Como de costume, após um banho longo e
quente, sentei-me diante da TV para esperar, não muito, que o sono levasse-me
para a cama.
Sempre busco na Sky os filmes e,
principalmente, os programas de esportes.
Naquele dia só havia filmes bobos e golfe, de
maneira que sintonizei a Globo, exatamente no momento da minissérie em reprise,
A presença de Anita.
Quando da primeira apresentação da série eu
havia ficado impressionado com o trabalho do pessoal da Globo e, confesso, mais
uma vez curti os lances da menina, tresloucada, só, inocente e incrivelmente
linda.
O telefone tocou, atendi e logo em seguida
fui para a cama.
Foi aí que o meu subconsciente começou a
funcionar.
No sonho eu era o Zézinho, aquele empregado
da mercearia defronte ao apartamento de Anita.
Estava vestido com a minha melhor camisa. O
jantar que Anita havia preparado e que havíamos acabado de saborear fora
misterioso e particularmente preparatório.
Eu, Zézinho como nunca, olhando a bela
Anita e de gestos promissores, sentia as minhas espinhas, assim como todo o meu
corpo, pulsarem e se avermelharem cada vez mais.
Ficamos em pé e quando Anita veio em minha
direção, senti os músculos retesarem-se.
Com sorriso de traquinas, estendeu os
braços em minha direção e começou a desabotoar a minha melhor camisa.
O aquecimento transformou-se em labaredas.
Eu tremia um tremor sadio.
Senti o tecido macio e maleável da minha
melhor camisa escorregar pelo meu ombro e roçar os meus mamilos crescidos e
endurecidos, como se fosse a caricia de um conto das mil e uma noites.
As gotas de suor começaram a brotar na
minha fronte.
Os meus braços começaram a levantarem-se em
direção à Anita, quando senti um apertão e um sacolejo na altura do meu ombro
direito.
Acorda você não vai ao curso da OAB? Tá na
hora.
De volta à realidade, com o espírito mal
incorporado, cheguei a desejar estar com Código Civil nas mãos para agredir
quem havia me acordado num momento tão promissor.
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