Lá de um canto do arquivo morto da minha memória, veio-me a lembrança do meu querido pai.
Geralmente relembro os momentos, que foram poucos, alegres e felizes que passei com ele.
Desta vez, porém, relembrei um momento triste.
Ele já era viúvo e, sozinho, deitado em sua cama chorou sentido.
Todos de casa ficaram alarmados. Estávamos acostumados com o homem de pouca conversa exigente e disciplinador que não cabia em nosso dia a dia aquele choro.
Todos, filhos e noras, amávamos aquele homem e os momentos que passávamos com ele eram de grande prazer.
Por que, então, ele havia chorado?
De certo, no cotidiano de todos nós, acostumados com a sua presença, sem exceção, apenas trocávamos as palavras exigidas para as ações, que com o tempo tornaram-se mecânicas e repetitivas.
Muito embora houvesse amor no coração de todos nós, os nossos atos, devido a repetição, eram percebidos por ele como uma obrigação de cada um e não uma demonstração de amor que, acertadamente, julgava merecer.
Por isso, resolvi escrever sobre o choro do meu pai, apenas para registrar a pouca sensibilidade de todos lá de casa.
Se o amávamos, porque, então, não demonstrávamos.
Coisa dos homens. Julgam que basta ter o sentimento. Não se preocupam, envolvidos pelos afazeres e problemas do dia a dia, de demonstrá-lo.
Imagino quantos pais, avós, tios, amigos, esposas e esposos, não terão chorado amargurados, pela falta dessa demonstração dos seus entes queridos.
Muitas vezes, os que nos são caros, pelos seus atos, nos desgostam. Até censuramos alguns deles. Isto, porém, devemos creditar às angustias que os acometem quando das suas ações.
Partindo daí, então, apesar de todos os atos que não nos cheguem bem, passemos a cultivar o exercício do amor verdadeiro. Isso mesmo, aquele amor que temos dentro de nós e que só não demonstramos, por causa do endurecimento que o cotidiano nos impõe.
Tratemos de vencê-lo.
Dona Maria, a minha vizinha que me ajuda a entender e a compreender o mundo em que vivemos a respeito, diz o seguinte:
— Para isso é só querermos.
Geralmente relembro os momentos, que foram poucos, alegres e felizes que passei com ele.
Desta vez, porém, relembrei um momento triste.
Ele já era viúvo e, sozinho, deitado em sua cama chorou sentido.
Todos de casa ficaram alarmados. Estávamos acostumados com o homem de pouca conversa exigente e disciplinador que não cabia em nosso dia a dia aquele choro.
Todos, filhos e noras, amávamos aquele homem e os momentos que passávamos com ele eram de grande prazer.
Por que, então, ele havia chorado?
De certo, no cotidiano de todos nós, acostumados com a sua presença, sem exceção, apenas trocávamos as palavras exigidas para as ações, que com o tempo tornaram-se mecânicas e repetitivas.
Muito embora houvesse amor no coração de todos nós, os nossos atos, devido a repetição, eram percebidos por ele como uma obrigação de cada um e não uma demonstração de amor que, acertadamente, julgava merecer.
Por isso, resolvi escrever sobre o choro do meu pai, apenas para registrar a pouca sensibilidade de todos lá de casa.
Se o amávamos, porque, então, não demonstrávamos.
Coisa dos homens. Julgam que basta ter o sentimento. Não se preocupam, envolvidos pelos afazeres e problemas do dia a dia, de demonstrá-lo.
Imagino quantos pais, avós, tios, amigos, esposas e esposos, não terão chorado amargurados, pela falta dessa demonstração dos seus entes queridos.
Muitas vezes, os que nos são caros, pelos seus atos, nos desgostam. Até censuramos alguns deles. Isto, porém, devemos creditar às angustias que os acometem quando das suas ações.
Partindo daí, então, apesar de todos os atos que não nos cheguem bem, passemos a cultivar o exercício do amor verdadeiro. Isso mesmo, aquele amor que temos dentro de nós e que só não demonstramos, por causa do endurecimento que o cotidiano nos impõe.
Tratemos de vencê-lo.
Dona Maria, a minha vizinha que me ajuda a entender e a compreender o mundo em que vivemos a respeito, diz o seguinte:
— Para isso é só querermos.
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