segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A esperança é o Guga


Já tivemos na história do nosso esporte expoentes que encantaram o povo.
No futebol tivemos o Pelé, o melhor jogador de todos os tempos, cujas apresentações, maravilharam todos os torcedores de todas as torcidas, sendo um inimitável futebolista.
Ganhou dinheiro, fama, diversificou suas atribuições e hoje é um homem de negócios de grande sucesso, também.
No automobilismo tivemos o inesquecível Ayrton Senna.
Sua técnica apurada aliada a uma determinação poucas vezes vista num esportista, fez dele o melhor piloto de todos os tempos.
O seu desaparecimento prematuro deixou o esporte brasileiro atônito, mas com rumo, pois durante a sua vida cuidou para que o dinheiro que amealhou se transformasse em algo útil e gerasse progresso.
Temos muitos mais.
Mais recentemente o grande ídolo do esporte brasileiro apareceu na figura de Gustavo Küerten.
Tenista de predicados especiais, aliado a um estrategista e grande psicólogo, Larry Passos, seu técnico e que substituiu o seu falecido, pai desde os seus primeiros momentos como tenista, conquistou o mundo com suas apresentações.
A vida, no entanto, embora tenha lhe dado tanto, tirou a sua possibilidade de trabalhar pelo esporte nacional, pois o tirou das quadras prematuramente.
O tênis é um jogo que exige, na categoria principal, perfeitas condições físicas aliadas a grande determinação, sem a soma das quais não haverá a mínima condição de brilhar nos seus torneios.
Guga era arrasador. Seus golpes eram pesados, por isso, rápidos, tinham o caráter surpreendente do inusitado.
Ganhou por três vezes o Torneio Aberto da França, o famoso Roland-Garros, disputado em quadras de saibro, que exige técnica especial do participante.
Uma contusão no quadril, no entanto, que exigiu duas intervenções cirúrgicas acabou por apressar a aposentadoria do Guga.
Na sua despedida que esta acontecendo este ano, no Torneio Aberto do Brasil, foi extremamente triste. Guga chorou, a torcida chorou, os gandulas choraram, todos choraram, quando. vencendo as lágrimas, Guga agradeceu a todos que o ajudaram a ser o número um do Tênis Mundial.
Um guerreiro que descansa suas armas.
Foi, entretanto, um personagem útil e no meio que atuou foi sempre um exemplo de correção.
Outro igual vai demorar a aparecer.
Talvez Guga que agora vai ter mais tempo seja o homem que vai dar um caminho ao Tênis Brasileiro e, através do seu conhecimento das necessidades para criar um campeão, ajude os brasileiros a vencer neste nobre esporte.




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