Desde que o homem apareceu na terra, ele tem seguido os seus instintos e, através deles, com muita dificuldade tem realizado o seu aprendizado.
Descobriu a utilidade de viver em grupos, descobriu o fogo e, a partir disso, aprendeu a fundir os metais, inventou a roda, estudou os astros e descobriu que a Terra é redonda, relacionou os corpos celestes, estabeleceu as distâncias entre eles e as suas modificações periódicas, inventou telescópios que lhe proporcionaram a possibilidade de ver mais longe.
Os cirurgiões transplantam órgãos e a ciência aumenta a média de vida dos homens.
O homem através dos seus estudos tem mandado capsulas espaciais à lua e a outros planetas.
Os médiuns tem nos colocado em ligação com o mundo espiritual e através destes contatos, mais e mais, desvendamos os mistérios do mundo e vemos as palavras de Jesus de Nazaré, de dois mil anos atrás ficarem cada vez mais atualizadas.
Outros médiuns, usando procedimentos médicos, curam e salvam vidas consideradas perdidas. Outros, ainda, sem intervenção nenhuma que não as emanações de energias espirituais, curam sem que possamos dar explicações detalhadas destes verdadeiros milagres.
Tudo isto mostra que o homem, paulatinamente, através de suas encarnações, conquista conhecimentos, criando, a partir dos elementos naturais com que Deus criou o universo, transformando em beneficio da sua vivência, segundo a sua qualidade espiritual.
Uma projeção do progresso do homem atual para daqui a 100 anos, mostra que ele possuirá informações que aumentará a sua possibilidade de viver mais tempo, de curar mais doenças, se ainda existir alguma para curar. Enfim, estará tão mais adiantado do que hoje está e que fará coisas que se fossem feitas nos dias de hoje, ele seria chamado de santo.
Jesus de Nazaré, quando esteve na Terra, cuidou de nos alertar para estas possibilidades:
“ Sois deuses” afirmou aos Judeus, segundo João, capitulo 10, v. 34.
E, após fazer secar a figueira muito rapidamente, disse: “Verdadeiramente se vocês tiverem fé e não duvidarem podem fazer coisas iguais a esta e muito mais”, segundo Mateus, capitulo 21, v. 20, 21 e 22.
Ou quando, depois de expulsar o espírito ignorante (demônio) do menino, respondendo aos seus seguidores que lhe perguntaram: Por que não haviam conseguido eles expulsarem o espírito mau. – “Se vocês tivessem fé ao menor tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a esta montanha – Saia daqui – e ela iria para bem longe. Nada seria impossível”, segundo Mateus, capitulo 17, v. 19 e 20.
O conhecimento, que nos traz a fé raciocinada, sabemos que não se instala de imediato em ninguém. É preciso semear, cultivar para depois colher. E isso demanda um tempo.
Por isso, Jesus quando afirmou a nossa divindade, mostrava as possibilidades do homem. Em cada um, portanto, repousa a partícula da divindade do Criador, e eles têm participado na criação que transforma o mundo.
No entanto, conforme nos ensinou Emmanuel no livro O Consolador, de que não temos dado o devido valor ao conjunto de possibilidades divinas guardadas em nossas mãos e, pior, temos desviado a direção que deveríamos dar a estes dons sagrados e temos teimosamente os convertidos em elementos de ruína e destruição.
Esta avaliação atrasa sobremaneira o progresso do nosso planeta, mas é verdade, também, que muitos, principalmente, através do conhecimento da doutrina espírita, tem se preocupado em alcançar os valores daqueles espíritos que souberam fazer crescer a sua divindade, aos quais, Emmanuel chama de heróis e de santos.
Os que estão conscientes desta disseminação cabem, através das suas vivências, tratar de identificar estes espíritos, que não aparecem na mídia, e com eles formar uma corrente, construída vagarosamente, mas firmemente, acreditando que a união das forças, cada vez mais, impulsionará todos nós para a sabedoria divina, aumentando a capacidade das nossas participações nas criações.