terça-feira, 10 de agosto de 2021

Revivendo

Revivendo

 

Vernil Eliseu, 14/10/2005 –

vernileliseu@gmail.com

A noite estava tranquila

A praça apesar da falta de cuidado, com a presença de papeis e plásticos espalhados pelo gramado, ainda assim, era de aspecto romântico.

 

A banda não viera, estava participando de um festival que, provavelmente, deve ter vencido.  Ocupavam o direito de dar o espetáculo, alguns cantores e músicos, fazendo rolar boa música.

 

O dia havia sido especialmente quente e no horário que chegamos à praça começou a soprar um vento fazendo a temperatura ficar muito agradável.

 

Não havia muita gente. Era ambiente de recordação e poesia.

 

A primeira árvore, alta, junto ao passeio interno da praça, era figura que chamava a atenção de todos. Esbranquiçada, desde o tronco até os galhos mais altos, sem muitas folhas. Parecia um ser que vindo diretamente do frio havia se esquecido da chegada da primavera e não se vestira a caráter, destoando na composição do lindo ambiente.

 

Entretanto, como se fora a sua madrinha, ciosa do bem estar da afilhada, a lua nova pendurou-se no céu e permitiu que entre os galhos da árvore esbranquiçada, todos nós, ficássemos deslumbrados com o quadro digno de um mestre do pincel. Gastamos gostosos minutos olhando para o céu.

 

O único par que se arriscou a dançar davam passos graciosos em coreografia especial e do palco dentro do coreto a cantora, afinadíssima, cantava OUÇA. O momento trouxe à tona as nossas melhores recordações de um tempo que não volta mais.

 

Dona Maria uma amiga que me ajuda a entender e a compreender o mundo em que vivemos, diz sempre: Ficou a experiência e esta não se apaga e nem se afasta de nós, por toda a eternidade.

 

É a sabedoria de Deus que nos quer mais e mais experientes para que, quando chegarmos lá no céu, possamos reviver os momentos poéticos de nossas vidas com grande intensidade. 

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