sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A benção

 
Após décadas de vida cheia de vivências e aprendizados, ainda, não vi tudo que preciso ver.
Recordando me vejo nos folguedos, brincando de pega-pega, correndo por entre os aparelhos dos parques de diversões, nadando nos ribeirões, pegando rabeira dos caminhões, jogando bola e desfrutando do sabor das frutas dos nossos vizinhos.
Adiante, a brilhantina no cabelo, a pinça arrancando a pouca barba e lançando olhares cheios de brilhos e de admiração às meninas lindas com os uniformes de normalistas e fitas brancas na cabeça.
Logo em seguida vieram as responsabilidades dos primeiros empregos, as primeiras partidas de futebol pra valer e o bendito Tiro de Guerra, verdadeira catapulta na vida dos moços deixando-os prontos para enfrentar a vida.
A constituição da família era o passo em seguida naturalmente. Era acontecimento que se desencadeava, para a maioria, aos sobressaltos e servia de desafio, pois saindo da zona de influência dos pais, o homem transformava-se em transformador da história de muitos espíritos que através da união do homem e da mulher ganhavam a possibilidade de recomeçar a ascensão espiritual.
Vertiginosa a história escrevia para a posteridade os rumos da emancipação da alma do homem.
Por isso tudo, é que as novidades, depois de passado tantos anos nos surpreendem.
No meu caso, além da alegria e do reboliço que nos trouxe a vinda ao mundo a nossa netinha, aconteceu que em determinado dia, travestidos de babas, eu e minha mulher, ouvimos um canto celestial.
Com voz limpa e bem afinada, Beatriz cantou:
“Mãezinha do Céu eu não sei rezar,
e só sei dizer que eu quero te amar,
.Azul é teu manto branco é teu véu,
Mãezinha você é um anjo do céu.”
Como diria minha irmã Dona Marlene, o senhor fica todo bobo.
Como não haveria de ficar.


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Milagre da Vida

Alguns dizem que a vida não foi criada e é obra do acaso

Quem será que criou o nada, através do qual, via necessidades e obedecendo as diretrizes  do tal acaso, a vida começou?

Um famoso cientista da embriologia, ao descrever pormenorizadamente a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, o fez com uma riqueza de detalhes de movimento e produção de produtos químicos das duas partes até se transformarem num ovo, derrubou, com todas as letras, a teoria do acaso.

Mostrando que a criação da vida obedeceu a fino planejamento, para que todos os passos fossem previstos, e ela, a vida, vinda à luz, não deixasse a menor dúvida quanto ao seu Criador, o nosso Deus.

Mesmo porque, caso escolhêssemos o acaso como a causa, teríamos que forçosamente chamar o acaso uma coisa muito burra, pois os pormenores apresentados para que a vida se faça é de tal complexidade, que o acaso, com certeza teria encurtado o caminho, com a adoção de caminhos mais curtos e simplórios, como todas as obras do acaso apresentam.

Entre as coisas maravilhosas que o ilustre cientista descreveu transcrevo a ideia, mesmo que carecendo de linguagem mais adequada para que todos possam aquilatar a maravilha da criação da vida.

“O número inacreditável de espermatozoides que empreendem a viagem através dos meandros que os levam para o encontro com o óvulo, isto é, os que sobreviveram à acidez da vagina, somente um vai atingir o seu objetivo. A sua cabeça carrega uma carga de substância química que uma vez lançada contra a parede do óvulo, destrói a sua proteção e o fecunda. Imediatamente após, o óvulo fecundado cria uma nova defesa que não permitirá que os outros espermatozoides consigam com a sua carga química destruir a nova camada de proteção e adentrem o óvulo já fecundado”.

O que se segue depois até o nascimento do novo integrante da humanidade é um suceder de maravilhas iguais às descritas ou até mais complexas, permitindo que possamos afirmar que a vida é realmente um milagre.

Por isso, desde logo, para toda a eternidade a crença passa a ser afirmativa da Fé raciocinada, corroborada pela ciência, através de homens como o professor cientista, que convivendo com brotar da vida nas suas próprias mãos, declara sem nenhuma sombra de dúvida que a Vida é um Milagre de Deus Criador.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dividindo o peso


 

O progresso da humanidade, por mais que os grupos tentem se isolar para fazer valer os conhecimentos que detêm, depende de força conjunta, de maneira incondicional, para ser realidade.



Temos visto o homem, ao longo do tempo, graças ao egoísmo e ganancia, atrapalhar o caminho deste progresso.



Não percebeu, ainda, que o esforço que despende para ter uma vida equilibrada, poderia ser aprimorado se houvesse preocupação de estender a mão aos seus irmãos de viagem através da eternidade.



Os esforços que atendem apenas os anseios, do homem, da sua família ou do grupo a que pertence, podem ser mais úteis se, também, privilegiassem a sociedade como um todo.



A falta dessa providencia e previdência, transforma os que são apartados em carentes, que não conseguem participar da divisão do bolo e, premidos pelas necessidades, criam à sociedade e ao progresso da humanidade problemas de qualidade e de quantidade, impedindo que os egoístas consigam dar passos largos em direção ao progresso.



Passam a serem empecilhos que a cada espaço de tempo se agravam e através de suas reivindicações criam novos problemas que demandarão tempo e atitudes, quando não se transformam em violência.



O homem percebe o endurecimento da convivência, mas, ainda sonhador se esforça para manter a sua força exercendo o poder de maneira inadequada, olvidando a máxima que diz que: a união faz a força.



O mal, no entanto, tem prazo para existir.



Os esforços e atitudes dos mais harmonizados e o esforço de outros, que incondicionalmente, se engajam na tarefa útil, tangidos, muitas vezes  pela dor, são a vanguarda que transformarão o mundo em lugar de paz.



Assim, o Trabalho é, sempre, a ponta diamantina que burila o espírito nas suas encarnações.    

Por isso, nada que possamos fazer ou pensar prescinde da ação que dignifica     o homem e dá lhe a oportunidade de redimir-se.

Assim, meus irmãos, que cada um erga o peso que lhe cabe, para que a vida de todos não se transforme em algo impossível de se levar.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

No reino do meu Pai

Subi a persiana e abri a janela.

A manhã fria apresentava, ainda, alguma nebulosidade.

O rapaz de bicicleta, todo encapotado, de nariz vermelho, tentava esconder suas mãos do vento frio e cortante que o atingia, passou pedalando velozmente.

O cachorro da casa vizinha, sem entender os sons que lhe chegavam, latia a não mais poder. Em parte avisando os seus donos e em parte, eu acho, pelo prazer de latir. Não era um latido de cão bravo, nem de cão desesperado, era como se fosse, um instrumento que cumpria a sua parte na execução da música, cuja partitura, da Sinfonia dos mundos, estava lendo.

Mais ao longe outros cães ladravam, mas eram outras músicas, outras partituras, outras sinfonias.

O menino com o gorro de lã enfiado na cabeça lançava baforadas de fumaça. Era o calor da juventude transformado em estado gasoso pelo frio daquela manhã tão bonita.

A “Vam escolar” chegou de mansinho, quase que reverente, permitiu à vizinhança ouvir o vozerio da farra da garotada, no seu interior. Mesmo soltando fumaça pelas narinas, o menino, com um sorriso no rosto corado, entrou para a viagem em direção ao saber.

Olhando mais para perto comecei a examinar as três roseiras do meu jardim.

A vermelha, com cachos de flores, tornava o quase brilho da manhã mais contundente. Tinham um misto de delicadeza e força que com o perfume que exalavam, enchiam de entusiasmo quem as contemplasse. Senti entrar pelos meus olhos a energia necessária para os embates da vida.

A branca, com sua palidez, pareceu-me uma bandeira da paz.

Foi incrível a energia harmoniosa que entrou pelos meus olhos.

As pequeninas rosas, cor de rosa, pareceram-me puros brilhantes a refletir a luminosidade que começava querer chegar. Deixei-me tomar pela energia de amor eterno que entrou pelos meus olhos.

O Cacto, verde e espinhento, parecia o guarda noturno que se preparava para acender o cachimbo depois de uma noite cheia de mistérios.

Os camarões amarelos, contrastando com as folhas incrivelmente verdes, pareceram-me um exército de trabalhadores à minha disposição.

Levantei os olhos para ver de onde vinha a luz que iluminava aquela manhã.

Os raios do sol, como holofotes em noite de estréia em hollywood ou abertura da festa do peão, esforçavam-se para rasgar as poucas nuvens que ainda impediam que chegassem à terra, muito embora, lhe servissem de refletores para dar à manhã aquela bela luminosidade.

A borboleta desviou-me a atenção e, no seu vôo insinuante, com outra, perderam-se na distancia como estivessem brincando de pega, vestidas com roupas dos melhores coloridos.

Estava assim distraído quando o Bem te vi, em vôo ligeiro e espetacular, alcançou o inseto e chamou a minha atenção. Foi uma farra a cantoria vitoriosa do passarinho.

O cheiro do café chegou e foi mais forte, com passos firmes fui para a cozinha.

“Estava começando mais um dia da minha vida no planeta Terra, o belo Planeta Azul, no Reino do meu Pai.” 



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Caminho de todos


 


SENHOR eu era o mais vil dos pecadores e, ainda assim, recebi as SUAS BENÇÃOS e a SUA LUZ.



SENHOR permita que de agora em diante, porque assim desejo de todo o meu coração, eu possa SERVÍ-LO.



Aqueles que advogaram a minha PROGRESSÃO sejam abençoados e possam se iluminar ainda mais, e que eu sirva de refletor de SUAS energias em direção aos irmãos que sofrem nas trevas da ignorância.



Possam todos eles ALCANÇAR A BENÇÃO que alcancei e reencontrem o caminho do PROGRESSO ESPIRITUAL.