segunda-feira, 4 de julho de 2011

Gozando Férias

Neste período do ano uma grande parte dos brasileiros está gozando férias.

As férias escolares liberam os estudantes das 3 faixas etárias e a família ruma, quase sempre, para o litoral.

É verdade que a viagem que deveria demorar 3 ou 4 horas, acaba se transformando num longo martírio nas filas intermináveis dos engarrafamentos.

Há os que dão sorte, e até por se programarem melhor, conseguem driblar as peripécias do transito.

A volta é sempre mais dolorida.

Juntam se num mesmo momento os engarrafamentos e os assados turistas, voltando das merecidas férias.

Entretanto, é bom que se diga, a cabeça está fresca.

O gerente volta com a vontade de renovar a administração da empresa; o patrão vem com a luz da descoberta de como ganhar mais dinheiro acesa; a patroa pensa seriamente em recolher o FGTS da sua empregada; os filhos se imaginam verdadeiros Ronaldinhos Gaúchos, prontos para ganhar todos os jogos no clube; as filhas não param de olhar para as suas sandálias e se imaginam Gisele Bunchem.

Isto é natural.

A vida rola a poder de periódicas renovações, sem as quais o ser humano se transformaria em verdadeiros bonecos.

No contexto social do mundo em que vivemos, no entanto, é preciso que esta força de trabalho, que gozam suas merecidas férias, tire durante o ano um tempo para pensar nos desvalidos.

Muitos deles já pensam, porém a grande maioria, ainda guarda a enganosa impressão de que os desvalidos são aqueles que não procuram trabalhar. Afirmamos que existem muitos desta cota, mas muitos deles se matam de tanto trabalhar e não recebem sequer para as mínimas necessidades.

Não se pode exigir que o senhor a senhora e seus filhos chamem para si a solução definitiva deste problema, mas não custaria nada, dedicar algum tempo em pensar em resolvê-la.

Acreditamos que o dinheiro não seria a principal variante desta solução, mas temos a certeza de que se pensarmos mais nos desvalidos, mais organizada será a ajuda.

Quanto de ensino temos deixado de ministrar por simplesmente não nos ocuparmos de pensar nas soluções.

Então, não é metendo a mão nos bolsos que conseguiremos ajudar, mas com absoluta certeza ajudaremos grandemente se empregarmos um pouco de raciocino em prol da solução.

A lógica desta recomendação está no fato de que quanto mais pessoas entrarem no mercado de trabalho e do consumo, mais as nossas férias serão facilitadas, pois um pouco do suado dinheiro que todos usamos para gozamos nossas férias, provem ou do trabalho ou do consumo dos desvalidos.

Até para termos mais para gastar em nossas férias, raciocinemos um tanto mais na solução que devemos dar para que os desvalidos possam, cada vez mais, sentirem que são alguém nesta vida.









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