segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O jogo da vida

2012 está na marca do pênalti.

A torcida que enche o estádio compõe um rico espetáculo.

Nas cadeiras numeradas, no lado inverso às cabines de rádio, estão os que roem a unha e urram querendo que o ano seja despachado com um tiro seco e certeiro.

Pudera o ano para eles, até aquele momento, havia se transformado num cadinho onde a maior parte cozinhou os seus dissabores e sofreram as agruras dos que clamam justiça sem alcançá-la.

No outro lado estão os que apostaram e ganharam, juntaram mais do que podiam gastar, amaram muito e às vezes se esqueceram da sucessão de um ano após o outro e exageraram ao não olharem para traz, onde ficaram os seus momentos de sofrimento e não conseguiram se valorizar.

Nas arquibancadas que ficam atrás dos gols, estavam os que olhavam aquele pênalti com se fosse a necessidade comprometida com as mudanças necessárias no placar da vida, renovavam as suas esperanças num resultado melhor, mais justo, premiando o trabalho até ali desenvolvido, e se candidatando aos melhores momentos.

De caras grudadas no alambrado que os impediam de invadir o campo, estavam os que não conseguiam compreender a gravidade do momento. Caso o pênalti fosse convertido arrebentariam tudo e invadiriam o campo passando por cima de quantos os quisessem impedi-los. Se, no entanto, o pênalti não fosse convertido, mesmo assim, invadiriam o campo e dariam ênfase aos seus arroubos animalescos, encardindo a história do Espírito do Homem, e se candidatando aos momentos do ranger de dentes do aprendizado incondicional

Malgrado todos os sentimentos, na verdade, 2012 vai ser despachado pelo senhor Tempo, como sempre, inexorável e cumpridor da Lei.

Nesta partida entra em campo um novo time, de novatos é certo, mas de possibilidades muito maiores que o anterior é o já famoso 2013.

Já entra em campo, apesar de ser um time de novatos, trazendo no seu jeito de jogar um aprimoramento técnico, com melhores trocas de bolas e com mais comprometimento com a objetividade. Vai jogar prá frente, buscando a posse de bola e marcando no campo todo o adversário, mostrando incomparável determinação.

Por certo neste começo vai reunir uma torcida bastante heterogenia.

Com o passar dos dias, porém, a diversificação irá se ampliar ou a homogeneidade se fará maioria.

Vai depender dos resultados?

Sim! Mas, vai depender mais da capacidade da torcida compreender que, um time só alcança o sucesso nos campeonatos que disputa quando conseguir entender que as derrotas, também, fazem parte do contexto do sucesso.

Por isso, vamos todos rezar para que 2012 seja despachado, junto com a compreensão da torcida de que 2013 só será campeão se todos compreenderem o papel das vitórias e das derrotas na formação do sucesso ao final deste “jogaço” que é a vida.

Bola prá frente pessoal!







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