Nas marchas e contra marchas dos
posicionamentos dos políticos, quando se avizinham as eleições, deixam-nos
iguais a rolha descendo o rio: Sem destino, sem paradeiro e sempre no esforço
de mantermos a boca fora d’água.
Só percebemos, quando percebemos, as suas
intenções quando véspera das eleições.
Entram neste clima especial, mas mal
cheiroso, as composições que visam, num primeiro momento e, segundo o candidato
a deputado, por exemplo, garantir uma votação que eleja o dito cujo.
Num segundo momento, principalmente, nas
eleições para presidente, deputados, senadores e governadores, visam garantir
que o governador receba os votos que o deputado afirma que carreou para ele.
Ordinariamente, no entanto, o governador
sempre tem mais votos e, assim, presume-se que quanto mais candidatos a
deputado tenha o partido mais voto terá o governador.
Esta base para ser formada leva em
consideração, sempre, a inteligência do grupo em costurar apoios, passando por
cima de programas partidários e ideais que devem nortear os atos políticos e
que realmente são o cerne da democracia.
Assim, terminada a eleição para presidente,
governador, deputados e senadores, os grupos se re-arrumam, remendando as
composições que no passado serviram de base para o desempenho político do
grupo.
Esquecem-se as afrontas, que muitas vezes
excederam o limite da ética e se comprazem em inventar novas verdades para os
eleitores acreditarem.
Reconheça-se que isto é um fato e, portanto,
passou a ser, até certo ponto, regra do jogo que joga o nome dos políticos na
lama, pois são considerados não confiáveis pela população.
Dona Maria, a minha vizinha que me ajuda a
compreender e a entender o mundo em que vivemos em conversa sobre ideais,
vaticinou:
– Não há nada neste mundo que um dia após o
outro.
Concordo com ela e acredito mesmo que mais
dia menos dia, os votantes farão justiça e os que usam só a cabeça, nos
negócios políticos conhecerão o ostracismo dos que se omitem no importante papel
de incentivar o desenvolvimento como um todo, ciência e moral e não apenas a
supremacia dos espertos.
Tenho certeza que este objetivo divino é
incondicional, por mais que sejam brilhantes os cérebros a serviço do egoísmo.
Severino, meu amigo de outro bairro,
filosofou:
— Continuo acreditando que Deus, ao dar
inteligência ao homem, estava prevendo que ele saberia dividir com todos, os
seus frutos.
Hoje sofro amanhã meus filhos terão
aprendido a sofrer menos e os meus netos menos ainda, apesar de toda a maldade
dos que só pensam em usar a cabeça desvinculada do coração.
Acredito também.
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