domingo, 25 de maio de 2008

Capítulo XX - Os Trabalhadores da última hora - 1




NÃO SE PREOCUPE COM A DISTÂNCIA DO HORIZONTE, PROCURE VER NELE AS MÃOS DO NOSSO CRIADOR.
VOCÊS SE LEMBRAM DA HISTÓRIA DO REI DERROTADO E A ARANHA INSISTENTE.
AS DERROTAS SÃO ÚTEIS, POIS NOS PREPARAM PARA AS GRANDES VITÓRIAS.
O HOMEM NASCEU PARA VENCER.
Lembramo-nos dela porque, de certa maneira, ela exemplifica este capitulo do Evangelho.
A vitória, não acontece desde logo.
As batalhas têm que se transformar nos bons combates. As derrotas nos ensinam e nos fazem mais experientes, nos preparando para a grande vitória.
É assim que devemos viver as nossas vidas. Jamais desistirmos de seguir os ensinamentos de JESUS ao combatermos os bons combates.
Estaremos derrotados algumas vezes e prontos para recomeçar a dar o nosso testemunho.
Estaremos sofridos algumas vezes e prontos para vivenciarmos o amor que ELE nos legou.
Estaremos encolhidos algumas vezes e prontos para levantarmos a bandeira da paz que ELE nos prometeu.
O tempo para nós deve ser uma sucessão de experiências do passado transformadas em vivência útil do presente para sermos melhores no futuro. Tal é a lei da evolução espiritual.
Sabemos que o nosso PAI CRIADOR, mesmo que cheguemos até ELE na última hora, entenderá que os nossos bons combates nos atrasaram e, portanto, nos receberá com o SEU imenso amor, o mesmo amor que ELE dedica a todos os seus filhos.
O TRABALHO ENOBRECE O HOMEM E SE CONSTITUI NO MAIS EFICAZ MODO DE PROGRESSO ESPIRITUAL.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Desvio de conduta


Mais uma CPI está em andamento lá em Brasília. A CPI dos Cartões Corporativos.
Trata-se dos Cartões de Crédito, que o governo brasileiro entrega nas mãos de alguns dos seus servidores, para que os mesmos paguem despesas pequenas, mas inerentes à função de cada um.
Assim um diplomata a serviço da Nação Brasileira, convida para almoço um diplomata de um país estrangeiro e paga as despesas, aí pode.
No entanto, como só acontece onde o homem está presente, alguns, aos quais se confiaram estes cartões, compraram objetos de uso particular, pagaram despesas particulares e, pasmem, tiveram o desplante de pagarem despesas exóticas.
Os desmandos demoraram muito a virem à tona, pois segundo a imprensa nacional, desde o Governo de Fernando Henrique Cardoso, eles aconteciam.
Isto posto, concordamos que os que abusaram têm que ser convidados a repor o dinheiro gasto aos cofres públicos.
Além disso, é necessário que, descoberto o ralo por onde escorria dinheiro do povo, quem estiver no Governo promova uma devassa nas contas e, principalmente, crie mecanismos no sentido de impedir que ela continue.
Ora, uma CPI que ajudasse neste sentido seria muito bem vinda.
Mas, não é o que estamos vendo, pois nas discussões que ela, naturalmente, promove, esta preocupação parece não existir.
Como só acontece na política brasileira, e não é de agora, os políticos se agarram nas possibilidades de crescerem na mídia e se preocupam única e exclusivamente em atender os reclamos mais imediatos, que não passam pela moralização dos controles que se deve promover.
Assim é que, discute-se se é um dossiê ou um relatório, sem se preocupar que oriente a correção.
Aliás, na discussão que se desenrola na CPI, sentimos que os que perguntaram, desenvolveram, por incrível que possa parecer, uma raiva de causar medo pelos microfones que usavam, pois tão logo encerravam o raciocínio, praticamente estapeavam os coitados dos equipamentos eletrônicos, cujo mal era o de servi-los adequadamente naquela assembléia.
Por isso, se perde tempo, tempo precioso, que deveria ser usado, objetivamente, no sentido de corrigir o que está errado e correr atrás do dinheiro que foi gasto e que deverá retornar aos cofres públicos, de onde não deveriam ter saído.
Por isso, também, é que o povo passou a desacreditar dos políticos que querem o poder a qualquer custo, mesmo que isso faça demorar a vinda da justiça que deve socorrer todos os brasileiros.


sexta-feira, 16 de maio de 2008

O Povo em primeiro lugar


O serviço municipal de transporte coletivo, o TCA, mostrou que não consegue administrar o serviço em favor dos usuários.
As linhas não atendem os usuários, são muitas as reclamações; pontos em lugares inadequados e, principalmente, os horários são uma afronta para o ararense que teria que arrumar que a hora aumentasse de minutos para que ele pudesse atender os seus compromissos sem atrasos.
Estas linhas são planejadas para atender uma necessidade de economia da autarquia, deixando de levar em consideração que ela deve oferecer um serviço que dê aos ararenses, conforto, na hora que ele precise utilizar.
Segundo a Constituição Municipal, a LOMA, o preço da passagem de ônibus coletivo deve ser social, isto é, com um preço acessível para todos os ararenses.
Por isso, a Prefeitura Municipal, para obedecer a Lei máxima do município, tem que socorrer o TCA nas suas despesas para assegurar que o preço da passagem não se altere e saia das possibilidades de pagamento da maioria dos ararenses.
Na realidade o que vemos é uma incapacidade do TCA de atender a manutenção dos veículos que transitam pelas nossas ruas, transportando ararenses, em precário estado de conservação, colocando em perigo a vida dos seus usuários.
Além disso, a má administração, que recebe a colaboração da Prefeitura que não se interessa em investir no serviço de transporte público, em desobediência à Lei, acaba por ter que conviver com ônibus velhos, verdadeiros museus, cuja manutenção é impossível de se fazer.
Isto posto, somos levados a ter que fazer algumas perguntas no sentido de colaborar para a solução do problema.
Será que este desleixo de competência e financeiro para com a TCA é plano para entregar o serviço de Transporte Coletivo da cidade para a iniciativa privada?
Em caso afirmativo, porque não abrir a discussão sobre o assunto para que, com muita transparência, se possa aquilatar quais as melhores atitudes a tomar e se for o caso, então, que se privatize o serviço.
É verdade que a iniciativa privada consegue melhor administração que a pública, mas não podemos nos esquecer que ela busca lucro e, por isso, o preço da passagem não poderá ser mais uma tarifa social.
O que é melhor para o povo?
O que não se pode aceitar é este estado de coisas, que pelas circunstâncias nos faz pensar que se deve à completa incapacidade desta e da administração anterior de planejarem e por isso, gastaram dinheiro em coisas importantes, mas que não eram prioridades, e ficaram sem dinheiro para socorrer o serviço de transporte público da cidade, este sim uma prioridade.
Finalmente, sabemos que a hora é chegada.
Ou se toma as providências necessárias para a solução do problema ou, então, o povo, mais uma vez, vai ser mais prejudicado do que já esta sendo, neste problema do Serviço de Transporte Público de nossa cidade.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Mamãe! Mamãe!


Ainda hoje, nos momentos que a vida exige de mim, eu chamo minha mãe.

Nos primeiros 30 anos de minha vida eu a tive junto de mim, todos os dias.

Não sabia, no entanto, que ela era sábia. Tinha a me atrapalhar a inexperiência.

Bati cabeça aqui e ali.

Já se passaram 34 anos desde o dia em que ela se foi.

Esta ausência e mais o aprendizado de vida fizeram me perceber o quanto da sabedoria dela esta faltando para me ajudar a sustentar o animo.

A realidade parece-me mais dura.

Vivendo e aprendendo.

Resta a certeza de que, ainda, lá do Céu ela vela por mim e sem que eu possa perceber, enquanto durmo, os seus conselhos e carinho me acalmam o espírito.

Por isso, agradeço a Deus e desejo a ela neste seu dia toda a felicidade do mundo

Mamãe eu amo muito a Senhora


Lembro-me de que não percebia, durante o nosso convívio, todo o trabalho que a senhora teve que enfrentar.

A carga de me carregar no seu ventre por 9 longos e sofridos meses;

A dor de me parir e a alegria de me mostrar a luz do sol;

O carinho e o esforço para amamentar-me;

O orgulho de me ver gordinho e crescendo;

A sua surpresa, mamãe, quando dos meus primeiros passos;

A festa, quando a senhora ouviu as minhas primeiras palavras;

A sua apreensão com os meus primeiros momentos na escola;

As noites de insônia quando dos meus primeiros vôos na puberdade;

O seu sábio silêncio de aprovação nas minhas escolhas, quando atingi a idade adulta.

Sabe mamãe, eu sempre senti junto com os seus desvelos, o seu fervoroso amor, cercando-me de tudo que precisei para me tornar alguém na vida.

Por isso, neste seu dia, aproveito para rogar a Deus que à abençoe, pois a tarefa difícil que Ele te incumbiu, foi, com muito louvor, cumprida à risca.

E, também, que sob a Sua misericórdia Ele conserve a senhora dentro do meu coração.

Agora Mamãe, abraço e beijo o seu coração e convido todos os filhos do mundo que abracem e beijem as suas Mães.

Feliz dia das Mães, Mamãe. Feliz dia das Mães, Mamães.



A Cabocla sábia



Com um gesto largo, ela apontou a mão direita em direção à parede, onde estava pendurada a imaginária gaiola.
— Meus filhos coloquem os dedinhos para fora que a vovozinha quer ver se vocês já engordaram.
Joãozinho e Maria, obedientes, colocavam o rabinho do ratinho para fora.
A vovozinha, que não enxergava muito bem, apalpava o rabinho do ratinho e decepcionada, dizia:
— Preciso aumentar a comida, pois desse jeito vocês nunca estarão prontos.
As peripécias dos irmãos, Joãozinho e Maria, terminavam com os dois escapando da gaiola e voltando para casa, prometendo à mãe nunca mais saírem sem avisar.
Esta era uma das muitas estórias que minha mãe contava para uma platéia atenta, de muitos filhos e agregados.
O texto deixava de ser tão importante, pois a interpretação da caboclinha era de espantar qualquer atriz global.
Hoje, longe daqueles momentos divinais, penso de como as pessoas, as mais simples, podem, com algum esforço, transformarem-se em participantes de grande utilidade para o desenrolar da vida.
Lembro-me de minha mãe, baixinha, olhos miúdos e redondos, tomando conta de 8 filhos e, na medida da necessidade, brava ou terna.
Era uma tarefa árdua. Todos nós éramos como brinquedos, nos quais, todas as manhãs trocavam as pilhas.
Desde o alazão em que se transformava a janela com um travesseiro, até o circo com o seu inefável serviço de alto-falantes; desde o pula carniça até o esconde-esconde; desde nadar nos ribeirões até os banhos de bacias, numa movimentação de cinema mudo, mexendo em tudo, parando nunca.
Impúnhamos, com a nossa inocência e sede de vida, um duro viver à nossa mãe.
Depois da sua morte poucas vezes sonhei com ela. Na medida em que o tempo passa, a sua lembrança me é mais viva e melhorada, pois passei a entender a sua força e sabedoria.
Muitas coisas, mas muitas mesmo, que fez e que passaram sem registros naquele passado, hoje, no presente, são lições de vida.
As poucas vezes que sonhei com ela, foram momentos de rara felicidade.
A sua imagem reflete a tranqüilidade dos espíritos que cumpriram a sua missão enquanto estiveram encarnados na terra.
Na verdade quando acordo sinto-me mais sábio, pois o simples fato de estar com ela em meus sonhos, como que por encanto, a minha mente abre-se para as lembranças e seus ensinamentos. Isto me faz mais propenso a entender a vida e a compreender que a felicidade está, exatamente, na grandeza dos nossos corações, dentro dos quais, nem a morte física é capaz de tirá-la.
A cabocla era e é “pedra 90”.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Ser ou não ser


Meu filho foi todo contente para uma palestra, em São Paulo, da Microsoft.
Morri de inveja.
Mas, assumi minha total incapacidade de assistir tal palestra.
O “novocabulário” introduzido na língua portuguesa pela informatização, não o domino, me é, penosamente desconhecido.
As dificuldades começam desde o manuseio do “mouse”, cuja conformação, embora adequada, pela rapidez da resposta nos coloca alucinados a apertar o teclado esquerdo, querendo que a máquina responda mais rápida do que ela pode responder.
Gozado isso.
Sem essas máquinas as coisas eram feitas devagar, quase parando, e levavam dias para serem compostas, hoje apesar de toda a velocidade, ainda nos surpreendemos exigindo mais.
Os recursos das máquinas transcendem a nossa imaginação, mas os meandros dos cliks, do vocabulário e dos benditos programas, nos enredam em desesperados entra aqui sai ali, para nunca encontrarmos o caminho certo para que um texto tenha um desenho mais simpático.
Tentem usar o Power Point transferindo figuras daqui para não sei onde, e mais, tentem dar a estas figuras um movimento para realçar-lhes a beleza. Tentem, mas não chutem a mesinha, pois ela não tem culpa de vocês não saberem lidar com esta abençoada máquina.
Isso tudo que relato é, apenas, um pouco da enormidade de recursos que os computadores colocam a nossa disposição, e que ainda vai demorar um bocado até aprendermos, desconfio que só na outra encarnação é que conseguiremos.
Este labirinto à prova de GPS, no entanto, há que ser dominado, mais tempo, menos tempo, conseguiremos pilotá-lo a contento.
Por enquanto nos resta o sentimento de que sabemos que o computador possui grandes e inteligentes recursos, mas coitado, ele não sabe que somos burros.