quarta-feira, 11 de junho de 2008

A arte do casamento


O beijo foi longo.
A doçura do momento tinha explicação.
Era o seu primeiro namorado, por isso, não impôs nenhuma restrição aos seus anseios de mulher e entregou-se ao momento de amar.
O moço bem apessoado e de maneira cortes conseguira, graças à sua educação, que aquele momento fosse gostoso.
Depois, saboreando a pipoca e sentindo o frescor da noite, andando com passos sem compromissos ao redor do coreto do jardim, os dois pareciam duas pombas arrulhando, enxergando, mesmo à noite, as flores coloridas que embelezavam o amor que estavam sentindo um pelo outro.
Andavam em silêncio, com os olhos dizendo todos os poemas, próprios dos que amam.
O Domingo foi terminando aos poucos, iluminado e inesquecível.
A Segunda-feira amanheceu cinzenta.
A moça, entretanto, trazia no rosto a iluminação da felicidade.
Todos os seus familiares notaram e elogiaram o estado positivo em que ela se encontrava.
Mal podia esperar pelo próximo encontro.
O certo é que na sua idade os acontecimentos do amor se sucedem com grande rapidez e a sua formação que valoriza a família impunha a ela a condução de um entendimento com o namorado que viesse de encontro à sua maneira de entender a vida.
Amizade colorida sem objetivos estava fora de cogitação.
Ela queria um compromisso. Um compromisso que, aparada as arestas e conjugados os anseios, desembocasse na formação de uma nova família, da sua família.
A sua compreensão da vida moderna, entretanto, apontava para grandes dificuldades.
Os moços vivem correndo do compromisso de constituir família. As facilidades pela liberação sexual da atualidade acabam direcionando os costumes.
No fundo, entretanto, ela sabia que dependia dela, da sua maneira de abordar o assunto com o namorado, o sucesso do seu plano.
O casamento e a formação da família, são objetivos que todos os seres humanos têm arraigados nos seus anseios.
A criação de um lar, com divisão de responsabilidades e a certeza de abrigo para os filhos são desejos dos quais os viventes não podem se desviar.
Cabia a ela, portanto, saber reavivar nele essas realidades.
De nossa parte ficamos torcendo para que a moça feliz consiga êxito no seu planejamento de constituir a sua família.




Nenhum comentário: