Em um túmulo
no Cemitério na cidade de Araras, mais de meia noite, transcorria em fervorosa
discussão uma assembleia para tratar do problema do valor que um morto vai
pagar para ser enterrado nele.
O aumento,
abusivo, foi para mais de 100%, descumprindo a carta magna, que estipula
aumentos no mesmo valor da variação da inflação.
Um dos
esqueletos muito nervoso recebeu uma reprimenda expressiva daquela caveira que
era o presidente da reunião: Meu amigo pare de tremer, os seus ossos estão
tilintando como taça de cristal, e o barulho está atrapalhando a reunião.
O esqueleto,
coitado, de cabeça baixa murmurou: É mais forte que eu, não consigo conter a
minha indignação e não paro de tremer.
Afinal como
reagiremos a este abuso, pois se deixarmos barato, sem que ninguém venha a ser
enterrado no nosso Cemitério, ficaremos sem população para contribuir com a
Aposentadoria dos defuntos mais velhos e assim, teremos que cortar gastos. Isso
vai ser um atraso na nossa “vida”.
Quem sabe se
convidarmos um ou mais vereadores para participar das nossas reuniões, não
sensibilizaremos o legislativo e ele casse este aumento abusivo, falou
esqueleto de voz grossa.
É podemos
tentar, respondeu o presidente.
O esqueleto
que ainda tremia gritou: Eu não acredito nesta gente. Principalmente depois que
ouvi aquela entrevista do ex-vereador Manézinho.
O presidente
da assembleia soltou o ar do “pulmão” e disse: É eu acho que não temos muita
escolha. Ou fazemos um “rolezinho” para cobrar explicações e caia o aumento ou
então, vamos todos para o Cemitério dos Eucaliptos.
A reunião
foi encerrada pelo Sr. Presidente mas, todos os esqueletos ficaram por muito
tempo, até altas horas, discutindo o
assunto.
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