Capitulo XIII – Evangelho Segundo o
Espiritismo
Que
a vossa mão esquerda não saiba o que dá a vossa Mão Direita
1 - Na piedade é que o nosso coração experimenta a mais dura prova, pois estende a caridade, aos
espíritos difíceis de tratar e os excluídos da sorte.
É algo como pescar almas sem rumo e
restituir-lhes a esperança na vida.
Apesar das lágrimas, através delas, no
estado de nos apiedarmos é que experimentamos o encanto de estendermos a nossa
mão no auxílio necessário.
Encanto que infelizmente nasce ao lado
da infelicidade, mas em obediência à Lei de Deus que prescreve para todos os
seus filhos a oportunidade de regeneração e da felicidade.
A Piedade é a domadora das nossas más
tendências expressadas pelo egoísmo e pelo orgulho e leva a nossa alma à
humildade.
2 - Quantos filhos apartados dos pais,
pelo abandono e em cumprimento à Lei da Vida, encontramos atravessando os
nossos caminhos, propiciando nestas oportunidades, testarmos a qualidade de
nossos espíritos.
Aí não podemos continuar sem antes
estender as nossas mãos, recolhendo-os no aconchego dos nossos corações, num
serviço de socorro, impedindo as crianças de se desviarem para a experiência de
sentir fome e se enveredarem pelos caminhos das drogas.
São encontros que nos dão a oportunidade
do trabalho agradável a Deus, e que, não raro, é a possibilidade de ajudarmos
espíritos que reencarnados, na nossa história de progresso, nos foram caros.
Alertamos, entretanto, que muitos
daqueles que estendermos as mãos, esquecerão ou até mesmo poderão pagar com
algum mal o bem que fizermos.
Mas, quem ao ser piedoso espera qualquer reconhecimento, estarão exercitando o
seu saldo de egoísmo, colocando a perder a possibilidade de progressão
espiritual com a sua atitude.
Os fracos, em todas as suas matizes,
precisam da piedade, pois mais das vezes é o único socorro com o qual poderão
contar.
3 - Não esperar o reconhecimento é
agradável a Deus e aqueles que assim procederem, levarão para o mundo
espiritual legado de extrema utilidade para o planejamento de seu progresso
espiritual.
É
trabalho em próprio beneficio o exercício da Piedade.
4 - A prática da Beneficência não pode
olhar a quem está sendo endereçada.
O Homem no planeta Terra, criatura de
Deus para sua glória, sem exceção de nenhum, são irmãos e como tal têm que
receber uns dos outros expressivo reconhecimento.
Enquanto um apenas estiver em
dificuldade, o certo, é que todos se sintam também em dificuldade, pois que o
progresso de todos os espíritos se dará concomitantemente e pelo que a história
conta nas suas letras eternas, tem mostrado a necessidade de que todos
trabalhem remando para o mesmo porto, o porto da boa sabedoria.