Revivendo
Vernil Eliseu, 14/10/2005 –
vernileliseu@gmail.com
A noite estava tranquila
A praça apesar da falta de cuidado, com a
presença de papeis e plásticos espalhados pelo gramado, ainda assim, era de
aspecto romântico.
A banda não viera, estava participando de um
festival que, provavelmente, deve ter vencido.
Ocupavam o direito de dar o espetáculo, alguns cantores e músicos,
fazendo rolar boa música.
O dia havia sido especialmente quente e no
horário que chegamos à praça começou a soprar um vento fazendo a temperatura
ficar muito agradável.
Não havia muita gente. Era ambiente de
recordação e poesia.
A primeira árvore, alta, junto ao passeio
interno da praça, era figura que chamava a atenção de todos. Esbranquiçada,
desde o tronco até os galhos mais altos, sem muitas folhas. Parecia um ser que
vindo diretamente do frio havia se esquecido da chegada da primavera e não se
vestira a caráter, destoando na composição do lindo ambiente.
Entretanto, como se fora a sua madrinha,
ciosa do bem estar da afilhada, a lua nova pendurou-se no céu e permitiu que
entre os galhos da árvore esbranquiçada, todos nós, ficássemos deslumbrados com
o quadro digno de um mestre do pincel. Gastamos gostosos minutos olhando para o
céu.
O único par que se arriscou a dançar davam
passos graciosos em coreografia especial e do palco dentro do coreto a cantora,
afinadíssima, cantava OUÇA. O momento trouxe à tona as nossas melhores
recordações de um tempo que não volta mais.
Dona Maria uma amiga que me ajuda a entender
e a compreender o mundo em que vivemos, diz sempre: Ficou a experiência e esta
não se apaga e nem se afasta de nós, por toda a eternidade.
É a sabedoria de Deus que nos quer mais e mais experientes para que, quando chegarmos lá no céu, possamos reviver os momentos poéticos de nossas vidas com grande intensidade.
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