domingo, 23 de outubro de 2011

Exilados de Capela

Existe uma história sobre os exilados de Capela.
Capela seria uma, ou como eu acredito, é, uma estrela da Constelação do Cocheiro, da qual o planeta Terra herdou as almas que não conseguiram acompanhar a sua progressão.

A história afirma que os que não eram bons lá, acabaram por se constituir nos bons daqui desta morada que Deus nos destinou.

Acho isso muito correto, pois que temos aqui na Terra, espíritos de todos os matizes, graduados em diversos lugares da escala da moralidade.

Isso, de certa maneira, explica tantos desatinos.

Em todos os setores temos os bons e os maus a proporcionarem uma vivência social atritosa e dura de ser suportada e que muitas vezes descamba para as raias da desesperança.

Fui consultar Dona Maria, a minha vizinha que me ajuda a compreender e entender o mundo em que vivemos e ela me afirmou:

— Ora seu Vernil, isto é coisa de Deus. Nós, suas principais criaturas, nada aprenderíamos se não fossem as vivências dificultosas. Veja o senhor que, graças aos percalços que todos experimentamos, sejamos pobres ou ricos, pretos ou brancos, religiosos ou não, o entendimento que temos dos nossos companheiros de viagem terrena se avoluma e não raro surpreendemos alguns de nós nos esforçando para fazer realidade o conselho de amarmos-nos uns aos outros.

Ponderei:

— Mas, Dona Maria, alguns sofrem demais!

E na sua sabedoria que aprendi a respeitar, Dona Maria respondeu:
---Agora o senhor está querendo demais do meu entendimento, no entanto, seu Vernil, posso lhe afirmar que o que devemos fazer para não atrapalhar e sim ajudar é vivermos as nossas vidas, como se hoje fosse o nosso último dia, confiando assim, no nosso Deus, que nos Criou, não para brincadeiras, mas para sermos testemunhas de sua grande bondade.

— Diante dessa afirmação, despedi-me de Dona Maria e continuei o meu caminho para o trabalho, assoviando uma canção muita antiga, da qual nem sequer lembro-me do nome. 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Casamento

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O casamento é a união de dois espíritos.

A vida a dois, estabelece para ambos, parâmetros, para cuja observância, é necessário espírito de renúncia.

Mas, esta renúncia, se ambos respeitarem, e, principalmente, confiarem um no outro, será uma renúncia cheia de felicidade.

O planeta Terra é a grande escola de sublimes ensinamentos que, após o vestibular dos verdes anos, estarão matriculados aqueles que se casam.

Na intimidade do novo lar cada um conhecerá o outro nas profundezas do seu ser.

À mostra ficarão todas as virtudes e todos os defeitos, do homem e da mulher.

As virtudes deverão ser cultivadas, diariamente, para que sejam ampliadas na freqüência e na amplitude.

Os defeitos deverão ser alvos da indulgência, sem limites, para que os seus efeitos sejam abrandados.

O crescimento do merecimento espiritual do casal, aos poucos irá alijar os defeitos, proporcionando que o amor verdadeiro, sem percalços, livre e total, estabeleça-se, permitindo o florescimento da família.

Com a vinda dos filhos a constante alegria e a ajuda mútua, as vicissitudes da vida serão vencidas.

A vida neste planeta não é fácil, mas, é o caminho mais curto entre nós, filhos aprendizes, e DEUS PAI que nos espera de braços abertos.

A receita, portanto, é a humildade.

Saibam os dois que, seres humanos que são, terão que conviver com as tentações do meio em que vivem e, por certo, os atritos que sobrevirão estarão testando o amor de vocês, intensamente, a todo o momento.

Quando isso acontecer não se pedirá a nenhum dos dois, esforços sobre-humanos, mas, simplesmente, o espírito de renuncia no exato tamanho das suas possibilidades.

Mesmo que um ache-se com razão, permita, humildemente, que o amor saia vitorioso e mais fortalecido, aguardando pacientemente melhor oportunidade para expor suas razões.

Lembrem-se, a união dos dois é uma vitória da evolução humana, de DEUS e de JESUS.

Eles estão dando a vocês um ao outro de presente.

Cada um a seu turno que cuide do seu presente com o máximo de carinho.

Assim, quando os dois forem chamados a prestar contas, poderão apresentar uma obra baseada na renúncia, na indulgência e no amor, que valerá o prêmio da iluminação espiritual de ambos.

            Que a SANTA FAMÍLIA abençoe o HOMEM E A MULHER que estão formando uma NOVA FAMÍLIA.