Há uma semana o desfile na praça engalanada mostrava todo o patriotismo do povo.
Era a comemoração do 7 de setembro, dia da Independência do nosso Brasil.
Foi bonito.
Percebia-se no semblante dos estudantes e de todos que desfilavam o orgulho.
Todos os participantes fizeram da manhã do dia da Independência um momento importante, inesquecível.
Todos os corações como que por encanto, re-carregaram a pilha da cidadania. Foi um bom exemplo. O povo brasileiro encheu-se de esperança.
Nem uma semana depois, desde o centro de irradiação política que deveria ser Brasília, mais uma vez o povo foi passado para trás.
Por incrível que possa parecer, o Senador da República, Renam Calheiros, foi inocentado pelos seus colegas, em secção secreta, de ter quebrado o decoro parlamentar.
Embora pareça incrível, o resultado, parece-nos, era esperado.
Ele é carro chefe da situação, que tem maioria, lá no Senado.
Causou-nos surpresa as falas colhidas depois da votação que deu a vitória ao Senador Calheiros.
A indignação mostrada nos rostos daqueles que queriam a sua condenação, nos pareceu teatral.
Estes Senadores diziam que o Senado estava sangrando, que a crise iria continuar e o melhor seria o Senador vencedor pedir licença do seu cargo de Presidente da Casa.
Também achamos que isso seria o mínimo a ser feito para que a dignidade não sucumba de vez.
Entretanto somos forçados a lembrar a todos os Senadores que reclamaram da vitória do Senador Calheiros que:
Foram eles mesmos, que votaram contra o Senador, que juntamente com os que votaram a favor do Senador, que construíram, ao longo de várias legislaturas, as Leis, os Costumes, a Filosofia e a base para que o senado brasileiro, numa só tarde mostrasse as suas tendências pouco recomendáveis, inocentando o Senador Calheiros.
Por isso, caso estejamos enganados com relação ao teatral das reclamações, que estes mesmos Senadores coloquem mãos à obra e através de atitudes destituídas de casuísmo, mudem as regras para que quem não cumprir as Leis Brasileiras, não possa sair vitorioso na vida pública e pague pelos seus atos.
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