quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Pau Brasil de Araras

Com certeza nos faltaria conhecimento para falar sobre a nobre árvore brasileira.

Sabemos, entretanto, que ela representa, com sua aparência afogueada, a resistência e o crescimento que desafia o tempo.

Por isso, escolhemos este emblemático espécime, genuinamente brasileiro, para compara-lo com os vitoriosos através do  tempo.                                        

Falamos, a propósito, do meio século de vida do IDE – Instituto de Difusão Espírita de Araras, comemorado neste ano de 2013, mais precisamente dia 19 de setembro.

Lá no começo, esta entidade, assim como aqueles que começaram o Espiritismo em Araras, experimentou o preconceito da sociedade ararense, naquele tempo, que não conhecia nada de espiritismo.

Todos os dias, o IDE tinha que se haver com problemas que, de certa maneira, impedia o seu progresso na velocidade que o anseio dos seus diretores e seguidores do Espiritismo queria.

É certo, porém, que a fervura é que cozinha um bom caldo de galinha.

Assim, os problemas passaram a serem os grandes estimuladores do IDE.

A Editora e o Centro Espírita atravessaram os dias difíceis sem perder o objetivo a que se dispunham, o de divulgar a Doutrina Espírita.

Os dias de hoje são bem diferentes dos que daqueles de cinquenta anos atrás.

O IDE, que nasceu para a divulgação da Doutrina Espírita, é uma realidade, se constituindo como o maior divulgador do espiritismo no Brasil e no exterior colocando à disposição da população, livros básicos da Doutrina Espírita, a preços ao alcance de todas as camadas sociais.

Claro que ainda existem alguns bolsões de preconceito contra a Doutrina Espírita e ao IDE, mas, é certo que, respondendo com compreensão e colocando o Evangelho de Jesus como o seu guia de vida, o IDE e a Doutrina Espírita gozam hoje de grande respeito dos Ararenses de todas as Religiões.

Até a realidade de hoje, conduzido por expoentes da sociedade ararense e pelos que escolheram a nossa cidade como Lar, o IDE deixa no seu rastro meio centenário de conquistas e realizações em beneficio da Doutrina Espírita e para todos os Ararenses, que aprenderam procurá-lo para saber mais, entender a vida e a amar como Jesus nos ensinou.

Pela sua história pioneira, nos leva a garantir que o tempo, cada vez mais verá o IDE à vanguarda da redenção do Planeta, sob os auspícios do nosso Mestre Jesus de Nazaré.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A presença de Anita II

Como de costume, após um banho longo e quente, sentei-me diante da TV para esperar, não muito, que o sono levasse-me para a cama.
Sempre busco na Sky os filmes e, principalmente, os programas de esportes.
Naquele dia só havia filmes bobos e golfe, de maneira que sintonizei a Globo, exatamente no momento da minissérie em reprise, A presença de Anita.
Quando da primeira apresentação da série eu havia ficado impressionado com o trabalho do pessoal da Globo e, confesso, mais uma vez curti os lances da menina, tresloucada, só, inocente e incrivelmente linda.
O telefone tocou, atendi e logo em seguida fui para a cama.
Foi aí que o meu subconsciente começou a funcionar.
No sonho eu era o Zézinho, aquele empregado da mercearia defronte ao apartamento de Anita.
Estava vestido com a minha melhor camisa. O jantar que Anita havia preparado e que havíamos acabado de saborear fora misterioso e particularmente preparatório.
Eu, Zézinho como nunca, olhando a bela Anita e de gestos promissores, sentia as minhas espinhas, assim como todo o meu corpo, pulsarem e se avermelharem cada vez mais.
Ficamos em pé e quando Anita veio em minha direção, senti os músculos retesarem-se.
Com sorriso de traquinas, estendeu os braços em minha direção e começou a desabotoar a minha melhor camisa.
O aquecimento transformou-se em labaredas. Eu tremia um tremor sadio.
Senti o tecido macio e maleável da minha melhor camisa escorregar pelo meu ombro e roçar os meus mamilos crescidos e endurecidos, como se fosse a caricia de um conto das mil e uma noites.
As gotas de suor começaram a brotar na minha fronte.
Os meus braços começaram a levantarem-se em direção à Anita, quando senti um apertão e um sacolejo na altura do meu ombro direito.
Acorda você não vai ao curso da OAB? Tá na hora.
De volta à realidade, com o espírito mal incorporado, cheguei a desejar estar com Código Civil nas mãos para agredir quem havia me acordado num momento tão promissor.

 

  

 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A presença de Anita

Com a raquete na mão, corria os dedos pelo encordoamento como se tivesse procurando os motivos pelos seus fiascos dentro da quadra, ignorando os malefícios da proeminente barriga que, por certo, era a grande vilã do jogo de tênis. Respirou fundo e quase que num sussurro, falou para os companheiros das aventuras esportivas.
— Vocês viram A presença de Anita?
Como que por encanto os quatro ou cinco “atletas” que compunham o grupo viraram vigorosamente as suas cabeças em direção a Célio.
Eu vi, vi não, bebi. Eu também.
E assim, sucessivamente, todos mostraram que a minissérie estava sendo vista e bebida pelos homens.
Os únicos que não se pronunciaram foram os quatro “tenistas” que estavam jogando e que por sinal, atrapalharam a conversação do grupo, pois uma bola desviada foi bater na cabeça de um dos mais ardentes fãs de Anita.
Bola devolvida, conversa continuou.
Tirando os olhos da raquete, Célio confessou:
— Para mim não está fácil acompanhar a novela. Minha mulher está marcando em cima. Por isso, sou obrigado a emitir minhas opiniões para ela ouvir, pela voz e sentir as verdadeiras emoções ocultadas pela escuridão que nos obriga o programa de racionamento de energia.
— Não entendi patavina. Emendou João, expressando a curiosidade do grupo.
— Explico. Aquelas cenas de Anita com o escritor, na casa dela, quentes, que faz a gente ficar ofegante e balançando as pernas, sentado no sofá da sala, eu comento em voz alta:
— Puxa! Que moça desclassificada, está estragando a vida do homem e a coitada da mulher dele nem desconfia de nada.
— Na escuridão, no entanto, deixo as cenas embalar as minhas fantasias. O corpo jovem da menina embaralha as mazelas da idade e garante uma noite cheia de fogos de artifícios.
Armando, o mais sisudo dos amigos, com cara de quem viu e não gostou, colocou areia na conversa:
— Tá certo que ela é artista, mas acho uma exploração da TV em cima de uma moça que deveria estar estudando, para não depender de ninguém no futuro, em vez de estar com sua atuação revirando a cabeça dos homens.
A rodinha foi desfeita. O bem e o mal, mais uma vez, afrontavam os homens. Sem dar a pista de qual era um e o outro.
Está certo o homem que não expressa as suas reações e revive os seus melhores momentos nos braços de sua mulher?
Ou está certo o outro que se preocupa com, segundo ele, a exploração do corpo de uma jovem?
Como descobrir quem está mais certo. De real só o celular do Célio que tocou insistentemente:
Prestem atenção no diálogo que se seguiu:
— Célio é a Margarida (mulher dele), eu gravei o episódio de ontem da Presença de Anita, aquele que ela está deitada na bóia na piscina e arruma bikini com o dedo, se você estiver a fim de ver de novo venha logo para casa.
— Guenta um pouco que eu já estou indo.