QUE A VOSSA MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA
O QUE DÁ A VOSSA MÃO DIREITA
CAPÍTULO XIII
Itens 17, 18, 19 e 20
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
CARIDADE, ORFÃOS, INGRATIDÃO E BENEFICÊNCIA
ALLAN KARDEC
Vergniaud Armando Eliseu
Agosto/2007
YouTube: vernileliseu@gmail.com
Vernileliseu.blogspot.com
Na piedade é que o nosso coração experimenta a mais dura
prova, pois estende a caridade, aos espíritos difíceis de tratar e os excluídos
da sorte.
É algo como pescar almas sem rumo e restituir-lhes a
esperança na vida.
Apesar das lágrimas, através delas, no estado de nos
apiedarmos é que experimentamos o encanto de estendermos a nossa mão no auxílio
necessário.
Encanto que infelizmente nasce ao lado da infelicidade,
mas em obediência à Lei de Deus que prescreve para todos os seus filhos a
oportunidade de regeneração e da felicidade.
A Piedade é a domadora das nossas más tendências
expressadas pelo egoísmo e pelo orgulho e leva a nossa alma à humildade.
Quantos filhos apartados dos pais, pelo abandono e em
cumprimento à Lei da Vida, encontramos atravessando os nossos caminhos,
propiciando nestas oportunidades, testarmos a qualidade de nossos espíritos.
Aí não podemos continuar sem antes estender as nossas
mãos, recolhendo-os no aconchego dos nossos corações, num serviço de socorro,
impedindo as crianças de se desviarem para a experiência de sentir fome e se
enveredarem pelos caminhos das drogas e da criminalidade.
São encontros que nos dão a oportunidade do trabalho
agradável a Deus, e que, não raro, é a possibilidade de ajudarmos espíritos que
reencarnados, na nossa história de progresso, nos foram caros em outras
encarnações.
Alertamos, entretanto, que muitos daqueles a quem
estendermos as mãos, esquecerão ou até mesmo poderão pagar com algum mal o bem
que fizermos.
Mas, quem sendo piedoso esperar qualquer reconhecimento,
estará exercitando o seu saldo de egoísmo, colocando a perder a possibilidade
de progressão espiritual com a sua atitude.
Os fracos, em todos os seus matizes, precisam da piedade,
pois mais das vezes é o único socorro com o qual poderão contar.
Não esperar o reconhecimento é agradável a Deus e aqueles
que assim procederem, levarão para o mundo espiritual legado de extrema
utilidade para o planejamento de seu progresso espiritual.
É trabalho em próprio benefício o exercício da Piedade.
A prática da Beneficência não pode olhar a quem está
sendo endereçada.
Os Homens no planeta Terra, criaturas de Deus para sua
glória, sem exceção de nenhum, são irmãos e como tal têm que receber uns dos
outros expressivos reconhecimentos.
Enquanto um apenas estiver em dificuldade, o certo, é que
todos se sintam também em dificuldade, pois que o progresso de todos os
espíritos se dará concomitantemente e pelo que a história conta nas suas letras
eternas, tem mostrado a necessidade de que todos trabalhem remando para o mesmo
porto, o porto da boa sabedoria.
Assim, podemos afirmar que todos os seres humanos, desde
os mais abastados até os paupérrimos, têm condições de doar alguma coisa. Desde
a abundância até a migalha.
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