quarta-feira, 5 de abril de 2023

Desigualdade Cruel

Desigualdade cruel

 

Vernil Eliseu – 11 /04/2007

vernileliseu@gmail.com

 

Coelhinho da Páscoa o que é que você me traz?

 

Venho trazer-lhe um ovinho para você saborear!

 

Esta é a música que todas as crianças do mundo deveriam cantar.

 

Mas não é assim.

 

Na verdade, mães e pais, a grande maioria de mães e pais deste mundo, sequer conseguiu acumular uma sabedoria que lhe permitisse, no mínimo, pintar um ovo de galinha ou até mesmo de pata, para fazer a alegria de seus filhos, plantando esses ovos nos ninhos que eles seriam convidados a montar.

 

Não se pode, no entanto, pleitear que este tipo de comemoração não aconteça. Isto seria o mesmo que enfiar a cabeça na areia e esconder-se da responsabilidade que cabe a cada um.

 

Ao invés disso, todos os pais e mães do mundo, deveriam se unir e exigir que as oportunidades do mundo sejam oferecidas mais equilibradamente entre todos.

 

Não se pode querer uma humanidade de ricos, as diferenças, ainda, por muito tempo haverão de existir.

 

É até uma necessidade para estimular o progresso do homem como um todo.

 

O equilíbrio, por isso, passa a ser visto como um objetivo incondicional, do qual o homem não pode fugir.

 

Na contramão da história, no entanto, atrasando o caminhar da humanidade em direção ao equilíbrio, vem a discussão, que toma conta de Brasília, com parlamentares, discutindo, num momento inoportuno, um aumento salarial.

 

Como pode um deputado, por exemplo, custar ao País perto de R$ 100.000,00 (Cem mil reais), quando o salário mínimo, com o qual tem que viver uma quantidade de brasileiros é de apenas R$ 350,00..

 

Assim uma quantidade importante do povo quando comem, não pagam a luz e água.

 

Quando pagam a luz e água, deixam de comer.

 

Mas comer como gente. Arroz, feijão, batata e carne e não farinha dissolvida n’água.

 

O pior é que não raro lá se vão para o fórum, pais de famílias que mal puderam fazer inchar as barrigas de seus filhos com alimentos inadequados, sofrendo o vexame de terem os seus nomes executados por falta de pagamento destes itens básicos para se viver nos nossos dias.

 

Por isso, depois de comemorada a Páscoa e a Ressurreição do Cristo, sugerimos uma reflexão sobre este pequeno escrito, pretensioso, no sentido de chamar a atenção para a desigualdade que promovemos comendo os nossos ovos de Páscoa por inteiro ao invés de dividi-lo com os nossos irmãos que não podem comprá-lo.

 

De repente, um pequeno esforço de cada um, pode fazer uma grande diferença.

 

Faça o seu.   

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