— Joana! Joaaaana!
— Já vou Anselmo. Você não pode esperar um pouco?
Virando-se para a amiga que se equilibrava em cima de uma pilha de tijolos, do outro lado do muro, baixando a voz, segredou:
— Agora o Anselmo o deu pra isso. Não pode ficar muito tempo longe de mim. E sabe da maior Edwirges?
— Como é que poderia saber?
— Isso começou depois do segundo apagão.
As duas amigas moram no bairro Maria e foram vítimas do apagão não anunciado da última segunda feira, aliás, o segundo apagão não anunciado e, tampouco, explicado pela digníssima Elektro.
Para os mais velhos isso não representa nenhuma novidade, pois quem conviveu com a S.A. Centrais Elétricas de Rio Claro sabe o que é um apagão.
Naquele tempo a ineficiência da “Central Elétrica” foi tanta que os ararenses se cotizaram para criar a “Termoelétrica”.
— Começou com o segundo apagão Joana?
— Exatamente. Foi “um tal” de procurar vela “por cá e acolá”.
— Fazia tanto tempo que não eram usadas. Procura que procura e nada de achar a vela. Na escuridão acabamos eu e o Anselmo dando uma trombada. A minha testa bateu em cheio no nariz do coitado. Ele gemeu alto e a sua respiração ficou acelerada e forte.
— Com o susto eu, também, fiquei com a respiração acelerada e forte. Tentando acudi-lo e já me desculpando pela testada no nariz, nós nos aproximamos e...
— O que aconteceu Joana?
— Acabamos fazendo amor no meio da sala, no chão, no escuro, como nunca tínhamos feito antes.
— Agora o homem me chama a toda a hora, Edwirges. Eu até voltei a usar a pílula, pra não dar sopa às surpresas.
— Meu Deus! Que romântico. Ah se o Eurico fizesse isso comigo.
— Com certeza vai haver outros apagões, aproveite, não fique esperando cair do Céu, Edwirges.
— Já pensou se o Cine Santa Helena voltar a funcionar pra gente namorar no escurinho do cinema, Joana?
— Não precisa exagerar né Edwirges. Fazendo ou não fazendo amor, a gente precisa não esquecer que, os apagões sem explicações precisam acabar. Nós somos consumidores que pagamos, e bem, pelo fornecimento de energia e merecemos, no mínimo, respeito por parte da Elektro.
— Me deixa ver o que o Anselmo está querendo, Tchau Edwirges.
— Tchau, Joana, capricha hem!
— Já vou Anselmo. Você não pode esperar um pouco?
Virando-se para a amiga que se equilibrava em cima de uma pilha de tijolos, do outro lado do muro, baixando a voz, segredou:
— Agora o Anselmo o deu pra isso. Não pode ficar muito tempo longe de mim. E sabe da maior Edwirges?
— Como é que poderia saber?
— Isso começou depois do segundo apagão.
As duas amigas moram no bairro Maria e foram vítimas do apagão não anunciado da última segunda feira, aliás, o segundo apagão não anunciado e, tampouco, explicado pela digníssima Elektro.
Para os mais velhos isso não representa nenhuma novidade, pois quem conviveu com a S.A. Centrais Elétricas de Rio Claro sabe o que é um apagão.
Naquele tempo a ineficiência da “Central Elétrica” foi tanta que os ararenses se cotizaram para criar a “Termoelétrica”.
— Começou com o segundo apagão Joana?
— Exatamente. Foi “um tal” de procurar vela “por cá e acolá”.
— Fazia tanto tempo que não eram usadas. Procura que procura e nada de achar a vela. Na escuridão acabamos eu e o Anselmo dando uma trombada. A minha testa bateu em cheio no nariz do coitado. Ele gemeu alto e a sua respiração ficou acelerada e forte.
— Com o susto eu, também, fiquei com a respiração acelerada e forte. Tentando acudi-lo e já me desculpando pela testada no nariz, nós nos aproximamos e...
— O que aconteceu Joana?
— Acabamos fazendo amor no meio da sala, no chão, no escuro, como nunca tínhamos feito antes.
— Agora o homem me chama a toda a hora, Edwirges. Eu até voltei a usar a pílula, pra não dar sopa às surpresas.
— Meu Deus! Que romântico. Ah se o Eurico fizesse isso comigo.
— Com certeza vai haver outros apagões, aproveite, não fique esperando cair do Céu, Edwirges.
— Já pensou se o Cine Santa Helena voltar a funcionar pra gente namorar no escurinho do cinema, Joana?
— Não precisa exagerar né Edwirges. Fazendo ou não fazendo amor, a gente precisa não esquecer que, os apagões sem explicações precisam acabar. Nós somos consumidores que pagamos, e bem, pelo fornecimento de energia e merecemos, no mínimo, respeito por parte da Elektro.
— Me deixa ver o que o Anselmo está querendo, Tchau Edwirges.
— Tchau, Joana, capricha hem!