segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Solidão

Passaram se os anos.
Invernos e primaveras, verões e outonos, se sucederam, trazendo, para as nossas vidas e levando delas, momentos felizes e momentos de tristezas.
Cumpriam a Lei Natural do desenvolvimento.
Ao final do peneiramento promovido pelo inexorável passar do tempo, ficamos nós, como se fôssemos placares digitais, a ostentarmos as marcas da repercussão das nossas atitudes.
Largamos pelas estradas pedaços de nós mesmos e sentimos que aqueles que nos são caros, pouco a pouco se afastarem de nós, tangidos pelas vicissitudes das suas próprias vidas, ocupados em arrumar os seus próprios futuros.
Por isso, muitos de nós, ao nos aproximarmos do fim natural de todos, muitas vezes, nos percebemos a sós e, mesmo até cercados de convivas, estamos solitários.
Por certo, esses irmãos, desavisados pela ignorância que carregam não se preocuparam, durante as suas vidas, em dedicar, nos melhores momentos, atenção e afabilidade para granjearem verdadeiros amigos.
Os verdadeiros amigos, que necessitamos, não são disponíveis apenas porque queremos. Encontra-los e torna-los realidade em nossas vidas demanda esforços especiais.
È necessário que descubramos os nossos corações e os coloquemos à disposição dos candidatos a nossos amigos de verdade.
O nosso gesto terá que ser tão convincente o suficiente para não deixar nenhuma possibilidade de duvida.
Uma verdadeira amizade que se sustente no incondicional amor permanece efetiva pela eternidade.
Assim, ela será bastante para que amigos de verdade, cuidem-se, um do outro, mesmo nos mais íntimos momentos de nossas vidas, principalmente, nos tempos em que nossas idades estejam a obstar os nossos movimentos.
Portanto, são precisos os nossos cuidados desde agora, pois ninguém poderá viver solitariamente sem que experimente sofrimentos de grande repercussão sobre os seus corpos e sobre as suas almas.
Lembremo-nos que ao nascermos as nossas fraldas são trocadas por inúmeras mãos enquanto que no ocaso de nossas vidas, somente as mãos dos nossos amigos de verdade é que nos limparão os cueiros.
Além de disponíveis para esta tarefa, fizeram com que nos melhores momentos de nossas vidas, no esforço para conquistá-los, conseguíssemos os melhores momentos na ligação com o nosso criador, desenvolvendo nas nossas atitudes de angariar verdadeiros amigos, a capacidade de iluminarmos os nossos espíritos.

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