segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A luz da vida


A vida é uma grande dádiva.
Entretanto, muitos de nós a sentimos como um grande desconforto. Outros, ainda, tangidos pelo sofrimento que a vida impõe a vêm como um grande sacrifício. Há os que pela vida que levam e pelas conquistas que conseguem, acham-na gostosa.
As explicações para essa variedade de modos de vida, aparentando uma grande desigualdade, são os mais diversos.
Dona Maria, a minha vizinha que me ajuda a entender e a compreender o mundo em que vivemos, a respeito, diz:
— Os desígnios de Deus, a respeito, por enquanto, são insondáveis.
Respeito a opinião da nobre senhora.
No meu modo, simplista, de entender as coisas, no entanto, se não existissem explicações e nem tentativas de explicações a respeito, sobra, para nos socorrer, a nossa intuição.
A grande diversidade de personalidades que o planeta terra abriga, más, perversas, ruins, boas, caridosas, angelicais, etc., obriga todos a sérios confrontos diários no exercício da convivência.
São interesses que são contrariados em todos os campos, criando atritos.
Apesar disso, a vida continua a evoluir.
Deve-se isso à nossa intuição, que nos faz sentir a necessidade do bem.
As más ações que podemos cometer, instintivamente ou raciocinadas, podem até nos dar prazer material. Ou seja, atender os reclamos da nossa personalidade atual. Mas, não se pode fugir do mal estar.
As boas ações, com certeza, premiam o nossos mais profundos reclamos, enchendo o nosso ser de satisfação e dando à vida um sentido de evolução em busca de novas fronteiras para a nossa sabedoria.
O bem estar é indiscritível.
Por isso, a vida é uma grande dádiva.
Temos visto os anos influenciarem decisivamente nos homens. Muitos maus, aos poucos, foram se transformando em bons.
A manutenção da vida, então, tanto para dar tempo às modificações, quanto para vivenciar a maior quantidade de experiências possíveis é uma necessidade imperiosa, para a própria evolução da humanidade.
No filme “A CASA DOS ESPÍRITOS”, após intermináveis torturas a filha do senador, quase morta, já estava entregando-se à morte, quando recebeu a visita do espírito de sua mãe. Banhada em luz a senhora, acolhendo no seu colo a cabeça ensangüentada da filha, a estimula dizendo em última análise que: o que vale mesmo é a manutenção da vida.
Realmente caso se entregasse à morte a história de sua vida acabaria ali. Aceitando o estimulo da mãe a heroína lutou e sobreviveu.
A sua história continuou e, atuante, com novas oportunidades e em outros contextos, a sua vida mostrou-se útil à harmonia que necessitava o seu círculo de convivência.
Nesse caso a vida da filha do senador, apesar de todo o sofrimento, foi A LUZ DA VIDA de muitas outras vidas.

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