quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A presença de Anita II

Como de costume, após um banho longo e quente, sentei-me diante da TV para esperar, não muito, que o sono levasse-me para a cama.
Sempre busco na Sky os filmes e, principalmente, os programas de esportes.
Naquele dia só havia filmes bobos e golfe, de maneira que sintonizei a Globo, exatamente no momento da minissérie em reprise, A presença de Anita.
Quando da primeira apresentação da série eu havia ficado impressionado com o trabalho do pessoal da Globo e, confesso, mais uma vez curti os lances da menina, tresloucada, só, inocente e incrivelmente linda.
O telefone tocou, atendi e logo em seguida fui para a cama.
Foi aí que o meu subconsciente começou a funcionar.
No sonho eu era o Zézinho, aquele empregado da mercearia defronte ao apartamento de Anita.
Estava vestido com a minha melhor camisa. O jantar que Anita havia preparado e que havíamos acabado de saborear fora misterioso e particularmente preparatório.
Eu, Zézinho como nunca, olhando a bela Anita e de gestos promissores, sentia as minhas espinhas, assim como todo o meu corpo, pulsarem e se avermelharem cada vez mais.
Ficamos em pé e quando Anita veio em minha direção, senti os músculos retesarem-se.
Com sorriso de traquinas, estendeu os braços em minha direção e começou a desabotoar a minha melhor camisa.
O aquecimento transformou-se em labaredas. Eu tremia um tremor sadio.
Senti o tecido macio e maleável da minha melhor camisa escorregar pelo meu ombro e roçar os meus mamilos crescidos e endurecidos, como se fosse a caricia de um conto das mil e uma noites.
As gotas de suor começaram a brotar na minha fronte.
Os meus braços começaram a levantarem-se em direção à Anita, quando senti um apertão e um sacolejo na altura do meu ombro direito.
Acorda você não vai ao curso da OAB? Tá na hora.
De volta à realidade, com o espírito mal incorporado, cheguei a desejar estar com Código Civil nas mãos para agredir quem havia me acordado num momento tão promissor.

 

  

 

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