Três ou quatro Joãos de Barro saudavam-se escandalosamente no fio pertinho do poste. Havia pouco que o vendaval que se abatera sobre a cidade amainara e alguns teimosos raios de sol se esgueiravam por entre as nuvens apressadas.
A tarde de sábado apesar de toda a chuva que caíra era calorenta.
Dona Maria de sua área ao ver sua amiga que passava anunciou:
-Ô Teresa! O Natal já esta aí novamente.
Dona Teresa sem querer parar, mas já parando, concordou com a amiga:
Parece que foi ontem mesmo e eis que já estamos quase nele outra vez.
-Fazer o que, né Dona Maria. O tempo voa e nós ficamos cada vez mais velhas.
-É mesmo Dona Teresa. Mas o que me entristece é saber que neste ano mais pessoas estão sem trabalho e, muitas delas, já perdendo a dignidade.
-Sem falar nas guerras que andam ceifando vidas e as matanças nas grandes cidades do nosso país.
-É verdade. Tenho imaginado Dona Maria, que isso tudo não vai nos levar para um bom lugar.
-Algum tempo atrás tantas pessoas se ocupavam de distribuir, roupa, presentes, comida para os menos favorecidos.
-Ontem os menos favorecidos, cujo número aumentou, saíram a pedir para os mais favorecidos.
-Hoje estamos assistindo os menos favorecidos pela sorte e embrutecidos pela necessidade, arrancarem dos mais favorecidos aquilo que precisam e mais alguma coisa, quando não lhes arrancam a vida.
-Amanhã, pelo andar da carruagem, os menos favorecidos vão querer ser os mais favorecidos e, então, ninguém sabe no que vai dar a violência do confronto.
-Calma Dona Teresa. Deus há de colocar um paradeiro nesta convivência insana. E tem mais, muitos e muitos homens e mulheres, que não aparecem na televisão e nem nos jornais, estão disseminando a compreensão, o amor.
-Para mim, Dona Teresa, o bem vai triunfar.
O bando de Joãos de Barro depois de mais uma rodada de barulhentas saudações, alçou vôo e o silêncio dominou a cena.
-Tchau! Dona Maria, foi se despedindo a amiga Teresa.
Dona Maria com o olhar perdido no horizonte iluminado pelos “coriscos” pensou quase alto:
-Como explicar tantos contrastes. De um lado os pássaros com seus barulhentos cumprimentos, os sorrisos das crianças e, do outro lado, o troar das armas nas mãos dos dignos de dó, trovejando a morte.
A tarde de sábado apesar de toda a chuva que caíra era calorenta.
Dona Maria de sua área ao ver sua amiga que passava anunciou:
-Ô Teresa! O Natal já esta aí novamente.
Dona Teresa sem querer parar, mas já parando, concordou com a amiga:
Parece que foi ontem mesmo e eis que já estamos quase nele outra vez.
-Fazer o que, né Dona Maria. O tempo voa e nós ficamos cada vez mais velhas.
-É mesmo Dona Teresa. Mas o que me entristece é saber que neste ano mais pessoas estão sem trabalho e, muitas delas, já perdendo a dignidade.
-Sem falar nas guerras que andam ceifando vidas e as matanças nas grandes cidades do nosso país.
-É verdade. Tenho imaginado Dona Maria, que isso tudo não vai nos levar para um bom lugar.
-Algum tempo atrás tantas pessoas se ocupavam de distribuir, roupa, presentes, comida para os menos favorecidos.
-Ontem os menos favorecidos, cujo número aumentou, saíram a pedir para os mais favorecidos.
-Hoje estamos assistindo os menos favorecidos pela sorte e embrutecidos pela necessidade, arrancarem dos mais favorecidos aquilo que precisam e mais alguma coisa, quando não lhes arrancam a vida.
-Amanhã, pelo andar da carruagem, os menos favorecidos vão querer ser os mais favorecidos e, então, ninguém sabe no que vai dar a violência do confronto.
-Calma Dona Teresa. Deus há de colocar um paradeiro nesta convivência insana. E tem mais, muitos e muitos homens e mulheres, que não aparecem na televisão e nem nos jornais, estão disseminando a compreensão, o amor.
-Para mim, Dona Teresa, o bem vai triunfar.
O bando de Joãos de Barro depois de mais uma rodada de barulhentas saudações, alçou vôo e o silêncio dominou a cena.
-Tchau! Dona Maria, foi se despedindo a amiga Teresa.
Dona Maria com o olhar perdido no horizonte iluminado pelos “coriscos” pensou quase alto:
-Como explicar tantos contrastes. De um lado os pássaros com seus barulhentos cumprimentos, os sorrisos das crianças e, do outro lado, o troar das armas nas mãos dos dignos de dó, trovejando a morte.
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