segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O jogo da vida

2012 está na marca do pênalti.

A torcida que enche o estádio compõe um rico espetáculo.

Nas cadeiras numeradas, no lado inverso às cabines de rádio, estão os que roem a unha e urram querendo que o ano seja despachado com um tiro seco e certeiro.

Pudera o ano para eles, até aquele momento, havia se transformado num cadinho onde a maior parte cozinhou os seus dissabores e sofreram as agruras dos que clamam justiça sem alcançá-la.

No outro lado estão os que apostaram e ganharam, juntaram mais do que podiam gastar, amaram muito e às vezes se esqueceram da sucessão de um ano após o outro e exageraram ao não olharem para traz, onde ficaram os seus momentos de sofrimento e não conseguiram se valorizar.

Nas arquibancadas que ficam atrás dos gols, estavam os que olhavam aquele pênalti com se fosse a necessidade comprometida com as mudanças necessárias no placar da vida, renovavam as suas esperanças num resultado melhor, mais justo, premiando o trabalho até ali desenvolvido, e se candidatando aos melhores momentos.

De caras grudadas no alambrado que os impediam de invadir o campo, estavam os que não conseguiam compreender a gravidade do momento. Caso o pênalti fosse convertido arrebentariam tudo e invadiriam o campo passando por cima de quantos os quisessem impedi-los. Se, no entanto, o pênalti não fosse convertido, mesmo assim, invadiriam o campo e dariam ênfase aos seus arroubos animalescos, encardindo a história do Espírito do Homem, e se candidatando aos momentos do ranger de dentes do aprendizado incondicional

Malgrado todos os sentimentos, na verdade, 2012 vai ser despachado pelo senhor Tempo, como sempre, inexorável e cumpridor da Lei.

Nesta partida entra em campo um novo time, de novatos é certo, mas de possibilidades muito maiores que o anterior é o já famoso 2013.

Já entra em campo, apesar de ser um time de novatos, trazendo no seu jeito de jogar um aprimoramento técnico, com melhores trocas de bolas e com mais comprometimento com a objetividade. Vai jogar prá frente, buscando a posse de bola e marcando no campo todo o adversário, mostrando incomparável determinação.

Por certo neste começo vai reunir uma torcida bastante heterogenia.

Com o passar dos dias, porém, a diversificação irá se ampliar ou a homogeneidade se fará maioria.

Vai depender dos resultados?

Sim! Mas, vai depender mais da capacidade da torcida compreender que, um time só alcança o sucesso nos campeonatos que disputa quando conseguir entender que as derrotas, também, fazem parte do contexto do sucesso.

Por isso, vamos todos rezar para que 2012 seja despachado, junto com a compreensão da torcida de que 2013 só será campeão se todos compreenderem o papel das vitórias e das derrotas na formação do sucesso ao final deste “jogaço” que é a vida.

Bola prá frente pessoal!







quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O nosso Progresso


Deus não é energia como muitos afirmam ou advinham. Deus na verdade criou a energia.

Por isso, ele é de todo o tempo, antecede à energia, sua criação.

Segundo um conceito maravilhoso, de Chico Xavier, diz que tudo que existe no universo são energias coaguladas.

Cada estrela, cada planeta, cada galáxia, é uma expressão da coagulação desta energia cósmica, situadas, cada qual, na exata convergência de idade, calor, velocidade, pressão e outras variáveis.

Daí a diversidade de apresentação dos sóis, dos planetas e das galáxias. Mais de perto vemos a ciência descobrir que o Planeta Terra, tem diferentes qualidades de Vênus, Mercúrio, Marte, Júpiter, etc.

A começar e a mais importante para que exista vida tal qual existe no Planeta Terra é a atmosfera. O homem da Terra não poderia sobreviver no Planeta Júpiter, pois sequer conseguiria respirar, nem mesmo sabemos se lá existe água, como a conhecemos por aqui.

A diversidade é, portanto, uma grandiosidade.

Por quê?

O Criador teria errado no seu planejamento da sua criação?

Teria o Criador criado esta diversidade para olhá-la e não se cansar, pois a diversidade e a beleza O extasiariam?

Perguntamos mais: Por quê ele criou o homem com sua capacidade de raciocínio?

Esta beleza toda do universo não pode ser um capricho do Criador.

A mais ínfima molécula, se assim podemos dizer, foi criada com intermináveis possibilidades de transformações, em si própria ou no conjunto delas.

Assim, o Homem vai resolvendo os seus problemas, criando sem parar, para saná-los, se modificando biologicamente ou adaptando as coisas às suas possibilidades, interagindo com a natureza, da qual ele é parte integrante.

A natureza, pela idade e pelos ataques que sofre pela ação do seu mais nobre integrante, o Homem, vai aos poucos se adequando, através de modificações imperceptíveis e em extremo, pelas suas febres intestinas, rugindo aqui e ali, exigindo respeito às forças que libera.

Estas grandiosas transformações não seriam planejadas se apenas cuidassem das modificações plásticas. Elas, com certeza, foram criadas para mais nobres ações.

Não podemos deixar de colocar que tudo que Deus criou é de suma importância, mas o Homem, digo melhor, o Espírito do Homem, com a sua capacidade de raciocínio é a mais importante que conhecemos.

A criação do Espírito do Homem foi na sua origem, uma semente, sem prévias qualidades, pois deveria conquista-las todas, glorificando através do seu esforço, o plano divinal no seu mais sublime momento.

Haveria de ser a mais simples criação, sem nenhuma compreensão, destinada a atingir a mais graduada sabedoria, por seu próprio esforço, balizando o tempo que tomaria para chegar ao cume.

Entender, portanto, as falas de Jesus, na sua Boa Nova:

Meu reino não deste Mundo;

Há muitas moradas na casa do meu Pai;

Ninguém vai ao Pai senão por mim;

Para dizermos algumas de suas máximas, fica clara a intenção de Deus para clarear as mentes dos homens, sobre a necessidade do aprendizado.

É evidente que toda empreitada demanda esforço. Muitas delas demandam até algum sofrimento para que os objetivos sejam alcançados.

Por isso, ao Homem não resta alternativa, senão apressar o seu aprendizado, contidos nos ensinamentos que é colocado à sua disposição na vivência de cada vida.







domingo, 23 de dezembro de 2012

Feliz Natal

Feliz Natal

No programa de rádio “Pedrinho Eliseu” que participo, pela Radio Clube Ararense, todos os sábados, fazia a minha despedida e desejava Feliz Natal aos meus companheiros de Programa e para todos os ouvintes, ocorreu-me que o aniversariante nunca ganhou presente.

Eu mesmo fui destinatário de muitos e muitos presentes e, também, presenteei, além de meus familiares, muitas pessoas, principalmente quando a situação era melhor que a de hoje, financeiramente falando, pois sou mais sábio que naquela época.

Este tipo de raciocínio levou-me a intensa reflexão sobre a importância do nascimento de JESUS entre nós do Planeta Terra.

Estávamos cuidando do nosso progresso devagar quase parando, dando chances às nossas animalidades, querendo tudo e tudo tomando dos mais fracos.

Éramos a Lei, nem mais nem mesmo.

Os estatutos daquela época eram permissivos e os mais inteligentes e fortes, sem que houvesse um sistema de comunicação de qualidade para denunciá-los, faziam valer os seus anseios.

Nesse clima, a necessidade de uma mente brilhante e correta se fazia necessário.

Então JESUS nasceu entre nós.

A sua Boa Nova era tão perfeita que os poderosos tremeram e temeram pelas suas conquistas.

Rei passou a fio de navalha os varões de tenra idade, procurando com isso matar no nascedouro o poderio daquele nascido para brilhar.

Doutores da Lei de Israel daquela época, surpresos, viram que a mensagem do GRANDE MESTRE, ultrapassava pem valor as suas crenças, eivadas de egoísmo.

O poderoso Império Romano, sabedor da fama e da grande penetração de JESUS entre as massas, lavou as mãos e entregou-o a sua sorte, mas não conseguiu parar a trajetória do HOMEM que veio mudar o mundo.

Por isso, a sua Boa Nova precisa ser cada vez mais entendida, pois seria muita inocência para parte da humanidade, se a Letra não tivesse trazido um imenso lago de sabedoria, onde o homem, com o passar do tempo, nos seus mergulhos profundos para entender a vida vai pouco a pouco descobrindo a verdadeira importância desse ESPÍRITO de LUZ.

Daí o meu convite para que na comemoração deste aniversário de JESUS, todos os homens procurem enxergar nos seus ensinamentos os caminhos que o Mestre traçou para que o mundo alcançasse o progresso que hoje ostenta.

A ordem desse progresso é que, nos dias de hoje, permitem que alguns “sábios”, digam que o fim dos tempos é chegado.

Nada mais óbvio, pois é só contemplar o mundo selvagem que a terra foi para saber com certeza que os dias são chegados, pois o progresso é incondicional, mormente nestes dias de 2012, com a energia de bons espíritos e a multiplicação da velocidade com que o homem troca ideias e as coloca em funcionamento, para atender a grande demanda das necessidades de melhores homens, forjados nos ensinamentos do GRANDE MESTRE JESUS.

É certo que os esforços de cada um poderão gerar desconfortos, mas a sorte está lançada, o Espírito do homem deste planeta terá apressado o seu progresso, quer queira ou não queira.

Graças, naturalmente, aos ensinamentos de JESUS.

Tenham todos um FELIZ NATAL.









quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A Música

Estou no momento de ouvir músicas.

A música inspirada é inspiradora, para todos os que se dedicam às reflexões e criações.

Tem sido ao longo da história do homem, desde o canto do vento varrendo o planeta, que era inóspito, até os mais aperfeiçoados sons tirados dos equipamentos eletrônicos.

Imaginando as descobertas do homem, sempre acompanhada da multiplicação dos sons, uníssonos, que paulatinamente através de composições, inspiradas desde os primórdios, pelos espíritos angelicais, composto até os momentos divinais das músicas de hoje.

Não é um progresso isolado que visa o bem estar do homem, é um meio que os divinais desenvolveram para que o homem encarnado aprenda o grande valor do som, como estimulador da multiplicação do bem.

Tudo no mundo tem o seu som característico.

A qualidade da emissão destes sons está intimamente ligada à qualidade do homem e do planeta que há emite.

Claro que ainda, em muitos lugares, mesmo porque o nosso mundo é um mundo de Expiações e Provas, os sons não são todos de grande qualidade, e muitas vezes raiam pela animalidade dos tantãs uníssonos e selvagens, confundindo as energias e criando um ambiente onde apropriadamente o homem do planeta terra tem que viver.

Por isso, reservar momentos de ouvir música pode ser um grande auxiliar para o espírito do homem, criando uma harmonização que pode direcionar as suas atitudes que pela inspiração torna-se de qualidade moral positiva.

Esta qualidade moral, que desencadeia o aprimoramento do espírito do homem, transforma pouco a pouco este planeta Terra em um mundo de Regeneração, tornando a vida mais bela e sem tantos sofrimentos que hoje, todos nós, encarnados neste planeta sofremos.

Nada que exista no mundo é sem motivo, tudo tem o seu valor que compõe o campo de necessárias experiências.

A música é pelas suas características uma das unidades mais importantes da composição da vida, que eternamente progride.



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O Sol, nosso Contador de Tempo


 
O Sol nosso contador de tempo, nasce todas as manhãs, acrescentando na nossa história de vida a sabedoria que conseguimos no dia anterior.

Ele nasce para todos.

Os seus raios de Luz, Energia Amorosa do nosso Pai criador, pode ser absorvido por todos nós, sem exceção.

O grande desafio é, portanto, cada um se esforçar para poder absorvê-las.

Neste mundo de Provas e Expiação, os espíritos encarnados e desencarnados, são de todos os matizes no quesito moral.

Assim, cada um absorve a quantidade amor em luz e energia, segundo o seu estado evolutivo.

Uns com bagagem de conhecimentos robusta, deixam de fazer com que as suas experiências se transformem em atitudes do Bem, não contribuindo para que o meio em que vivem se aprimore.

Desvairados, buscam a felicidade nos prazeres desenfreados, corrompendo o esforço feito para se situar junto àqueles que sabem, e buscando as satisfações dos anseios menores, animalescos, se submetem às sanções da Lei Divina.

Incapazes de absorver a boa energia, a Luz, o Calor do Amor que o Sol derrama sobre todos. Atingidos pelos raios maléficos experimentam na carne e no espírito o fogo insuportável das correções.

Marcando as vidas vindouras que se transcorrerão doloridas.

Outros, renitentes, teimam em fechar os seus olhos para as experiências que vivenciam e procuram as satisfações animalescas.

São os que não aproveitaram suas encarnações para acrescentar aos seus espíritos os ensinamentos do grande professor que é o tempo, e deixam escorrer por entre os seus dedos diamantinas oportunidades.

Não conseguem absorver nada da Luz, do Amor, do Calor que o Sol derrama sobre todos.

Enregelam a vida que se transforma em frias vivencias sem que se apercebam as causas dos seus sofrimentos, e se vêm distanciados da felicidade e choram lágrimas de gelo.

Outros, maioria, dentro de uma escala a lhes marcar a qualidade espiritual, usufruem dos benefícios da Luz, do Amor e do Calor que o Sol derrama sobre todos, na exata medida de que cada um tenha conquistado.

São os vanguardeiros do progresso da humanidade, precedem, mesmo que não se apercebam as grandes transformações do próprio planeta e dos seus espíritos.

Entretanto, muitos, mas muitos mesmo poderiam estar contribuindo com mais expressivas ajudas, e continuam a se contentar com um pouco de progresso.

Poderia ser muito mais, por isso, a Boa Nova de Jesus, veio ao mundo, para lhes dar, a eles e aos outros dos extremos, a orientação segura para se conquistar uma evolução espiritual importante.

A divulgação da Boa Nova, então, é condição essencial para que haja, a todo o momento, espíritos que se modifiquem interiormente, acatando a Lei de Deus e se candidatando, a cada vez mais, absorver a Luz, o Amor, o Calor de Deus que o Sol, nosso contador do tempo derrama sobre todos nós.

 
 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Uma grande lição


 
Ganhei um novo vizinho.

Ocorre que este vizinho, por mais incrível que possa parecer, é um vizinho  por todos os lados da minha casa.

Está, num momento, na frente da casa, noutro momento está na parte dos fundos, de repente aparece num lado, logo em seguida noutro lado e, pasmem, o seu lugar preferido de exercer o direito de vizinho é em cima do telhado. Eu e minha mulher nos perguntamos: será que este vizinho vai querer saber da nossa vida nos mínimos detalhes?

Francamente não gostamos nada deste nosso vizinho.

Estávamos, eu e minha mulher, dentro de casa, ela dando um jeito na cozinha enquanto eu reinava no computador, quando fomos surpreendidos com barulho infernal lá no quintal.

Corremos para ver o que era e, adivinhem.

Era o nosso vizinho que da sua casa fazia um barulho infernal.

O Som estridente, sem obedecer nenhum compasso, agredia os nossos ouvidos e nós começamos falar alto que aquilo estava nos incomodando.

Qual nada o vizinho nem ligava para a nossa tentativa de fazê-lo parar com a barulheira.

Aquilo era uma sinuca de bico. Como sair dela.

A reunião de nós dois acabou por criar muitas opções.

Comprar uma espingarda de pressão e meter tiro perto dos pés do nosso vizinho foi eleita a melhor opção.

Não chegamos a comprar, pois aventamos a possibilidade de errar o tiro e ferir o vizinho, o que nos traria problema.

Resolvemos cantar música ruim para incomodar o vizinho, mas ele nem ligou e continuou a fazer o barulho incrivelmente insistente.

Os desavisados desta vida, e eu e minha mulher estamos nesta amostragem, quando apresentam o sentimento de renúncia, ou seja, aguentar o barulho do vizinho, sempre são encaminhados pela misericórdia de Deus e acham um meio de compreender e aceitar os problemas que não podem solucionar.

Foi o que aconteceu.

Estávamos cuidando de limpeza que se fazia necessária,  quando descobrimos a razão pela qual o vizinho se mostrava tão barulhento.

Acuado, encolhido e com cara de muito medo, descobrimos o filhote do pardal, nosso novo vizinho, debaixo do tanque de lavar roupas.

Aquele barulho todo era nada mais nada menos que o pio desesperado da senhora Pardal, com medo de não poder alimentar o seu rebento, enquanto ele ganhava forças para poder por si, voltar ao aconchego do ninho de onde ele caiu.

Assim, quando um passarinho de maneira pouco usual comece a agir e chegue a nos incomodar, aprendi, agora, que é bom examinar com cuidado, pois, por certo, é um sinal de filhote, daqueles teimosos, estar enfrentando problemas.

O barulhento pardal, digo, a senhora pardal, ganhou o nosso respeito e o seu barulhento modo de cuidar do seu filhote, já não nos incomoda mais.  

 

 

 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Catando Laranjas

Quantos de nós, não raramente, enfrentamos na vida grandes dificuldades.

Se olharmos ao nosso derredor, veremos que não somos os únicos a ter que comer o pão que “o diabo amassou”.

As grandes mentes do mundo, ao analisar este fato, dizem que as dificuldades fazem parte do aprimoramento do homem.

Reclamam os mais atingidos:

Porque é que muitos homens não sofrem tanto quanto nós?

Falha da nossa observação.

Pois que, na face da Terra, não há quem não tenha que enfrentar grandes dificuldades.

A diferença entre uns e outros é a natureza das dificuldades que têm que enfrentar.

O enfrentamento de cada dificuldade, que levam alguns a sofrer mais que os outros, é que poderíamos chamar de medida da qualidade moral do Espírito do homem.

Uns choram e se descabelam e extremados desistem de perseverar na busca das soluções.

Outros, no entanto, mais preparados pelo aprendizado que a vida lhes proporciona, pelejam a mais não poder e, como prêmios pelo desassombro encontram o caminho que devem seguir, solucionando problemas, contornando obstáculos, servindo de exemplo ao meio a que pertencem, enriquecendo o conhecimento, caminhando com segurança em direção à sabedoria.

Com boa vontade de enxergar a realidade, se quisermos, olharemos e veremos que eles seguem catando as laranjas que caem do seu jacá (as derrotas), para mais à frente, com todas elas lavadas, fazerem a laranjada (a vitória), refrescante e saborosa.

Assim, quem se digne a abaixar para catar as laranjas, logo estarão na posição de estar olhando e analisando a grande vitória.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O Bocó de Mola

Quando criança se me chamassem de Bocó de Mola eu ficava muito ofendido.
O Boneco que apanha sempre está pronto para levar mais um sopapo e voltar a ficar em pé, teimosamente.
Através do tempo modificou-se o seu qualificativo. Hoje ele é sinônimo de persistência, de homem que não desiste, mesmo que os problemas não sejam solucionáveis, e os ferimentos do esforço sejam muito doloridos.
Se antigamente estes homens, os Bocós de Mola, eram tidos como subservientes e escravizáveis, hoje são aqueles que estão na vanguarda, puxando o crescimento da evolução social e espiritual do homem.
Neste meio, como em qualquer outro meio, homens existirão que nada valem, pois estão atrasados na compreensão da vida e, por isto, merecem de nós as nossas orações que lhes valham para que eles encontrem o caminho do progresso espiritual.
Mas a grande maioria, neste contexto temporal, são espíritos que estão comprometidos com a mudança da qualidade da vida deste planeta Terra.
Assim, apesar de todas as demonstrações do mal, continuam lidando com as injustiças e os vícios que o homem reuniu através dos milênios da sua história.
Estas lutas, cujas armas não são de fogo e nem de desintegração do átomo, têm campo em todas as frentes: Econômico, Político, Social, etc. e são travadas com a única arma que promove o progresso do Mundo e do Espírito: a Criatividade no amarmos uns aos outros.
Por isso, no enfrentamento das injustiças, do egocentrismo, e dos anseios desmedidos, estes homens comprometidos com o progresso, se verão, muitas vezes, amargando derrotas.
Sabem, porém, que estes momentos são necessários, pois que os novos costumes só serão implantados com o esforço extremo de cada um deles.
Podemos dizer, portanto, que os dias são chegados, e o mal, representado pelos homens recalcitrantes e que lutam para não perder as facilidades pessoais, tem o seus dias contados.
 
Contra a força dos Homens de Espírito de Renovação e de Justiça, não há no mundo quem a detenha.
É uma questão incondicional de ajustamento, válida para todo o Universo.
Que a qualidade do homem e de seu habitat seja correspondente aos desígnios de Progresso e que faz parte do Planejamento de Deus, destinando à sua Criatura mais Espetacular, toda a sua Criação Espetacular.
Portanto, os Homens vanguardeiros, precisam cuidar para que a convivência de todos seja marcada pelos anseios que todos possuímos desde a nossa Criação, que é de, através da transformação da natureza colocada à disposição de todos pelo Supremo Criador, transformá-la cada vez mais agradável para o nosso bom viver.
 
 
  

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Vigiai e Orai (2)


Mateus Cap. 26 – v. 41 - Marcos 14 v. 38 - Lucas 22 v.40

O que nos torna mais calmos ou irritados quando estamos enfrentando os nossos problemas particulares?

 

Na verdade, na nossa convivência diária, o nosso humor acaba ficando como uma gangorra. Ora está no campo mental que nos incute a calma, a tranqüilidade e ora está nos momentos que experimentamos a irritação, a insegurança e, as vezes, damos vazão à raiva, quando não, ao ódio.

 

Se as repercussões desses momentos ficassem circunscritas a nós mesmos não provocariam maiores problemas.

 

Acontece, no entanto, que tudo que fazemos de bom ou de mau, de maneira extraordinária acaba influindo no meio em que vivemos envolvendo as pessoas, tanto as que caminham conosco quanto outras que nada têm a ver com a nossa vida, modificando, na maioria das vezes, o planejamento de alguns ou de todos, provocando distúrbios quando são de natureza ruim ou, então, melhora o astral dos envolvidos, quando são de natureza boa.

 

Quando Jesus, mansamente começou a ensinar o caminho para a angelitude, via nossa reforma interior, prescreveu que tínhamos que estar atentos “VIGIANDO E ORANDO’.

 

Naquele tempo esta orientação do Evangelho de Jesus soou avançada e, devido à ignorância da humanidade, ficou dificultada a sua prática.

 

Hoje, não mais.

 

O avanço no progresso espiritual da humanidade já coloca o homem em condições de atender, nas suas atitudes do dia a dia, os ensinamentos de Jesus.

 

Por isso, cada um de nós, além de necessitarmos para o nosso engrandecimento espiritual, ainda, temos o dever de Vigiar e Orar, para beneficio do meio em que vivemos.

 

Primeiro porque a velocidade da nossa progressão tem que ser outra muito mais rápida do que até então.

 

Segundo porque a nossa omissão redundará no atraso da progressão de todos os que nos cercam, com repercussão incrível em todo o mundo.

 

Como dissemos: Hoje não mais a omissão. Precisamos de atitudes Vigiando e Orando.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Naquele Tempo

Naquele tempo o jardim (Pça.Barão de Araras) era onde, todos nós, vivíamos o nosso dia de príncipe encantado.
Nos dois passeios, o interno e o externo, desfilavam em duas filas, na maior parte das vezes de quatro pessoas.
No passeio interno, andando no sentido horário, andavam as moças. De braços dados, riso fácil e olhos inquietos, buscavam na fila de moços os que mais lhes agradavam.
Os moços que desfilavam caminhando no sentido anti-horário, seguiam flertando com aquelas moças que lhes destinassem um olhar.
As luzes, as cores dos vestidos e a elegância dos ternos de tergal verão dos moços misturavam-se emprestando ao ambiente um dourado de felicidade que não conseguimos ver nos dias de hoje.
Na verdade era a dança que propiciava a continuação da espécie.
"O moço de camisa branca, terno azul marinho, gravata e sapato social impecavelmente engraxado e lustroso, diante do olhar da moça, endereçava-lhe um sinal, que queria dizer:
— Quero falar consigo. Posso?
Como só as mulheres sabem fazer, o sinal simplesmente era ignorado.
Ignorado sem maldade, diga-se de passagem. Ela queria ter a certeza de que era para ela mesmo que o sinal havia sido endereçado.
Na meia volta seguinte era a vez do rapaz, passar por ela e descuidadamente virava o rosto para o outro lado, num lance medido e destinado a deixar a moça mais interessada.
Na meia volta subseqüente, novamente, cruzavam os olhares desejosos.
Na outra, então, de novo o sinal que recebia o consentimento da moça que balançava a cabeça de maneira discreta e bela.
Dependendo de ser mais ou menos despachado o moço, na outra volta já estavam os dois conversando e dando volta no jardim pelo passeio externo.
Começaram assim muitos casamentos em Araras.
Na sua grande maioria felizes.
Dona Maria, aquela minha vizinha que vocês conhecem, começou o romance de sua vida numa noite de Domingo, dando voltas no jardim, ouvindo a "furiosa" municipal executando "LUZES DA RIBALTA".
Hoje, às vezes, encontro-me com um moço bem vestido e bem falante e descubro que é filho de um conhecido que se casou graças ao nosso jardim. Outras vezes passa por mim uma jovem senhora, grávida, e descubro que é filha de um amigo que se casou graças às voltas no jardim.
A emoção é grande.
É a vida que prossegue.

        

terça-feira, 19 de junho de 2012

Vigiai e Orai (1)


Lucas 22 - v. 40
Mateus 26 - v. 41
Marcos 41- 14


“Vigiai e orai para que não entres em tentação: na verdade o espírito está pronto, mas a carne e fraca”.








Jesus, como de costume havia, por parábolas, tentado alertar os seus discípulos.

Quis, então, o Mestre a companhia de três discípulos, para que pudesse orar.

Encontrou, no entanto, os seus discípulos adormecidos e disse a Pedro, nem uma hora pudeste velar comigo.

Tendo rogado ao Pai que lhe afastasse aquele cálice, submisso, pediu que se cumprisse como Deus determinasse e não como ele queria.

Depois da terceira vez que orou e encontrou os discípulos adormecidos, disse: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores!

A traição de Judas estava em andamento.

Pedro fora advertido de que o negaria por 3 vezes.

O filho do homem, disse Jesus e não o filho de Deus, mostrando que a violência que se cumpria naquele tempo era a vontade dos espíritos encarnados, o homem, que no decorrer dos tempos e das reencarnações, encontrava-se, ainda, espiritualmente, muito embrutecido, ignorante, relativamente ao reino divino, do qual Jesus é o Rei.

Precisavam os filhos de Deus, encarnados como filhos do homem, de uma sacudidela para que começassem a se aprimorar e buscar o progresso Espiritual.

Deus não poderia, jamais, entregar os seus filhos à sanha das tentações.

Era preciso que a humanidade retomasse o caminho do progresso.

A Boa Nova do filho de Deus, travestido de filho do homem, apesar de ter sido obrigado a beber o cálice de fel, com o seu exemplo e ensinamentos de vida, marcou de vez o objetivo divino.

Naqueles derradeiros momentos o exemplo do convite ao Vigiai e Orai de Jesus, prenunciava que os tempos haviam chegado e o avanço do espírito se daria, pela vontade deles próprios ou pelo incondicional cumprimento das Leis de Deus.

A prática do ensinamento contido no Evangelho do mestre, pelos homens, propunha para todos, os esforços necessários para que a sabedoria se instalasse nas suas personalidades e através do aproveitamento da iluminação do espírito afastasse deles, dos homens, a necessidade de beberem o cálice que, ele próprio, fora obrigado a beber para apressar o final do pecado no mundo.

Por isso, o convite é para que todos nós, nas nossas vidas, lutemos e possamos vencer as tentações, que vicejam, conduzindo as nossas vidas, certos de que, se melhorarmos o que somos hoje, graças aos ensinamentos de Jesus, estaremos cumprindo a nossa parte, para legar aos nossos filhos e netos um mundo melhor, sem cálices amargos e com muito mais luzes.

O sofrimento do filho do homem, do mestre Jesus, não foi em vão, pois sabemos, agora, que a vida abençoada, é instrumento de rara utilidade na transformação do homem simples e ignorante no sábio filho de Deus.

Em todas as atitudes, o Vigiai e Orai, é utilizarmos os nossos recursos, tantos os conscientes como os que já se incorporaram aos nossos  inconscientes, para situarmos as nossas obras nesse mundo de Deus, em obediência ao amor que carregamos dentro de nós, pois só nos amando uns aos outros, cumpriremos o Vigiai e Orai já, então, concretizados na nossa iluminação espiritual.




sábado, 9 de junho de 2012

Anjo da Guarda

Meu querido Anjo da Guarda:

Quase sempre estou de mãos postas para pedir-lhe que me ajude nos momentos de minha vida, quando as coisas parecem muito difíceis.

Apesar desse meu cuidado, muitas vezes, me vejo enrolado pelos acontecimentos sem que as soluções apareçam.

As que se tornam problemas solucionados têm me dado muita alegria, mas os aborrecimentos que as outras causam como lhe estou explicando, me fazem um grande mal.

Por isso, estou escrevendo-lhe, para que fique tudo registrado, pois estou precisando que você, meu querido Anjo da Guarda, não regateie esforços para me ajudar.

Com isso, a felicidade estará presente em todos os momentos da minha vida.

Querido irmão:

Recebi a sua cartinha tão chorosa e expressiva.

Tenho a dizer que os momentos de nossas vidas, minha, sua, e de todos os espíritos, encarnados ou desencarnados, são feitas de oportunidades de aprendizado.

Pois como você sabe, todos nós ainda estamos com uma carga de ignorância importante, e se quisermos reverter a situação é preciso que encaremos o trabalho para, de fato, aprendermos com o trabalho de tentativa de soluções para os problemas a vivermos a vida intensamente.

Esclareço e lhe peço a máxima atenção para o fato de que todos nós termos o nosso Livre Arbítrio, através do qual podemos escolher os caminhos a seguir para o aprendizado que vai dar mais qualidade aos nossos espíritos.

É certo que nem sempre o caminho mais confortável nos leva ao aprendizado pretendido.

Precisamos escolher os caminhos que nos levem às soluções dos nossos problemas sem olvidar que se estamos encarnados no planeta Terra e que somos mais ou menos sete bilhões de encarnados, e que poderemos vencer  os obstáculos se aprendermos a conviver em harmonia com todos os nossos irmãos.

Às vezes a escolha destes caminhos, é bom que se diga, não será fácil, pois os melhores caminhos que nos levam às melhores soluções passam obrigatoriamente pelo esforço que devemos despender para vencer os obstáculos.

Portanto, leve em consideração que esta escolha nos obrigará a enfrentar desconfortos e até sofrimentos.

Porém, se a nossa determinação for de valor, sabendo como sabemos que a vida é eterna e que para a sua qualidade, que nos dará direitos de vivermos cada vez melhor, é preciso algum desprendimento, com certeza venceremos as vicissitudes da vida e poderemos chegar a uma vida de mais felicidade.

Já nesta vida pela vitória do nosso progresso espiritual, forjado nas vitórias e desacertos, como na outra vida, por estarmos conquistando o direito de renascer num mundo onde haja mais alegrias e nem tantos sofrimentos.

Alerto, porém, que estarei sempre disponível para ouvir as suas rogativas, quando estarei intuindo você para os bons combates, mas jamais, poderei impedir o seu Livre Arbítrio nas suas atitudes.

Assim, querido irmão, não somos nós os Anjos da Guarda que estamos falhando e sim a escolha de cada um dos nossos tutelados é que nos tem afligidos.

Tenha a certeza de que nós, os Anjos da Guarda sempre estaremos alertas, mas o leme estará, é bom que se frise,  na mão de todos vocês.

Que o senhor nosso Pai e Jesus nosso irmão e Mestre nos inspirem.













quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sob a Luz

Então, a vida transcorre como se estivéssemos todos despencando ladeira abaixo. Como se estivéssemos todos dentro de um tubo que nos levaria ao fosso do crocodilo, depois de cairmos numa armadilha.
A impressão é que o Senhor entrou de férias e viajou para bem longe, visitando cercanias de Capela lá pela Constelação de Cocheiro, deixando o nosso belíssimo planeta Terra ao Deus dará.
São de tal ordem os atritos, que muitos já chegam a afirmar que Deus nunca mais voltará para estes rincões.
No entanto, se pensamos desta maneira, este momento “atritoso” é culpa nossa, neste caso considerados filhos de pouca fé.
Se olharmos para o planeta Terra, desde os primórdios, quando o homem começou a viver por aqui, somos forçados a reconhecer o grande progresso alcançado.
Isto fica mais que evidente se analisarmos a vida na Terra no século passando.
No começo do século passado  o homem começou a colher os seus primeiros esforços científicos, e a multiplicação das descobertas colocaram o homem de boca aberta, principalmente após a segunda guerra mundial.
O esforço para conter o Eixo (Alemanha, Japão e Itália), que se preparara com muita eficácia para sustentar o plano de expansionismo, obrigou trabalho diuturno para anular o inimigo, o que resultou um salto nas descobertas cientificas, culminando com as explosões das Bombas Atômicas no Japão e a dura vitória dos aliados.
Muito embora a vitória pelas armas, ela não foi suficiente para que o homem do planeta vencesse neste conflito. Todos os homens de todos os países perderam.
Mas o homem lançou mão do conhecimento alcançado pelo seu progresso, que transformou o planeta Terra de um mundo primitivo em mundo de Expiações e Provas.
O progresso é incondicional, podemos afirmar, pois depois de atritos, sempre, o homem enxerga a necessidade de melhoramentos na sua convivência com o seus irmãos.
Por isso, conforme o mundo espiritual informa, o mundo está a caminho de mudar-se para um mundo de Regeneração. Se agora o mal impera, depois reinará o bem, preparando os filhos de Deus para o futuro divinal.
Ao contrário do que muitos pensam Deus não está de férias e nem tampouco está desatento com relação ao futuro do planeta e dos espíritos que aqui estão reencarnados.
A ebulição atual é para que o homem sinta a necessidade de se modificar interiormente, mediante o seu desempenho no trabalho diário no bem, ou então, será colhido pela onda da incondicionalidade que o levará ao aprendizado e ao comportamento amoroso para com os seus pares.
É questão de escolha.
Todos os homens têm acesso às informações de como devem se comportar perante a história do nosso Planeta, Jesus deixou-nos o planejamento.
Os recalcitrantes, por certo, deverão ser apartados para frequentar outra escola, com professores mais exigentes e que se quer sabem que a roda foi inventada.
Na verdade num caso, praticantes do amor ao próximo, como no outro, recalcitrantes no mal, todos estarão, sempre, em lugares diferentes, sob a Luz do Criador, apenas o peso que carregam será diferente e o porto de destino é o mesmo para todos...







sexta-feira, 4 de maio de 2012


Acenda a sua Luz

Os grandes momentos acabam, sempre, sendo o resultado de milhares de pequenos momentos.

É Lei da vida.

O ser pode ser comparado à água submetida ao fogo para atingir a fervura. Começa a sair do estado natural, da temperatura ambiente, pouco a pouco, e à medida que esquenta vai juntando os graus que ao final levara o precioso líquido à fervura.

Somos assim, na medida em que vivemos trocando com os nossos companheiros de vivência neste planeta atitudes e vamos acumulando informações e à medida que elas se multiplicam, nos tornam mais aptos às atitudes mais ousadas.

Não ficam de fora deste meio de vida as erupções mostrando que estamos, também, aptos às infelizes defesas dos nossos anseios.

Longe de ser imperfeição de cada ser é, no entanto, imperfeição de todos os seres neste planeta.

Estamos longe de adotar nas nossas atitudes nas batalhas da convivência, competência para tratar com todos os que conosco convivem.

Francamente, em muitos momentos a nossa esperança de Paz é quase nenhuma.

Apesar dos esforços de todas as religiões, através dos tempos, apesar de todos os seus enganos, nos encontramos distantes do bem que todas elas pregam.

É preciso que nos convençamos que, apesar da bula das religiões, estamos refratários ao bem, para atender nossos reclamos pessoais.

Assim, como confiarmos naqueles que não conhecemos, se sequer, ainda não conseguimos confiar naqueles que vivem conosco?

Difícil responder.

Podemos chegar à conclusão de que as religiões, todas elas, estão corretas, pois pregam o bem, o amor, o perdão, a misericórdia a caridade ...

E que, portanto, o que é preciso é o ser, definitivamente, escolher se melhorar interiormente, pois, só assim, alcançara uma vivência de Paz neste Planeta.

Podemos concluir, também, que as orações que nos ensinam nas religiões, lindas, nos predispondo à comunhão com Deus, carregam, todas elas, objetiva ou subjetivamente, o comando de que precisamos transforma-las em atitudes de igual magnitude positiva.

Mesmo, porque a qualidade de todos nós será medida pela qualidade de nossas obras.