sábado, 21 de maio de 2011

É simplesmente uma questão de tempo

O verdadeiro martírio, neste instante da história do Planeta Terra, é a crueldade que faz muitos homens, todos os dias, procurar onde trabalhar e não alcançar o seu intento.
A crueldade aumenta, se é que é possível aumentar esta crueldade, quando os que estão atendidos neste anseio de ter um trabalho, qualificam os que estão fora do grupo empregado, de preguiçosos.
É certo que muitos deles, por demência ou vicio se comprazem em nada fazer. Estes haverão de receber a atenção e as preces que necessitam e serão considerados adoentados e, portanto, considerados da quota daqueles cuja encarnação atual está praticamente perdida.
Os outros não.
Temos testemunhado portas serem fechadas sem um mínimo de cerimônia, sem nenhum esforço daqueles que são favorecidos em prol dos descamisados, substituídos na preocupação do socorro pelos anseios materiais.
Isto é fato.
No entanto precisamos reconhecer que este comportamento, que mostra o atual progresso do ser humano, foi construído através da história de superação dos desafios enfrentados, com a exacerbação dos instintos, sem os quais o homem já teria sido alijado do planeta.
Por isso, é premente o entendimento desta história, que servirá de fato, como a necessária emulação que promoverá a acuidade dos sentimentos, que levará o homem a sentir a necessidade de se modificar.
O dia a dia, impondo a todos as dificuldades nos aprendizados acompanhados de real desconforto, substituirá nos retardados com o passar do tempo, os estímulos para que eles acompanhem os emulados que patrocinam na vanguarda história a implantação do instinto raciocinado.
É uma questão de tempo.
O caminho já se abriu para todos. Mesmo que nos cause espanto os desmandos quem vêm à tona, em todos os setores da sociedade, afirmamos que os mensageiros da paz nos informam que isto é apenas a luz que invadiu recantos sombrios que antes permaneciam nas trevas e agora estão à mostra para sofrerem as correções necessárias para que engrossem os “ lux” necessários para a definitiva iluminação de nosso planeta

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Capitulo VIII - Bem Aventurados os que tem Puro o Coração - 2

Quem é você?
Eu sou o que procuro como ter Puro o Coração.
Então você sou eu?
Segundo as necessidades de aprimoramento, sim.
Este diálogo pode parecer um tanto estranho, mas, com toda a certeza seria o diálogo que todos devíamos travar conosco mesmos.
Pois que na procura de ter Puro o Coração, cada um de nós deve entender que a pureza só será conquistada através do trabalho digno.
Assim, desejar apenas não é suficiente.
As nossas atitudes no meio em que vivemos deve ser embasada pelo bem que devemos fazer, aprimorando a nossa participação na convivência com os que nos cercam.
Quando agimos assim, por certo, pela repercussão, estaremos melhorando a vivência da humanidade.
Por isso, é que o bem que fazemos, nessa nossa escola de vida que é o nosso planeta, é de grande importância.
Não só precisamos melhorar moralmente as nossas atitudes, quanto precisamos através de exemplos e ensinamentos influir na melhora da moralidade dos que convivem conosco.
Não evoluiremos sozinhos.
Os anseios dos que nos cercam ditarão a maior parte das qualidades de nossas ações.
Quanto maior for o bem que fizerem, tanto maior será a nossa possibilidade de sermos bons.
Ter Puro o Coração, então, é caminho que vai exigir muito esforço, não apenas de nós, mas de todos que convivem conosco.
Assim no espelho da realidade eu sou todos e todos sou eu.
Filhos de um mesmo pai, somos destinados à felicidade à qual nos leva a Pureza de Coração, quando então, estaremos prontos para ver a Deus.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A Cabocla sábia

Com um gesto largo, ela apontou a mão direita em direção à parede, onde estava pendurada a imaginária gaiola.
— Meus filhos coloquem os dedinhos para fora que a vovozinha quer ver se vocês já engordaram.
Joãozinho e Maria, obedientes, colocavam o rabinho do ratinho para fora.
A vovozinha, que não enxergava muito bem, apalpava o rabinho do ratinho e decepcionada, dizia:
— Preciso aumentar a comida, pois desse jeito vocês nunca estarão prontos.
As peripécias dos irmãos, Joãozinho e Maria, terminavam com os dois escapando da gaiola e voltando para casa, prometendo à mãe nunca mais saírem sem avisar.
Esta era uma das muitas estórias que minha mãe contava para uma platéia atenta, de muitos filhos e agregados.
O texto deixava de ser tão importante, pois a interpretação da caboclinha era de espantar qualquer atriz global.
Hoje, longe daqueles momentos divinais, penso como as pessoas, as mais simples, podem, com algum esforço, transformarem-se em participantes de grande utilidade para o desenrolar da vida.
Lembro-me de minha mãe, baixinha, olhos miúdos e redondos, tomando conta de oito filhos e, na medida da necessidade, brava ou terna.
Era uma tarefa árdua. Todos nós éramos como brinquedos, nos quais, todas as manhãs trocavam as pilhas.
Desde o alazão em que se transformava a janela com um travesseiro, até o circo com o seu inefável serviço de alto-falantes; desde o pula carniça até o esconde-esconde; desde nadar nos ribeirões até os banhos de bacias, numa movimentação de cinema mudo, mexendo em tudo, parando nunca.
Impúnhamos, com a nossa inocência e sede de vida, um duro viver à nossa mãe.
Depois da sua morte poucas vezes sonhei com ela. Na medida em que o tempo passa, a sua lembrança me é mais viva e melhorada, pois passei a entender a sua força e sabedoria.
Muitas coisas, mas muitas mesmo, que fez e que passaram sem registros naquele passado, hoje, no presente, são lições de vida.
As poucas vezes que sonhei com ela, foram momentos de rara felicidade.
A sua imagem reflete a tranqüilidade dos espíritos que cumpriram a sua missão enquanto estiveram encarnados na terra.
Na verdade, quando acordo sinto-me mais sábio, pois o simples fato de estar com ela em meus sonhos, como que por encanto, a minha mente abre-se para as lembranças de seus ensinamentos. Isto me faz mais propenso a entender a vida e a compreender que a felicidade está, exatamente, na grandeza dos nossos corações, dentro dos quais, nem a morte física é capaz de tirá-la.
A cabocla era e é “pedra 90”.