Lágrimas
Ontem choveu
lágrimas de mil almas,
caladas pelos
beijos sem escrúpulos da vida.
Um lamento
mudo.
É o
rompimento brusco da carne,
que ferida
pelo pecado,
sangra as
dores do prazer.
É o início da
caminhada sem regresso,
pela estrada,
com soluços e sorrisos,
enfrentando
os dissabores das vaias
e a euforia
do sucesso.
É o desgaste
inumano da potência,
a dispersão
das vontades,
a enfermidade
do mundo,
que se impõe
pela violência.
Para depois,
de joelhos,
em súplicas,
rogar clemência.
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