domingo, 29 de junho de 2014

Piedade, Órfãos, Ingratidão e Beneficência

Capitulo XIII – Evangelho Segundo o Espiritismo
Que a vossa mão esquerda não saiba o que dá a vossa Mão Direita
1 - Na piedade é que o nosso coração experimenta a mais dura prova, pois estende a caridade, aos espíritos difíceis de tratar e os excluídos da sorte.
É algo como pescar almas sem rumo e restituir-lhes a esperança na vida.
Apesar das lágrimas, através delas, no estado de nos apiedarmos é que experimentamos o encanto de estendermos a nossa mão no auxílio necessário.
Encanto que infelizmente nasce ao lado da infelicidade, mas em obediência à Lei de Deus que prescreve para todos os seus filhos a oportunidade de regeneração e da felicidade.
A Piedade é a domadora das nossas más tendências expressadas pelo egoísmo e pelo orgulho e leva a nossa alma à humildade.
2 - Quantos filhos apartados dos pais, pelo abandono e em cumprimento à Lei da Vida, encontramos atravessando os nossos caminhos, propiciando nestas oportunidades, testarmos a qualidade de nossos espíritos.
Aí não podemos continuar sem antes estender as nossas mãos, recolhendo-os no aconchego dos nossos corações, num serviço de socorro, impedindo as crianças de se desviarem para a experiência de sentir fome e se enveredarem pelos caminhos das drogas.
São encontros que nos dão a oportunidade do trabalho agradável a Deus, e que, não raro, é a possibilidade de ajudarmos espíritos que reencarnados, na nossa história de progresso, nos foram caros.
Alertamos, entretanto, que muitos daqueles que estendermos as mãos, esquecerão ou até mesmo poderão pagar com algum mal o bem que fizermos.
Mas, quem ao ser piedoso espera  qualquer reconhecimento, estarão exercitando o seu saldo de egoísmo, colocando a perder a possibilidade de progressão espiritual com a sua atitude.
Os fracos, em todas as suas matizes, precisam da piedade, pois mais das vezes é o único socorro com o qual poderão contar.
3 - Não esperar o reconhecimento é agradável a Deus e aqueles que assim procederem, levarão para o mundo espiritual legado de extrema utilidade para o planejamento de seu progresso espiritual.
 É trabalho em próprio beneficio o exercício da Piedade.
4 - A prática da Beneficência não pode olhar a quem está sendo endereçada.
O Homem no planeta Terra, criatura de Deus para sua glória, sem exceção de nenhum, são irmãos e como tal têm que receber uns dos outros expressivo reconhecimento.
Enquanto um apenas estiver em dificuldade, o certo, é que todos se sintam também em dificuldade, pois que o progresso de todos os espíritos se dará concomitantemente e pelo que a história conta nas suas letras eternas, tem mostrado a necessidade de que todos trabalhem remando para o mesmo porto, o porto da boa sabedoria.








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