sábado, 1 de abril de 2023

A trobeta da realidade

A trombeta da realidade

Vernil Eliseu – 01/02/2007

vernileliseu@gmail.com

 

 

Com muita assiduidade temos conhecido muitos brasileiros que deram o melhor de seus verdes anos na construção do Brasil que aí está.

 

São homens e mulheres que no ascendente de suas forças físicas carregaram nos ombros os destinos desta grande nação.

 

Muitos analistas que buscam a perfeição dirão:

 

Mas este país não é um bom país.

 

Concordamos com eles, porém, melhor que eles que dão os débitos, não deixamos de dar, também, os créditos àqueles de direito.

 

Por isso, desde logo seria de bom gosto que dissessem que este não é um bom país, porque não souberam administrá-lo, com a dinâmica que se precisa para construir um bom país. Por isso, desde logo seria de bom gosto que dissessem que este não é um bom país, porque não souberam administrá-lo, com a dinâmica que se precisa para construir um bom país.

 

Não me venham com o discurso de que a Previdência é deficitária, pois não é. Acontece que em 1988, o Congresso Nacional, criou vários benefícios às pessoas que não contribuem para a Previdência Social e isso deve ser debitado ao Tesouro Nacional.

 

Ora, claro que concordamos com a necessidade da criação destes benefícios. Eles foram criados para socorrer um faixa da população brasileira que por diversas razões estavam excluídas da possibilidade de terem uma vida digna.

 

Mas até este meio de semana, apesar dos alertas de especialistas a Previdência Social era a grande vilã da história, pois tendo que pagar quem para ela não contribuiu, viu-se em déficit.

 

A verdade, entretanto, foi colocada no seu devido lugar. A Previdência é uma despesa do governo brasileiro que tem a sua contrapartida na arrecadação que se faz para o pagamento dela, sem déficit.

 

Com isso os “economistazinhos” de plantão, graças a Deus exceções, têm que procurar noutro escaninho a culpa da falta de possibilidade de investimento que o governo brasileiro enfrenta não mais podendo colocar a culpa nos que deram suor e sangue, para que eles próprios tivessem um país onde pudessem faturar o seu ganha pão.

 

Um deles, comentarista de uma das grandes redes de televisão do país, saiu se com esta:

 

De nada adiantou o presidente dizer o que disse, pois o déficit vai continuar do mesmo tamanho.

 

Não foi sequer sensível ao ver ser tirada a pecha dos aposentados.

 

Nem tecnicamente quis dizer que agora a outra parte retirada das despesas da Previdência Social tem que ser analisada e, para ela, criada uma fonte de arrecadação para fazer face a esta despesa que, repetimos, não é dos aposentados, pois eles próprios pagaram para receber o que recebem.

 

A nossa fala soa como um desabafo?

 

Sim a nossa fala soa como um desabafo, mas, também soa coma a trombeta da realidade, que muitos, neste país, que não é bom ainda, tentam dissimular para poderem tirar mais proveitos sem merecê-los.

  

Nenhum comentário: