O tempo corre como nunca e as
vozes do passado, cada vez mais, ficam distantes, caminhando para o silêncio
inevitável.
O requebrado da vovó desafia o
equilíbrio e ela segue em frente, arrastando os pés, desafiando a imperfeição do calçamento e,
assim mesmo, acompanhando o ritmo da enfurecida banda, que anima o carnaval.
A rua está repleta dos mais
corajosos que esquecem os bicos de papagaio e as câimbras e, pasmem, puxam o
samba no pé.
O silêncio é inevitável, mas
quando quisermos os ecos se farão presentes, acompanhando o sussurrar da
natureza, enchendo o ar da saudade que cada ser guarda no recôndito do coração.
E recordar é viver!
Por isso, tanto destemor. A
vontade de viver é Lei Divina, e só através da vida é que todos preenchem os
formulários que servirão, mais tarde, para facilitar o planejamento de uma nova
vida, que se encarregará de dar prosseguimento aos aprendizados que farão a
cada tempo um mundo melhor.
Nada teria valor se não fosse o
progresso fato incondicional a remeter o homem para o conhecimento.
Assim, podemos entender a sede de
vida dos seres deste mundo.
De certo modo, além do esforço
para viver a vida, cada um é auxiliar na iluminação do caminho para os que
enfrentam dificuldades para suportarem a vida que pediram a Deus e serão
chamados para servirem de exemplos para os que, enfraquecidos pelos embates, se
perdem em lamentações e lágrimas.
Há lugar para todos na caminhada.
Para os que sorriem e para os que choram.
E a beleza da caminhada reside na
possibilidade que o ser humano tem de poder sorrir, se tiver forças suficientes
para encarar os aprendizados da vida e na possibilidade que os que não a suportam
de ter, sempre, uma mão que os auxiliem a encontrar o caminho.
O tempo corre como nunca e as
vozes que avançam para o futuro, falam da esperança e da eternidade, mostrando
que nada no hoje será em vão amanhã.
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