Mais uma vez Jesus venceu
Dito Flautista sentou-se à frente dos
dois amigos, Zé Lopes e Zé Gostoso.
Os dois amigos entreolharam-se
perplexos. Nunca haviam visto tanta luminosidade irradiada de um ser, como
naquela manhã, irradiava o amigo Dito Flautista.
Zé Gostoso que era mais antigo no
grupo comandado por Dito Flautista, não se contendo, perguntou:
- Amigo, amigo, conte o motivo de
tanta luz. Por acaso você acabou de receber alguma benção divina?
- É, meu amigo, as graças do nosso
criador são muitas e misericordiosas. Imagine você que fui agraciado com uma
ida à crosta terrestre com direito a assistir um espetáculo teatral e, claro,
colaborar na assistência espiritual.
Zé Lopes, com a curiosidade aguçada,
perguntou:
- Onde foi assistir o espetáculo
teatral?
- Foi em Araras, na nossa terra.
Vocês não imaginam o quanto foi gratificante. Na verdade, não havia muito que
fazer, pois o teatro pertence a uma casa que há muitos anos vem prestando
serviços no campo espírita e estava muito bem protegida. O que fizemos foi dar
um brilho a mais. Ficou muito bonito, depois de pronto o esquema de segurança.
Quem viesse do alto, e foram muitos os que vieram, tinham como guia a
luminosidade do local que de tão acentuada ultrapassava a atmosfera terrestre.
Tivemos visitantes ilustres e, o melhor, foi a grande quantidade de espíritos
que necessitavam de esclarecimentos, que compareceram.
Os dois “Zés” estavam bebendo as
palavras de Dito Flautista. Zé Gostoso perguntou:
- Qual era a história da peça?
- Era sobre os ensinamentos básicos
do espiritismo. Uma boa parte dos encarnados que foram assisti-la não
conseguiram entrar e os promotores já marcaram uma reapresentação em outro
local para que estes possam ver a peça. Quando chegar a ocasião, com certeza,
vocês serão convidados a prestar serviços e assisti-la.
A trama focava a Lei de Causa e
Efeito, com o começo do drama desenrolando-se no tempo do Império Romano, onde
as paixões desmedidas, a ganância, o egoísmo, a inveja e muitos outros
males eram exacerbados, provocando crimes
e perseguições entre os Romanos e, principalmente, aos Cristãos, que como vocês
sabem, sofreram muito naquela época.
O texto forte, ágil, escorado por
cenas sustentadas por maravilhosas interpretações, cumpriu o objetivo de
ensinar aos assistentes verdades da vida. Guardada as devidas proporções,
considerei a peça uma mega produção. O guarda roupa foi de um bom gosto ímpar e
bem confeccionado. Os pequenos detalhes, vasos, estatuetas, cadeiras, tudo, bem
distribuído em cena. O vai e vem dos atores e atrizes, ao final de cada cena,
arrumando o cenário para a próxima cena, foi perfeito. Enfim, todos os detalhes
de posicionamento e de expressões interpretativas estiveram em alto nível. A
direção da peça esteve perfeita.
Para vocês terem uma idéia, para não
alongar-me muito, o momento em que o pai adotivo do jovem que estava se
drogando, instado pelo espírito da filha, desencarnada já há algum tempo,
aceita a tarefa de ajudar o jovem, com muito amor, a regenerar-se sob as
bençãos de Jesus..
Para mim, em virtude do trabalho que
estamos desenvolvendo, foi o melhor da peça. Eu penso que o amor demonstrado
por aquele pai, antes tão duro, e o sucesso da sua determinação, ensinou muitos
dos presentes como encarar este problema. Jesus venceu mais uma vez. Foi um
espetáculo inesquecível.
- E as mães da Praça Barão de Araras,
como está o trabalho de divulgação?
Zé Lopes e Zé Gostoso, saíram do
estado de admiração pelo relato do sucesso da peça que foi encenada em Araras,
no Instituto de Difusão Espírita – IDE, no salão azul. Zé Gostoso, limpou a
garganta e respondeu:
- O nosso trabalho de intuir todas as
mães das vítimas da desesperança continua nas 24 horas do dia. Isto é coisa que
demora e, por isso, não devemos esmorecer.
Os três amigos, orando e com um sorriso nos lábios, encaminharam-se para a grande praça de onde uma luz indiscritível emanava e a música bonita se fazia ouvir. Um merecido descanso para os soldados da esperança.
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