quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Liberdade de Escolha (Livre Arbitrio)

Em momento algum da história da humanidade, o homem exerceu tanto o seu direito de liberdade.

Desde a radical mudança no tratamento das crianças nas escolas, até no direito de formação de grupos formados para a reivindicação de aspirações sindicais, o homem passou por momentos de extremo avanço, no terreno do respeito que todos os seres humanos merecem dos seus companheiros de encarnação.

Entretanto, atrasados que somos, carecendo, ainda, de muita iluminação, nós os seres humanos, ainda engatinhamos no aprendizado para usar a liberdade com acerto, que corresponda enquadrá-la no campo da utilidade geral das nossas atitudes.

Mas, com certeza, ninguém aprenderá na véspera.

Para todas as coisas há de haver um momento escolhido, para que o entendimento do ser aconteça com a naturalidade que imprime nele, eternamente, o aprendizado.

São os momentos da vivência das experiências, ora enfrentando obstáculos e ora confortados pelas facilidades.

A vivência destas mesmas experiências que, no uso e abuso do Livre Arbítrio, todos nós, sem nenhuma exceção, estamos sujeitos, também, à Divina Lei de Causa e Efeito.

Vale dizer que podemos fazer tudo, mas nem tudo nos é conveniente fazer.

Assim, podemos escolher as sementes que vamos semear, desde a mais daninha das plantas até o mais rico cereal.

Mas, somos obrigados a colher que o que plantamos e neste caso das ervas daninhas, mesmo que as nossas mãos se encham de feridas.

Sentiremos a dor lancinante para arrancá-las ou viveremos momentos de grande prazer na colheita útil, exercendo nos dois casos, o nosso direito de liberdade, sujeitos, no entanto aos parâmetros do Código Judicial, dos homens e do Código Divino que regula todas as vidas e acontecimentos no Universo.

Lembramos das fatalidades e nos esquecemos que, nós mesmos, no exercício de nossa liberdade, construímos dia a dia, minuto a minuto as repercussões a que estaremos sujeitos na nossa vida futura.

Por isso, muito pouco há para se lastimar os infortúnios. Eles são frutos de nossa fraca vigilância aos reclamos à moralidade.

Tudo será medido.

As nossas falhas resultantes de alguns acertos que identifiquemos, aqui e ali, nos nossos procedimentos, serão obrigatoriamente resgatadas por nos mesmos e por mais ninguém, descontados os acertos.

A perfeição, então é a meta.

Lembremos Jesus: ”Sede vós, pois, [perfeito]s, como é [perfeito] o vosso Pai celestial.” – Mateus 5-48

A perfeição, precisamos lembrar, também, não se instalará em nós por herança ou sorteio.

Reconhecendo que ainda somos aprendizes, cabe a cada um de nós, o esforço necessário para repetirmos os aprendizados até que eles estejam em nós, sob o nosso domínio, incrustados nos nossos atos, naturalmente, sem que precisemos pesquisar no nosso código pessoal de conduta. Ele será o instinto raciocinado que adquirimos pelos nossos esforços.

Na verdade, esses esforços são as necessárias atitudes que devemos tomar para completar as nossas obras, que através do nosso trabalho, se transformarão no nosso passaporte, único documento aceito no mundo espiritual e que nos dará acesso à estreita porta da progressão espiritual.

SALVADOR GENTILE ESCREVEU: “A mais bela expressão da justiça e da misericórdia divinas é o Livre-Arbítrio que DEUS concede ao homem para escolher os próprios caminhos, discernindo entre o BEM e o MAL, o POSITIVO e o NEGATIVO, na orientação e edificação da PRÓPRIA VIDA.”
Acrescento: e do seu PROGRESSO ESPIRITUAL.

Nenhum comentário: