sábado, 23 de julho de 2011

Sois Deuses



Desde que o homem apareceu na terra, ele tem seguido os seus instintos e, através deles, com muita dificuldade tem realizado o seu aprendizado.
Descobriu a utilidade de viver em grupos, descobriu o fogo e, a partir disso, aprendeu a fundir os metais, inventou a roda, estudou os astros e descobriu que a Terra é redonda, relacionou os corpos celestes, estabeleceu as distâncias entre eles e as suas modificações periódicas, inventou telescópios que lhe proporcionaram a possibilidade de ver mais longe.
Os cirurgiões transplantam órgãos e a ciência aumenta a média de vida dos homens.
O homem através dos seus estudos tem mandado capsulas espaciais à lua e a outros planetas.
Os médiuns tem nos colocado em ligação com o mundo espiritual e através destes contatos, mais e mais, desvendamos os mistérios do mundo e vemos as palavras de Jesus de Nazaré, de dois mil anos atrás ficarem cada vez mais atualizadas.
Outros médiuns, usando procedimentos médicos, curam e salvam vidas consideradas perdidas. Outros, ainda, sem intervenção nenhuma que não as emanações de energias espirituais, curam sem que possamos dar explicações detalhadas destes verdadeiros milagres.

Tudo isto mostra que o homem, paulatinamente, através de suas encarnações, conquista conhecimentos, criando, a partir dos elementos naturais com que Deus criou o universo, transformando em beneficio da sua vivência, segundo a sua qualidade espiritual.

Uma projeção do progresso do homem atual para daqui a 100 anos, mostra que ele possuirá informações que aumentará a sua possibilidade de viver mais tempo, de curar mais doenças, se ainda existir alguma para curar. Enfim, estará tão mais adiantado do que hoje está e que  fará coisas que se fossem feitas nos dias de hoje, ele seria chamado de santo.

Jesus de Nazaré, quando esteve na Terra, cuidou de nos alertar para estas possibilidades:

“ Sois deuses” afirmou aos Judeus, segundo João, capitulo 10, v. 34.

E, após fazer secar a figueira muito rapidamente, disse: “Verdadeiramente se vocês tiverem fé e não duvidarem podem fazer coisas iguais a esta e muito mais”, segundo Mateus, capitulo 21, v. 20, 21 e 22.

Ou quando, depois de expulsar o espírito ignorante (demônio) do menino, respondendo aos seus seguidores que lhe perguntaram: Por que não haviam conseguido eles expulsarem o espírito mau. – “Se vocês tivessem fé ao menor tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a esta montanha – Saia daqui – e ela iria para bem longe. Nada seria impossível”, segundo Mateus, capitulo 17, v. 19 e 20.

O conhecimento, que nos traz a fé raciocinada, sabemos que não se instala de imediato em ninguém. É preciso semear, cultivar para depois colher. E isso demanda um tempo.

Por isso, Jesus quando afirmou a nossa divindade, mostrava as possibilidades do homem. Em cada um, portanto, repousa a partícula da divindade do Criador, e eles têm participado na criação que transforma o mundo.

No entanto, conforme nos ensinou Emmanuel no livro O Consolador, de que não temos dado o devido valor ao conjunto de possibilidades divinas guardadas em nossas mãos e, pior, temos desviado a direção que deveríamos dar a estes dons sagrados e temos teimosamente os convertidos em elementos de ruína e destruição.

Esta avaliação atrasa sobremaneira o progresso do nosso planeta, mas é verdade, também, que muitos, principalmente, através do conhecimento da doutrina espírita, tem se preocupado em alcançar os valores daqueles espíritos que souberam fazer crescer a sua divindade, aos quais, Emmanuel chama de heróis e de santos.

Os que estão conscientes desta disseminação cabem, através das suas vivências, tratar de identificar estes espíritos, que não aparecem na mídia, e com eles formar uma corrente, construída vagarosamente, mas firmemente, acreditando que a união das forças, cada vez mais, impulsionará todos nós para a sabedoria divina, aumentando a capacidade das nossas participações nas criações.



                                                                     




segunda-feira, 18 de julho de 2011

O trabalho

O trabalho digno na modificação dos recursos naturais em bens de utilidade, para os homens, é o melhor instrumento para o homem melhorar a sua qualidade espiritual.
Os ganhos materiais que, normalmente, o homem recebe pelo seu trabalho é o meio pelo qual ele cuida de renovar as suas energias físicas, importante providência para que ele possa prosseguir com o seu trabalho.
Esta convenção está creditada à evolução do ser humano regulando os interesses.
A isto chamamos de relação multiplicadora do Capital e do Trabalho.
Na verdade, o atual estágio da evolução espiritual do homem, tem viciado esta relação fazendo com que alguns, que se julgam mais poderosos, se aproveitem para fazer valer as suas diretrizes.
Aliás, ao longo da história do homem, neste mundo, temos visto o triunfo parcial desta classe.
Não há nenhum mal que perdure indefinidamente, e, este que por vontade divina é vencido aos poucos, com certeza, algum dia terminará.
A natureza humana não permite que homem seja agente passivo, constituindo-se esta expressão da sua personalidade em mola propulsora do seu progresso, tanto físico quanto espiritual.
Por isso, ao se mostrar, durante as relações humanas, reivindicativo, critico e cada vez mais dentro da legalidade, ele estará contribuindo para que o equilíbrio fique cada vez menos distante.
Este tipo de ação justa, no entanto, para que não seja agente, simplesmente, de mudança da origem das diretrizes, tem que ser, efetivamente, baseadas na lei do amor.
Quando o homem ama ele é, automaticamente, um agente do bem.
Amiúde temos visto muita propaganda dos que fazem o mal, os jornais, as emissoras de rádio e de televisão cuidam para que isto aconteça.
As mensagens de irmãos do mundo espiritual, no entanto, têm nos confortados com noticias de que o nosso Mundo de Expiações e de Provas, rapidamente, se aproxima do momento de modificar-se em Mundo de Regeneração.
Os ensinamentos de JESUS DE NAZARÉ são as diretrizes que devemos incentivar em nós mesmos para avivar o amor com o qual fomos criados.
Trabalhando pensando mais naquilo que poderemos levar para o mundo espiritual, sem abrir mão dos nossos direitos do mundo físico, acompanhados do amor, que contribui para o progresso das relações humanas, estaremos servindo os desígnios de DEUS.
             


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ontem e hoje

 
Eu e meus companheiros, meninos travessos, que não tínhamos nada o que fazer dentro de casa, acompanhávamos o sol e a lua, inventando nas ruas da cidade toda a sorte de brincadeiras.
Nos pendurávamos na rabeira dos caminhões que, perigosamente atravessavam a cidade, entrando pela Avenida Limeira e saindo pela Estrada de Rodagem, onde hoje conhecemos como Avenida Leme, e era como se tivéssemos feito uma viagem ao Planeta Marte.
Havia fartura de frutas que buscávamos nos quintais das casas. Jabuticabas, mangas, laranjas, uvas, mamões, compunham a nossa sobremesa que comíamos sentados nas calçadas das esquinas, sempre muito escuras de nossa cidade.
Éramos tudo naquela época. Tarzan, Zorro, a Múmia, Durango Kid, Homem Cobra, Capitão América, Batman e Robin, mas, principalmente, éramos crianças.
O certo é que nem desconfiávamos que estávamos vivendo numa época sem igual.
Tínhamos a infância que nos permitia viver os últimos momentos do romantismo, na verdade, últimos seres do planeta Terra a gozarem a liberdade plena dos moleques.
Por isso, fomos testemunhas oculares e participantes da grande transformação que chegou com o progresso da tecnologia, impulsionado pelo boom científico de após guerra.
Imaginem que assistimos a substituição das fossas nos fundos de quintais pelas privadas patentes; da evolução do teço-teco para aviões a jato; do rojão de São João para os foguetes interplanetários; da noticia via tartaruga para os fatos trazidos ao vivo para dentro de nossas casas, via televisão e internet.
Somos do tempo que a contabilidade era feita à mão, com letras demoradamente desenhadas, hoje substituídas pelos potentes computadores, que não deixam que se cometa erro nos lançamentos, tirando do homem a ventura de procurar e encontrar uma diferença nas suas escritas.
Além do mais, os que são da produção, hoje em dia, nem conseguem ver mais o resultado do seu esforço, pois a produção começa aqui e termina lá longe, dentro de uma caixa já endereçada ao estabelecimento que vai comercializa-la ou usa-la.
Dona Maria, que lia estas linhas por cima de meu ombro, perguntou-me:
Aquele tempo era melhor ou pior que os tempos de hoje?
Pensei, pensei e respondi-lhe:
Hoje é bem melhor. A vida passou a receber o auxilio da tecnologia, facilitando as coisas para todos nós e, melhor ainda, cuidou para que o aumento da população não ficasse sem as coisas básicas, graças ao avanço da produção.
Então para com este saudosismo homem.
Impossível, Dna Maria. O meu saudosismo não é baseado nas facilidades, mas sim nas aventuras proporcionadas pelas condições daquela época.
Nada substitui a beleza de um namoro sob as vistas do pai.
As facilidades de hoje não podem ser melhores que a dificuldade de tirar uma moça para dançar.
Até as conversas, nas noites calorentas, sentados à porta da casa, são mais belas que todas as facilidades de hoje.
Nisso o senhor tem razão, pois naquela época as coisas eram mais difíceis, mas, eram ao vivo. Hoje apesar de todas as facilidades, as grandes venturas do homem passaram a ser virtuais. As que são ao vivo, infelizmente, acontecem quando os bandidos são os principais personagens. Haja medo para sentir.   

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Gozando Férias

Neste período do ano uma grande parte dos brasileiros está gozando férias.

As férias escolares liberam os estudantes das 3 faixas etárias e a família ruma, quase sempre, para o litoral.

É verdade que a viagem que deveria demorar 3 ou 4 horas, acaba se transformando num longo martírio nas filas intermináveis dos engarrafamentos.

Há os que dão sorte, e até por se programarem melhor, conseguem driblar as peripécias do transito.

A volta é sempre mais dolorida.

Juntam se num mesmo momento os engarrafamentos e os assados turistas, voltando das merecidas férias.

Entretanto, é bom que se diga, a cabeça está fresca.

O gerente volta com a vontade de renovar a administração da empresa; o patrão vem com a luz da descoberta de como ganhar mais dinheiro acesa; a patroa pensa seriamente em recolher o FGTS da sua empregada; os filhos se imaginam verdadeiros Ronaldinhos Gaúchos, prontos para ganhar todos os jogos no clube; as filhas não param de olhar para as suas sandálias e se imaginam Gisele Bunchem.

Isto é natural.

A vida rola a poder de periódicas renovações, sem as quais o ser humano se transformaria em verdadeiros bonecos.

No contexto social do mundo em que vivemos, no entanto, é preciso que esta força de trabalho, que gozam suas merecidas férias, tire durante o ano um tempo para pensar nos desvalidos.

Muitos deles já pensam, porém a grande maioria, ainda guarda a enganosa impressão de que os desvalidos são aqueles que não procuram trabalhar. Afirmamos que existem muitos desta cota, mas muitos deles se matam de tanto trabalhar e não recebem sequer para as mínimas necessidades.

Não se pode exigir que o senhor a senhora e seus filhos chamem para si a solução definitiva deste problema, mas não custaria nada, dedicar algum tempo em pensar em resolvê-la.

Acreditamos que o dinheiro não seria a principal variante desta solução, mas temos a certeza de que se pensarmos mais nos desvalidos, mais organizada será a ajuda.

Quanto de ensino temos deixado de ministrar por simplesmente não nos ocuparmos de pensar nas soluções.

Então, não é metendo a mão nos bolsos que conseguiremos ajudar, mas com absoluta certeza ajudaremos grandemente se empregarmos um pouco de raciocino em prol da solução.

A lógica desta recomendação está no fato de que quanto mais pessoas entrarem no mercado de trabalho e do consumo, mais as nossas férias serão facilitadas, pois um pouco do suado dinheiro que todos usamos para gozamos nossas férias, provem ou do trabalho ou do consumo dos desvalidos.

Até para termos mais para gastar em nossas férias, raciocinemos um tanto mais na solução que devemos dar para que os desvalidos possam, cada vez mais, sentirem que são alguém nesta vida.