segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vivendo e aprendendo

As enchentes estão cada vez mais enchendo a nossa paciência.
É angustiante ver vidas viçosas serem ceifadas como se fossem ervas daninhas.
Compreendemos que é a Lei da Destruição, agindo inexoravelmente, cumprindo o reciclar do planeta.
Entretanto, pelas circunstâncias, os acontecimentos nos levam a raciocinar a respeito da contribuição das ações do homem no contexto tão triste e cheio de lágrimas.
Como sabemos a ocupação do solo é fato sujeito a planejamento, pois o olho grande de muitos e as necessidades do homem levam-no a olvidar a repercussão de suas ações.
O setor, pela sua natureza, encarregado do cuidado de planejamento da ocupação do solo é o político, e dentro da política nos seus três poderes, os que estão mais perto das decisões são os que estão nos municípios.
Assim, juízes, promotores, vereadores e prefeitos, são os que devem direcionar os anseios dos munícipes, nos campos da Economia, Finanças e Social.
Por isso, ao vermos que a ocupação do solo, onde acontecem todas as enchentes, desmoronamentos e deslizamentos, não obedeceu nenhum planejamento, somos levados a concluir que muitas, muitas mesmo, vidas que se perdem a cada rugido do planeta é culpa dos políticos em geral e principalmente dos políticos que militam em âmbito municipal.
Não se pode, no entanto, culpar os atuais, pois o problema de ocupação de solo vem de muito, não tendo a atenção mínima para os planejamentos.
As Leis dos homens que regem a fiscalização dos administradores, infelizmente, não conseguem que se alcance com acusação àqueles que, por negligência, desconhecimento ou má índole, permitiram que a terra do seu município tivesse sido ocupada atendendo anseios pouco recomendáveis.
O mal está feito.
Mas, todo mal é baliza dos bem intencionados na procura do acerto.
Por isso, esperamos que os infelizes acontecimentos provoquem em todos os homens, os que estão eleitos pelo povo para tomar conta das cidades e os que no futuro venham a ser eleitos, para que acrescentem em todo o cabedal de conhecimentos que carregam a necessidade de ajudar a natureza a sentir as suas dores sem levar tantas vidas bonitas de cada vez.
Por ora vamos orar por todos.


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