sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Capítulo XII - Amai aos vossos inimigos - 1


Mateus, Cap. V, v.20 e 43 a 47.
Lucas, Cap. VI, v. 32 a 36.

“Não é preciso nunca retribuir injustiça por injustiça, nem fazer mal a ninguém, qualquer seja o mal que nos tenha feito. Poucas pessoas, entretanto, admitirão este princípio e as pessoas que estão divididas não devem senão se desprezar umas às outras”
Sócrates/Platão


Entre os ensinamentos de JESUS, nenhum causou tanto espanto, como a recomendação de amar os nossos inimigos.

Mas, aos atentos seguidores da doutrina espírita, não.

Ela ensina, principalmente, que a nossa evolução espiritual, por vontade própria ou incondicionalmente, é meta estabelecida pelo nosso PAI CRIADOR. E que fomos criados, puros e ignorantes.

Através de nossas inúmeras encarnações, usando o nosso livre-arbítrio, experimentamos vivências temperadas pelo bem e pelo mal, até que cheguemos ao estado de pureza e de sabedoria.

Incontestavelmente, todos nós, de maneira mais ou menos acentuada, temos consciência do que seja o bem e o mal, e que, de maneira mais ou menos acentuada, sentimos necessidade de praticarmos o bem.

Aqueles, dentre nós, que conseguem praticar o bem, independente das dificuldades e sacrifícios enfrentados, mais rapidamente estarão cumprindo a meta de evolução espiritual, prescrita pelo nosso PAI CRIADOR.

Por isso, entre os grandes males aos quais estamos sujeitos, está o de arranjarmos inimigos.

O nosso egoísmo, a nossa desatenção, a disputa, a maledicência, o ódio, a perseguição, acabam conseguindo para nós os nossos inimigos.

Se perdoá-los, pura e simplesmente, fosse o suficiente, tudo bem. Mas, não; JESUS ao nos ensinar o que o nosso PAI CRIADOR determinou, disse: Amai os vossos inimigos.

Como amar um inimigo?

A interrogação é digna de todos nós, que somos, ainda, um tanto ignorantes.

A lição vamos buscar nos exemplos de JESUS DE NAZARÉ que na cruz, já quase sem forças, num fio de energia, conseguiu dirigir-se ao nosso PAI CRIADOR, dizendo: PAI, PERDOA-OS PORQUE ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM.

Graças a ensinamentos como este o nosso mundo progrediu e ninguém se verá em situação tão extrema como esta.

Assim, a decisão pela evolução espiritual, mudando-nos interiormente, fornecerá as forças necessárias, para perdoarmos e amarmos os nossos inimigos.

O sentimento despertado em nós aí, não é vulgar, mas, que respeita, que reconhece direitos, que aceita o outrora inimigo, agora amigo, como personagem indispensável ao nosso crescimento e ao qual devemos gratidão, pela oportunidade de termos despertado em nós um amor especial que, se correspondido, não um, mas dois espíritos se iluminarão para a glória de nosso PAI CRIADOR.

Além disso, não poderemos imaginar quantos espíritos serão beneficiados pela emanação das energias positivas advindas desse momento de triunfo do BEM.

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