quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Cap. XIII - Piedade, Orfãos, Ingratidão



QUE A VOSSA MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA

O QUE DÁ A VOSSA MÃO DIREITA

CAPÍTULO XIII

Itens 17, 18, 19 e 20

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CARIDADE, ORFÃOS, INGRATIDÃO E BENEFICÊNCIA

ALLAN KARDEC

Vergniaud Armando Eliseu  Agosto/2007

YouTube: vernileliseu@gmail.com

Vernileliseu.blogspot.com

Na piedade é que o nosso coração experimenta a mais dura prova, pois estende a caridade, aos espíritos difíceis de tratar e os excluídos da sorte.

É algo como pescar almas sem rumo e restituir-lhes a esperança na vida.

Apesar das lágrimas, através delas, no estado de nos apiedarmos é que experimentamos o encanto de estendermos a nossa mão no auxílio necessário.

Encanto que infelizmente nasce ao lado da infelicidade, mas em obediência à Lei de Deus que prescreve para todos os seus filhos a oportunidade de regeneração e da felicidade.

A Piedade é a domadora das nossas más tendências expressadas pelo egoísmo e pelo orgulho e leva a nossa alma à humildade.

Quantos filhos apartados dos pais, pelo abandono e em cumprimento à Lei da Vida, encontramos atravessando os nossos caminhos, propiciando nestas oportunidades, testarmos a qualidade de nossos espíritos.

Aí não podemos continuar sem antes estender as nossas mãos, recolhendo-os no aconchego dos nossos corações, num serviço de socorro, impedindo as crianças de se desviarem para a experiência de sentir fome e se enveredarem pelos caminhos das drogas e da criminalidade.

São encontros que nos dão a oportunidade do trabalho agradável a Deus, e que, não raro, é a possibilidade de ajudarmos espíritos que reencarnados, na nossa história de progresso, nos foram caros em outras encarnações.

Alertamos, entretanto, que muitos daqueles a quem estendermos as mãos, esquecerão ou até mesmo poderão pagar com algum mal o bem que fizermos.

Mas, quem sendo piedoso esperar qualquer reconhecimento, estará exercitando o seu saldo de egoísmo, colocando a perder a possibilidade de progressão espiritual com a sua atitude.

Os fracos, em todos os seus matizes, precisam da piedade, pois mais das vezes é o único socorro com o qual poderão contar.

Não esperar o reconhecimento é agradável a Deus e aqueles que assim procederem, levarão para o mundo espiritual legado de extrema utilidade para o planejamento de seu progresso espiritual.

É trabalho em próprio benefício o exercício da Piedade.

A prática da Beneficência não pode olhar a quem está sendo endereçada.

Os Homens no planeta Terra, criaturas de Deus para sua glória, sem exceção de nenhum, são irmãos e como tal têm que receber uns dos outros expressivos reconhecimentos.

Enquanto um apenas estiver em dificuldade, o certo, é que todos se sintam também em dificuldade, pois que o progresso de todos os espíritos se dará concomitantemente e pelo que a história conta nas suas letras eternas, tem mostrado a necessidade de que todos trabalhem remando para o mesmo porto, o porto da boa sabedoria.

Assim, podemos afirmar que todos os seres humanos, desde os mais abastados até os paupérrimos, têm condições de doar alguma coisa. Desde a abundância até a migalha.

 

  

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