai precisar, com toda a certeza, do esforço de todos, para que o nosso viver seja, cada vez mais, um viver de felicidade.

Cabe ao nosso esforço pessoal poder participar da Ressurreição de Jesus.

Faça o seu esforço e tenha uma boa Páscoa.








sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Quem teme a morte?

Nada mais certo do que a morte.
Nem mesmo a vida, com seus inúmeros mistérios, consegue igualar-se aos mistérios da morte.
Segundo voz popular todos os que morrem, morrem da maneira que mereceram morrer.
Nada mais certo que este sentimento popular.
Aqueles que viveram uma vida cheia de incorreções, sem que suas atitudes sejam aproveitadas pelo meio e, pelo contrário, agridam o meio em que vivem, estarão historiando suas mortes com lances de sofrimento.
Assim, aqueles que otimizam a vida, participando dos esforços do meio em que vivem, colaborando para as soluções dos problemas inerentes ao convívio social, estarão escrevendo uma história com um final, menos triste.
Incompreensivelmente, entretanto, alguns conhecidos nossos, cujas vidas, segundo nossa avaliação, apesar de terem uma vida cheia de virtudes, sofrem na hora da morte.
Buscando em nosso bom senso explicações, não conseguimos atinar e até descremos da justiça, sob a qual transcorre a vida.
Por isso, afirmamos que a vida é a melhor explicação da morte e, não só esta vida.
Acreditamos que o merecimento da vida não pode estar sustentado na simples constatação do bem e do mal.
Eles existem isto é fato, mais em virtude da ignorância do que da maldade de cada ser humano.
É justo então que a perspectiva dos ensinamentos da vida, afinal, possa estar à disposição de todos, e que, tanto os bons quanto os maus, possam paulatinamente aprender mais e mais.
Analisando o tamanho do Universo e sentindo que somos apenas grãos importantes na sua formação, o tempo de uma vida, diante da imensidão, passa ser tempo insignificante para tudo que Deus colocou à nossa disposição para aprendermos.
Sem querermos impingir, a quem quer que seja, qualquer teoria, convidamos todos à reflexão da importância de cada um de nós no contexto da criação do Universo.
Vamos além, no nosso convite e conclamamos todos a aproveitarem a vida.
Vivam intensamente cada minuto, busquem na satisfação pessoal, aquela que nos trás a paz, as atitudes que precisamos para tornar o nosso meio mais feliz e que nos leva a angariar o respeito do nosso próximo.
Pois se procurarmos viver o bom viver, com certeza, não haverá nada, inclusive a morte, que possamos temer.

sábado, 16 de agosto de 2008

A ajuda vem do Céu


No dia dos pais fui visitar o Campo Santo.
Como sempre, muita gente por lá. Uns com passos apressados, carregando vasos ou vasilhas com água, limpando e enfeitando os túmulos dos entes queridos, outros em silêncio, em pé ou ajoelhados, fazendo as suas orações.
Todos, com raras exceções, prestando suas homenagens aos seus pais que já estão do outro lado da vida.
Caminhando e lendo os nomes nos túmulos, lembrei-me de um fato que dona Maria havia me contado.
Era a história de um filho que, sem experiência de vida, vivia atazanando a vida do seu pai.
A mãe do rapaz já havia partido desta vida, não se sabe se por desgosto. O certo é que o filho dera muito trabalho à coitada da mulher.
Sem a mulher para administrar a casa, o pai dependia de uma empregada doméstica.
Assim, com o orçamento apertado, o homem praticamente fazia milagre para atender os reclamos do filho.
Este, cada vez mais, exigia do pai dinheiro para poder freqüentar os "points" da juventude, sem medir os seus gastos.
As brigas, principalmente nos fins de semanas, cada vez mais, tornavam-se violentas.
Para piorar a situação o rapaz não ligava a mínima para os estudos e seu aproveitamento ia muito mal.
O diálogo, tão necessário, entre pai e filho já não existia.
O pai, estressado, acabou acamado.
Sem poder trabalhar e muito mal cuidado pelo filho, viu suas parcas economias terminarem.
Com isso, o filho pensando em si, saiu de casa e foi morar na capital.
Arrumou emprego e começou sua vida e, porque não tinha como badalar, começou a viver uma vida sem extravagâncias.
Passa o tempo, o pai alquebrado, vivendo de uma aposentadoria por invalidez, finalmente descansou e foi para o mundo espiritual.
O rapaz lá na capital casou-se e constituiu família e o filho que nasceu, cresceu e começou a dar-lhe trabalho.
Lá na capital os reclamos para os embalos eram muito maiores que os reclamos aqui no interior.
Por isso, o rapaz, que agora era pai, começou a sentir na pele os mesmos males que ele havia feito ao seu pai.
Um dia, exatamente num dia dos pais, vamos surpreender o rapaz, que agora é pai, em pé diante do túmulo de seu pai, segurando algumas flores, com os olhos semicerrados, orando fervorosamente.
Na sua oração o mau filho de ontem, pedia ao seu pai, que tanto sofrera por sua causa, que lhe ajudasse a refrear os maus instintos do seu filho.
Lá do mundo espiritual, com os olhos cheios de lágrimas, o pai agradecia a Deus a possibilidade de poder ajudar, mais uma vez o seu filho.
E pedia pelo seu neto. Rogando a Deus para que ele recebesse a misericórdia das bênçãos do Pai Criador, para que não fizesse o seu pai, mau filho de ontem, sofrer.
Nos sonhos do neto aproveitava para intuir e acalmar o rapaz.
— Ta vendo seu Vernil - arrematou dona Maria - Pai que é pai, mesmo lá do mundo espiritual não abandona o filho, pois sabe que, mesmo os mais rebeldes acabam aprendendo com a vida.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Uma rosa para papai



O meu vagido soou agudo e alto.
Lá fora papai abriu um sorriso, ainda, em meio à preocupação de que tudo estava bem.
O período que se seguiu, preocupação com amamentação, roupinhas coloridas, mimos dos parentes e conhecidos e, o mais importante, os cuidados de mamãe.
Ninguém disse tantas coisas bonitas e me acariciou como mamãe.
O crescimento montado no inexorável tempo, no entanto, carecia de outros e especiais cuidados.
Assim é que na sucessão dos dias me acostumei a ver papai no seu esforço para que a família pudesse avançar em direção à sabedoria, sem percalços.
A preocupação com o trabalho, como só é acontecer com o trabalho do homem, tomava muito tempo e a sua presença junto às minhas experiências de vida eram sempre conseguida com muito esforço.
Às vezes o seu proceder e suas observações me chegaram um tanto quanto bruscas, sintéticas, como ordem de comando, não permitindo discussões.
Entretanto, os desentendimentos foram em menor número que os entendimentos.
Sempre, é bom que se diga, quando precisei de um conselho, de uma ajuda financeira, de reforço psicológico, ele estava por perto, como que um anjo da guarda, sem deixar faltar nada do que fosse absolutamente necessário para que o progresso não parasse.
O seu sorriso, a caderneta de tabuada, o acompanhamento na cirurgia necessária e mais não sei quantas mil vezes me senti apoiado por mãos fortes e carinhosas.
Era um campeão do amor.
Lá se vai um tempão que ele é só saudade.
A sua figura, por milagre e misericórdia de Deus, é permanente em minha mente e que se materializa quando minhas mãos procuram uma sustentação, nos momentos importantes, quando me ronda a falta de segurança.
No domingo vamos comemorar os dias dos pais.
A minha vontade é combinar com Deus para dar ao meu pai de presente um pedaço do Universo. Uma galáxia inteirinha. Com as suas luzes acesas em milhões de sóis e bilhões de planetas.
Sei, no entanto, que isso não é possível, pois quem sou eu para poder tanto.
Por isso, recolhendo-me à minha verdadeira expressão, que não passa de um cisco, graças à misericórdia do nosso querido Pai Celestial, diretamente do meu jardim, vou dar de presente uma rosa para papai.
Um beijo no seu coração, meu velho.
Feliz dia dos pais.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Capítulo XXVIII - A Prece 1


Definição (Aurélio):-
Oração:- do latim “oratione”- súplica religiosa, reza.
Prece:- do latim “prece” – rogo, pedido instante, súplica
Reza – ato ou efeito de rezar, prece


“Quando orardes, não vos assemelhes aos hipócritas que se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e nas esquinas da ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo, eles receberam sua recompensa. Mas quando quiserdes orar, entrai no vosso quarto e, estando fechada a porta, orai ao vosso Pai em segredo; e vosso Pai que vê o que se passa em segredo, vos recompensará.

Não afeteis orar muito em vossas preces, como fazem os gentios, que pensam ser pela multidão de palavras que serão atendidos. Não vos torneis, pois, semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe do que necessitais antes de o pedirdes.” (São Mateus, cap. VI, v. 5 a 8).
“Quando vos apresentais para orar, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, perdoe também vossos pecados. S e vós não perdoais, vosso Pai que está nos céus, não vos perdoará também vossos pecados.” (São Marcos, cap. XI, v. 25, 26)

Quais os objetivos da Prece?
Invocar -Por si mesmo -Pelos encarnados
Glorificar -Pedir por outrem -Pelos desencarnados
Agradecer
As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução das suas vontades; aquelas que são dirigidas aos bons Espíritos são levadas a Deus. Quando se ora a outros seres, senão a Deus, é apenas na qualidade de intermediários, intercessores, porque nada se pode fazer sem a vontade de Deus. (O Evangelho Segundo O Espiritísmo – cap. XXVII – Pedi e Obtereis – Allan Kardec)
Objetivo da prece é elevar nossa alma a Deus; a diversidade de fórmulas não deve estabelecer nenhuma diferença entre aqueles que nele crêem, e ainda menos entre os adeptos do Espiritísmo, porque Deus as aceita todas quando são sinceras. (O Evangelho Segundo O Espiritísmo – cap. XXVIII – Coletâneas de Preces Espíritas – Preâmbulo - Allan Kardec)
Reconheço Senhor, que sou uma criatura imperfeita, e que preciso mudar, portanto,
ajude-me...

As qualidades da prece estão claramente definidas por Jesus; quando orardes, diz ele, não vos coloqueis em evidência. Mas orai secretamente; não afeteis de muito orar, porque não é pela multiplicidade das palavras que sereis atendidos, mas pela sua sinceridade; antes de orar, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, porque a prece não será agradável a Deus se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade; orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu; examinai vossos defeitos e não vossas qualidades, e se vos comparardes aos outros, procurai o que há de mal em vós.(O Evangelho Segundo O Espiritísmo – cap. XXVII – Pedi e Obtereis – Allan Kardec)

“Se não entendo o que significam as palavras, eu serei bárbaro para aquele com quem falo, e aquele que me fala será para mim bárbaro. Se oro numa língua que não entendo, meu coração ora, mas minha inteligência está sem fruto. – Se não louvais a Deus senão de coração, como um homem, entre aqueles que não entendem senão sua própria língua, responderá amém, ao final da vossa ação de graças, uma vez que ele não entende o que dizeis? Não é que vossa ação não seja boa, mas os outros dela não estão edificados.” (São Paulo, 1ª Epístola aos Coríntios, cap. XIV, v. 11, 14, 16 e 17)

Uma condição essencial da prece, segundo São Paulo, é de ser inteligível, a fim de que possa falar ao nosso espírito; por isso, não basta que ela seja dita numa língua compreendida daquele que ora; há preces em linguagem vulgar que não dizem muito mais ao pensamento do que se fossem em linguagem estrangeira, e que por isso mesmo, não vão ao coração; as raras idéias que elas encerram são freqüentemente, sufocadas pela superabundância de palavras e o misticismo da linguagem. (O Evangelho Segundo O Espiritísmo – cap. XXVII – Pedi e Obtereis – Allan Kardec)

A principal qualidade da prece é de ser clara simples, sem fraseologia inútil, nem luxo de epítetos que não são senão enfeites de brilho falso. Cada palavra deve ter sua importância, revelar uma idéia, movimentar uma fibra: numa palavra, deve fazer refletir; só com essa condição, a prece pode alcançar seu objetivo, de outro modo, não será senão ruído. Vede também com que ar de distração e volubilidade elas são ditas na maioria das vezes; vêem-se lábios que se movimentam, mas, pela expressão da fisionomia e mesmo sem o som da voz, reconhece-se um ato maquinal, puramente exterior, ao qual a alma permanece indiferente. (O Evangelho Segundo O Espiritísmo – cap. XXVII – Pedi e Obtereis – Allan Kardec)

Os Espíritos sempre disseram:- “A forma não é nada, o pensamento é tudo. Orai, cada um, segundo, as vossas convicções e o modo que mais vos toca; um bom pensamento vale mais que numerosas palavras estranhas ao coração.” (O Evangelho Segundo O Espiritísmo –cap. XXVIII – Coletânea de Preces Espíritas – Preâmbulo)

O Espiritísmo reconhece como boas as preces de todos os cultos, quando são ditadas pelo coração, e não pelos lábios; não impõe nenhuma delas, nem censura nenhuma. Deus é muito grande, segundo ele, para rejeitar a voz que implora ou que canta seus louvores, porque faz de um modo antes do que outro. Todo aquele que lançasse anátema contra as preces que não estão no seu formulário, provaria que desconhece a grandeza de Deus. Crer que Deus se prende a uma fórmula, é emprestar-lhe a pequenez e as paixões da Humanidade. (O Evangelho Segundo O Espiritísmo –cap. XXVIII – Coletânea de Preces Espíritas – Preâmbulo)

O que quer que seja que pedirdes na prece, creia que obtereis, e vos será concedido (São Marcos, cap. XI, v. 24)

Deus não conhece nossas necessidades?
- Existem pessoas que contestam a eficácia da prece.
- Nossos desejos não podem mudar os decretos de Deus.
- Há leis naturais e imutáveis que Deus não derroga aos nossos caprichos.
- Seria ilógico concluir que basta pedir para obter.
- A Providência sabe melhor do que nós, o que é melhor para nosso bem.
- Outros acreditam que tudo está determinado por uma fatalidade.
- Deus concede os meios para sairmos por nós mesmos das dificuldades por mérito dos nossos esforços próprios.

Preces dirigidas a Deus ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução das suas vontades.

Fluído cósmico universal
Tudo está mergulhado nele.
Veículo do pensamento impulsos da vontade
Corrente fluídica

- Sustentam o homem nas suas resoluções:
Bons Espíritos - inspiram bons pensamentos

Homem de bem: devotamento/fé - intenção - tocar o coração

Preces Feitas aos Espíritos Sofredores:
- sentem-se menos abandonados,
menos infelizes;
- reergue a sua coragem;
- ativa o desejo de se elevarem pelo
arrependimento e pela reparação;
- desvia-os do pensamento no mal;
- alivia seus sofrimentos.

“A prece, a meditação elevada, o pensamento edificante, refundem a atmosfera, purificando- a.” (Missionários da Luz – cap. 5 – Francisco Cândido Xavier(Médium)/ André Luiz (Espírito)

“ O pensamento elevado santifica a atmosfera em torno e possui propriedades elétricas que o homem comum está longe de imaginar.” (Idem)

- Elevar a prece às entidades com humildade;
- Profundidade;
- Gratidão;
- Pedido de necessidades reais.



AO INVÉS DE PEDIR:- ....................ANTES PEDIR:-

Abrevie nossas provas paciência ..............coragem

Conceder alegrias ...............................resignação

Riquezas ...............................................progresso


Sucessos nos ........................................força, fé
empreendimentos
terrestres

“A PRECE DEVE SER DE TODO INSTANTE, SEM NECESSIDADE DE UM LUGAR PRÓPRIO.”

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA

TEMA: A PRECE

RESUMO E BIBLIOGRAFIA :


RESUMO:-

Sem dúvida nenhuma, foi Jesus quem definiu melhor, o que deveria ser a prece.
Se até aquele instante, o homem fazia da prece um discurso evasivo, com simples palavras jogada ao sabor do vento, o Mestre dos Mestres, com a docilidade que é peculiar a Espíritos Puros, ensina a Humanidade, a importância da prece, a maneira de orar, e como ela pode se transformar num instrumento importante para a criatura, quando ela entra em contato com Entidades Superiores.
“Quando orardes, não vos assemelhes aos hipócritas que se comprazem em orar de pé nas sinagogas, e nas esquinas das cidades para serem vistos pelos homens...”
“ Quando vos apresentais para orar, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, perdoe também vossos pecados...”
“ Pai Nosso, que estais no Céus, santificado seja o vosso nome...”

O Espiritísmo vem nos explicar com riqueza de detalhes, todos os pontos importantes dos ensinos de Jesus, em relação a prece.
A importância dos Espíritos que intermediam nossos pedidos...;
Os objetivos claros que nela deve conter;
A qualidade, que está diretamente ligada com clareza, simplicidade, humildade...;
A eficácia : - “ O que quer que seja que pedirdes na prece, crede que obtereis, e vos será concedido. (São Marcos, cap. XI, v. 24)
A ação – todo o mecanismo que a envolve, e o caminho que ela percorre até chegar ao destino solicitado.

BIBLIOGRAFIA:

O Evangelho Segundo O Espiritísmo – Allan Kardec
Missionários da Luz – Francisco Cândido Xavier (Médium)/ André Luiz (Espírito)

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Saudade e história

Às 6 horas da manhã, o café perfumava e enchia o ar de fumaça que saia do bico do bule.
O bule, esmaltado, fora antigamente uma obra de arte com suas flores vermelhas desenhadas no fundo azul. Hoje o bule, com o uso e o resto de café que escorria, ficou com uma cor indefinida. De qualquer maneira era, ainda, soberano em cima do fogão, postado ao lado da panela de ferro, com o fundo em cima da chapa para que o café fosse conservado, sempre quente.
Esta imagem foi perfeitamente registrada pela minha memória.
Naquele tempo, voltando dos bailes no Clube dos Bancários ou do Grêmio Recreativo Ararense, quando o sol saia detrás das montanhas que compunham o horizonte colorido da manhã, eu ia entrando para o meu quarto para começar a dormir.
Na realidade era o encontro de todas as manhãs de domingo, quando minha mãe levantava-se para um novo dia, eu ia dormir.
Antes de deitar-me, aproveitava para saborear o café que minha mãe acabava de preparar. Sentado na cama, encostado no travesseiro macio, com a xícara de café na mão, e com ela sentada à beira da cama, ligava o rádio e começava a escutar as modas de viola que, praticamente, todas as emissoras daquela época programavam para as madrugadas.
O café quente recompunha as energias que havia gasto bailando a noite inteira sob os acordes do Conjunto do Fernando Lara.
Aprendi a gostar da boa moda de viola nestas manhãs e, sempre que a saudade chega com a imagem de minha mãe ou com o som do berrante dos programas de rádio daquela época, corro para o som e deixo rolar CD dos violeiros.
Dormia o sono dos moços e acordava a tempo de almoçar e aprontar-me para os jogos de bola, no gol do Circulista. Eu era muito feliz.
De nada teria valido ter vivido estas experiências, se não tivesse trazido para o presente, os frutos do aprendizado a que fui submetido.
Posso dizer que, sem lamentar os desconfortos, que na verdade fizeram o tempero do aprendizado, graças a Deus sou feliz e mais consciente.
Escrevi sobre isso tudo para, conforme intimação de Dona. Maria, que no domingo de madrugada acordou-me para mostrar o trabalho Reminiscências, do Pelé Cressoni e agradecê-lo. O seu trabalho tem o mérito de criar um verdadeiro arquivo esportivo ararense, não deixando morrer a história, com seus registros para a posteridade, da verdadeira paixão dos ararenses que é o futebol.
Minha amiga que me ajuda a entender e a compreender o mundo em que vivemos, afirma:
— É no registro, com orgulho da nossa história, que asseguramos o progresso do mundo.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Tal lá como aqui

Imaginem vocês que lá na China a polícia esta à volta com a falsificação dos ingressos para os eventos esportivos das Olimpíadas de Pequim.
O fato, infelizmente corriqueiro no Brasil, o que nos deixa um tanto desacreditados dos brasileiros, mostra que tem lugar em outras plagas.
Através dos noticiários que assistimos pela TV, relativos à China, um dos poucos países comunistas no mundo, nos dão conta que lá a justiça se faz pelo olho por olho, dente por dente.
Contam inclusive, e isto é verdade, que os familiares dos que são condenados a serem fuzilados têm que pagar a bala através da qual o individuo é morto.
Isto é, o negócio lá não é fácil não.
Como a notícia da falsificação dos ingressos é, digamos surpreendente, nos faz pensar que, de repente, se alguns ocidentais não estariam por lá bagunçando os planos olímpicos dos chineses?
Tomara que não.
Ouvimos falar tanto das máfias chinesas que estamos acreditando que alguns chineses é que estão falsificando os ingressos.
Este fato, tristonho, nos remete para a reflexão que nos faz admitir que os homens, nos quatro cantos do mundo, têm a mesma qualidade moral, ou seja, moralidade quase nenhuma.
Por isso, quando ficamos indignados com os desmandos dos homens, tanto os daqui, como os de todos os cantos do mundo, precisamos antes consultar o nosso rosário de atitudes para ver se estamos agindo com a lisura que nos diferencia dos maus.
Outra afirmativa que devemos ter sempre em nossa memória é a de que os que nos governam, quer queiramos ou não representam a média moral de todos nós.
Portanto, olho vivo e faro fino e não façamos aos outros, aquilo que não queremos que nos façam.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Capírtulo XXV - Buscai e Achareis - 1


O AMOR É, NECESSÁRIAMENTE UMA ATITUDE DE QUEM AMA
O amor, sentimento primordial prescrito por DEUS, começa no nosso coração e devemos, num primeiro momento, direcioná-lo a nós mesmos.
Não a manifestação egoísta.
A possibilidade de viver no mundo físico, aproveitando as oportunidades, apressa o nosso aprendizado em direção à sabedoria.
Por isso, amarmos a nós mesmos, cercando o nosso corpo de boas atenções, cuidando da saúde, da cultura, da educação, da moral, tornando o conjunto forte, nos predispõe à uma vida útil ao meio em que vivemos.
O sucesso fica ao alcance dos nossos esforços, pois estamos nos ajudando e o Céu, conforme prometido, também nos ajudará.
Assim, seremos o dente da engrenagem que, graças aos nossos cuidados, não comprometerá a elevação espiritual de todo o grupo ao qual pertencemos.
A otimização da nossa encarnação, analisada por este prisma é, ao servirmos ao meio em que vivemos com a máxima qualidade, a garantia de expressiva iluminação espiritual.
Por estarmos bem conosco mesmos, estaremos sempre dispostos a progredir e nos momentos de pouca clareza, buscaremos e acharemos as soluções.
O ensinamento de JESUS “BUSCAI E ACHAREIS”, como todos os seus ensinamentos, pressupõe o amarmos uns aos outros. Por isso, se amarmos a nós mesmos estaremos prontos para amarmos todos os nossos irmãos.
QUEM AMA É DESTEMIDO NA BUSCA DA PAZ

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Beatriz


Beatriz nasceu.
É o produto da perseverança de seus pais, que enfrentaram a dor para receber uma pérola.
Veio em paz. Que viva em paz.
A paz que arma os bons espíritos e os fazem participantes.
Participantes nas decisões que precisem da tenacidade.
A tenacidade que se traduz na complementação do trabalho na convivência social.
Na convivência social que cria caminhos em direção à harmonia entre os seres da humanidade.
Predisposição inquestionável para a felicidade, cuja culminância será o direito de caminhar através do universo.
Parece exagero?
Não é para os que acreditam que Deus não teria feito tanta beleza para não destiná-la a quem pudesse admirá-la e usá-la.
Por isso, essa beleza de Deus, que é minha neta, assim como todas as netas e todos os netos, de todos os avôs e de todas as avós do mundo, veio para enfeitar o nosso pedacinho de Céu.
Aos pais os nossos agradecimentos.
As sucessões dos fatos de agora em diante ficam por conta do aprendizado que Beatriz começa a amealhar.
Então, que a paz que a trouxe seja o seu ideal.
Amanhã, com certeza, o seu horizonte se descortinará mais belo que o nosso, pois nele estarão incorporados, a nossa sabedoria mais a sabedoria que ela conseguir.
Que a sua estrela brilhe sem ofuscar as estrelas que com ela brilharão no Céu a partir de hoje.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Lembranças


Procurei nos recantos da minha mente as imagens das minhas rosas vermelhas. Havia passado um dia corrido, cheio de afazeres que me prenderam no centro da cidade. Estava cansado.
A noite era quente, sufocante. Por isso, lembrei-me de lembrar das imagens das minhas rosas vermelhas. Já havia experimentado, antes, o beneficio da lembrança das rosas vermelhas.
O buquê de rosas me veio à cabeça e o pensamento, desligado do corpo quente, saiu de mim, montado no tempo, para visitar as minhas outras lembranças.
Deslocando na velocidade que só pensamento possui, fui visitar o campo santo, o cemitério. É bem verdade que costumo fazer isso, de corpo presente, sempre que posso, mas desta vez, só em pensamento, era uma experiência e tanto.
Como que dirigido por força de insuspeita intensidade, me vi diante do túmulo do famoso médico e benfeitor, Narciso Gomes.
Não cheguei a conhecê-lo, mas pelo que me contam, era um homem que atendia os seus pacientes com grande carinho e segundo narração de algumas pessoas, mesmo morto, ainda assim, costuma atender muitos necessitados.
Desci por entre os túmulos e cheguei onde descansam os benfeitores, o Seu Angelo Enfermeiro e a Dona Augusta. Lembrei-me, naquele momento, da tosse comprida, a famosa tosse de cachorro, que me acometeu e que levou-me pela primeira vez a ter os cuidados dos dois. Claro que a injeção dolorida está esquecida e que permanece em mim a doçura dos dois saudosos amigos.
O Seu Angelo, grande pescador, era de poucos risos, mas de alma pura e trabalhadora trazia, para nossa alegria, juntamente com os seus parceiros, peixes que a Dona Augusta fritava como nunca mais consegui ver. Os "Corimbatas", em pedaços, dourados, crocantes, faziam a festa para a nossa barriga.
Certa vez, deslizando pela varanda molhada, levei um tombo espetacular e bati com o queixo no chão. O corte exigia uns pontos.
Naquele tempo, as injeções para anestesiar, eram "manga de colete", por isso, Dona Augusta, que se prontificou a dar os pontos, precisou usar todo o seu conhecimento técnico e psicológico para costurar sem que eu abrisse um berreiro.
A sua docilidade e extrema perícia fez com que eu me mantivesse quieto e com direito a um pirulito ao final da intervenção. Nem marca ficou.
Afastei-me para o alto e vi o campo santo, em silêncio e cheio de árvores.
O engraçado é que quando garoto tinha medo dele e agora, apesar de estar lá em pensamento, sentia-me tranqüilo.
Com a mesma velocidade o meu pensamento voltou para mim e para o meu quarto. O sono começava o seu trabalho restaurador.
Amanhã, pensei, acho que já dormindo, vou contar a minha aventura para a Dona Maria.

Antes tarde do que nunca


O sucesso de Rita Pavoni, estridentemente, jorrava do rádio e o senhor deixou que a sua mente o levasse de volta à sua juventude.
As suas lembranças levaram-no a vários lugares, onde com singular energia ele havia dado vazão aos seus desejos.
O salão do clube que ele freqüentava, pequeno e sufocante no tempo do calor, apareceu-lhe na mente nitidamente. As cortinas de cor indefinida, as mesas pequenas, as cadeiras, as pilastras que atrapalhavam os passos mais audaciosos, o bar acanhado com as garrafas de Fogo Paulista empoeiradas equilibradas nas prateleiras, o vozerio.
Como que por milagre, o som do piston em surdina encheu as suas lembranças com as músicas. Os boleros e sambas canções que embalavam as paixões e deixavam todos os pares de olhos brilhantes como que acreditando na perinidade daquele momento.
Em dado momento, não só sentiu o corpo da moça colado no seu corpo, como também sentiu o seu perfume. Rodava e ao mesmo tempo seus pés flutuavam nos passos combinados, lentos e com leve requebrado, que aceleravam as batidas do coração e a sua respiração.
Se pudesse, como quase aconteceu no filme “Em algum lugar do passado”, ficaria no seu passado, mais atencioso às coisas bonitas que aconteceram e que ele não havia percebido o seu real valor.
A mocidade, o clube, o baile, a música, a moça, o seu corpo, o seu perfume, embalavam aqueles momentos de recordação.
O barulho das panelas no fogão trouxe-no de volta. Sua mulher apareceu na porta da cozinha para a sala e perguntou:
— Posso fritar o bife?
— Claro, eu tô morrendo de fome. Respondeu levantando-se e indo na direção ao banheiro para lavar as mãos para almoçar.
Não era um almoço que pudesse gabar-se pela quantidade de pratos, mas era uma comida bem feita e cheirosa e na medida que suportava o seu aparelho digestivo.
Abriu a torneira e olhando no espelho surpreendeu-se com as imagens nele contidas. Eram a dele e da sua mulher quando ainda jovem, antes do casamento, no período de namoro. Era bonita e de sorriso fácil.
— Tá na mesa.
— Sacudiu a cabeça e foi almoçar.
Silenciosamente prestou atenção à sua mulher. Ainda era bonita. O que será que ela tinha visto nele, o suficiente para agüentá-lo tantos anos.
Analisando, foi relembrando os momentos vividos desde o seu casamento. Foram momentos felizes, momentos infelizes, momentos de segurança, momentos de insegurança, momentos de pavor, momentos de brigas, momentos de paz.
Dissera tantas bobagens e ouvira outras tantas. Momentos em que ficar em silêncio teria sido melhor e momentos que deveria falar substituídos por silêncios de omissão.
Engraçado como a nossa vida é feita de comportamentos extremos e às vezes inexplicáveis.
Mas, em sã consciência podia dizer que o amor estivera sempre presente.
Na luta entre os desejos e as renúncias o velho e divino amor saíra mais uma vez vitorioso.
— Vou dar um pulo lá na padaria. Falou levantando-se depois de tomar uma xícara de café.
— Aproveita e traga uns seis pães. Recomendou a mulher.
Saiu assobiando e prestando atenção ao tempo. Mais tarde deve chover, pensou.
Passou por uma casa, já perto da padaria, e sem querer pôde ouvir a discussão.
— Estou cansada de trabalhar, é a comida, roupa para lavar, limpar a casa e no fim de semana nada de descanso e vocês de papo pro ar vendo futebol na televisão. Assim não dá.
Assobiou mais alto e pensou:
ººº Em todas as casas as briguinhas são as mesmas.
Não sabe como e nem por quanto tempo, foi para um determinado lugar do passado. O bolero “Sabor A Mi” era a música e ele dançava como nunca havia dançado. A moça segurava de leve a sua cabeça e encostava levemente o seu rosto no seu. Os olhos semi cerrados não viam nada. Só dois em um, como se o ambiente tivesse destacado aquela imagem para aparecer. Momento mágico do encontro de duas metades para viverem a eternidade.
— Só tinha pão de sal.
Sentou-se na sala recostado no sofá e de olhos fechados analisava aquele momento de seu passado.
ººº Como eu mudei, não tenho mais momentos de romantismo e de carinhos. No entanto hoje minha mulher parece-me mais importante. Divido com ela as minhas decisões, juntos administramos a casa e as nossas vidas. Os sentimentos parecem-me purificados. Confio. Os gestos foram substituídos pela conjugação das nossas mentes. Eu sei o que ela quer e ela sabe o que eu quero. Entre nós o amor é e não precisa ser representado. Mas e as brigas?
— Caramba e as brigas?
— Só podem ser as manifestações do nosso amor que, descuidadamente, deixamos acumular e quando vêm à tona explodem e nós ainda não aprendemos a dominar.
— Fala alto que eu não estou escutando. Grita a mulher lá da cozinha.
— Nada não. Ele respondeu.
E voltou a pensar baixo.
ººº Acho melhor voltar a analisar estes pormenores de minha vida, com seriedade, na primeira oportunidade, o melhor agora é prestar atenção no jogo que está começando pela televisão.
O São Paulo, através do Denilson, espetou um gol no seu querido Palmeiras e ele sentiu o sangue ferver e subir. A pontada doida no lado esquerdo deixou-o sem sentidos.
Foi uma correria só.
— Dá álcool num algodão para ele cheirar.
— Esfregue os pulsos com vinagre.
— Faça uma cruz com água no peito.
A ambulância chegou e levou-o para o hospital, aonde veio a falecer.
Chegou lá em cima sacudindo aquilo que ele julgava ser a cinza do cigarro que estava fumando quando adveio o infarto.
Em pé, bem ao lado daquela espécie de cama, todo de branco e aparentando uma calma incrível, um senhor de barbas ralas e brancas, dirigiu-se a ele com voz doce.
— O senhor é um homem de muitas idéias, mas infelizmente, de pouca ação. Tivemos o trabalho incrível de fazê-lo relembrar os seus melhores momentos com a sua esposa e, mesmo assim, você não dirigiu-lhe nenhuma palavra de reconhecimento. Isto é egoísmo, meu filho. Por isso, trate de levantar-se e começar desde já um programa de treinamento, para retornar ao planeta Terra e como um marido dominado pela mulher pagar pelo seu egoísmo. E, por favor, não se esqueça de dizer a esta outra mulher com quem você vai se casar nesta outra vida, que você a ama e, é claro, não erga a sua voz.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Capítulo XXVI - Dai Gratuitamente o que Gratuitamente Recebestes - 1


A vovó, de saudosa lembrança, pacientemente, sem fazer conta do choro estridente do nosso irmãozinho, repetia sobre o peito dele o sinal da cruz.

Como por encanto, o choro cessou e a criancinha dormiu sossegadamente.

A vovó, na sala de sua casa mal iluminada pela lâmpada mortiça, em virtude da energia elétrica ser muita fraca, pela nossa visão, parecia lâmpada fluorescente, com voz fraca recomendou: mãe, faça chá de camomila e vá dando aos pouquinhos para o neném.

Muito tempo se passou e hoje, graças ao estudo da doutrina espírita, aquela cena, simples e extremamente piedosa, para nós, passou a ser o exemplo vivo deste capitulo do Evangelho de JESUS.

Lembramo-nos da fila de mães, com os filhos enrolados em cobertores para fugir do frio, com rugas de preocupação, aguardando pacientemente a sua vez de ser atendida pela vovó. Quantas horas a já vergada pelos anos, destinava de sua vida, para dar àquele povo o consolo daquele atendimento abençoado.

Vovó, segundo nos contava, não aprendera com ninguém a benzer. Intuitivamente, num momento da sua vida, sentiu nela a força estranha que a levou começar os atendimentos.

Sobre mim abria se um guarda- chuvas de luzes de indiscritível beleza e alguma coisa, não sei se voz, colocava no meu cérebro aquilo que devia fazer e receitar para que a criança, de fato, melhorasse de seu mal, graças à DEUS, dizia ela.

Vemos hoje, em nossa experiência na vivência espírita, muitos médiuns a se desdobrarem para levar o consolo aos irmãos que procuram os Centros Espíritas. Na sua grande maioria, são pessoas que não aparecem alardeando o seu trabalho. Irmãos abnegados que cuidam dar gratuitamente aquilo que gratuitamente receberam.

Sobretudo, as VOVÓS de ontem e os IRMÃOS ABNEGADOS de hoje, são os exemplos a serem seguidos. No mundo deste século que termina daqui a pouco, e segundo a nossa avaliação, de fato são eles que, em meio à ganância por bens materiais, desfraldaram a bandeira dos valores espirituais que através do amor privilegiaram o ser humano como o seu mais importante destinatário.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Inflação intolerável


Não somos dos melhores para falar de inflação.
Mas, este fantasma voltou a assombrar os Brasileiros com repercussão, principalmente, nas classes menos favorecidas.
Entretanto, ousamos dizer que era de se esperar este surto de inflação.
Os prazos de financiamentos aumentaram assustadoramente e, era de se esperar a escassez da oferta.
Além disso, o preço do barril de petróleo aumentou inacreditavelmente, mostrando que, no mundo, não se encontra ninguém com disposição de colaborar com diminuição da distancia entre os pobres e os ricos.
Neste contexto, a produção de alimentos no mundo enfrenta problemas que agravam os preços.
Mas o mais importante fato que vem agravar este prejuízo que o brasileiro esta pagando é o consumo desenfreado sem encontrar resposta da produção do parque industrial, agrícola e comercial brasileiros, que, ainda, não se aperfeiçoaram.
Reclamavam dos juros altos e, agora, silenciaram-se a respeito do aumento de preço patrocinado, um pouquinho pela conjuntura e muito pelo olho grande do capital.
Os que reclamavam dos juros altos, para vender mais, não estão falando em baixar os seus preços para conter o surto da inflação.
É incrível como Brasil ainda não aprendeu a lidar com este problema.
Na verdade apesar do lucro fácil, o certo é que ninguém sai ganhando com isso.
A economia brasileira atravessa momento especial de controle e poderá se houver colaboração, controlar este fantasma.
Enquanto isso, infelizmente o pobre vê os seus míseros reais perderem o valor de compra.
Todos os dias o arroz e o feijão se tornam mais caros e raros na mesa do brasileiro.
Caso não haja um sério combate à inflação, com auxilio de todos e, principalmente, dos que representam o capital na relação produção/consumo as coisas podem ficar intoleráveis.
A inflação é o mesmo que bolso furado do homem descuidado que vai perdendo as suas moedas pelo caminho onde passa.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Kamikases modernos


Até quando os acidentes com motocicletas vão acontecer sem que despertem nas autoridades de trânsito a preocupação que devem ter?
Todos estão cansados de saber que o pára-choque da motocicleta é a cara do motociclista, por isso, todo o cuidado é pouco.
A comercialização de motos no Brasil e em Araras, em particular, está muito incrementada.
A cada dia mais e mais motos são colocadas em condições de tráfego, aumentando grandemente a possibilidade de acidentes.
Some se a isto a incrível irresponsabilidade dos motociclistas que teimam em costurar no transito para ganharem tempo, de entenderem que as motos não são um veículo e sim uma broca que se destina a furar as complicações do trafego na cidade, de acharem que os motoristas de automóveis os desrespeitam, quando na realidade são eles que desrespeitam o tráfego.
Acham até que os motoristas de automóveis fazem de propósito as manobras que terminam num choque que sempre faz aumentar o número de mortos entre os motociclistas.
Além disso, a velocidade com que andam, não respeitando quebra molas e tudo o mais que encontram pela frente, coloca-os na qualidade de verdadeiros “kamikases”.
Ora, o problema é de disciplina.
Enquanto as autoridades não fizerem uma campanha ampla e rigorosa para colocar na cabeça dos motociclistas que as suas motos são um veículo, e com tal devem guardar o espaço de um veículo no tráfego, as vidas destes jovens destemidos continuarão sendo ceifadas gratuitamente.
Com a palavra as autoridades de trânsito que devem sair da irresponsável falta de atitudes para encarar o problema e, mesmo contra os interesses financeiros e econômicos que virão à tona, tomem as medidas necessárias para salvar a vida de tantos jovens.