terça-feira, 10 de agosto de 2021

Mais uma vez Jesus venceu


Mais uma vez Jesus venceu

Dito Flautista sentou-se à frente dos dois amigos, Zé Lopes e Zé Gostoso.

Os dois amigos entreolharam-se perplexos. Nunca haviam visto tanta luminosidade irradiada de um ser, como naquela manhã, irradiava o amigo Dito Flautista.

Zé Gostoso que era mais antigo no grupo comandado por Dito Flautista, não se contendo, perguntou:

- Amigo, amigo, conte o motivo de tanta luz. Por acaso você acabou de receber alguma benção divina?

- É, meu amigo, as graças do nosso criador são muitas e misericordiosas. Imagine você que fui agraciado com uma ida à crosta terrestre com direito a assistir um espetáculo teatral e, claro, colaborar na assistência espiritual.

Zé Lopes, com a curiosidade aguçada, perguntou:

- Onde foi assistir o espetáculo teatral?

- Foi em Araras, na nossa terra. Vocês não imaginam o quanto foi gratificante. Na verdade, não havia muito que fazer, pois o teatro pertence a uma casa que há muitos anos vem prestando serviços no campo espírita e estava muito bem protegida. O que fizemos foi dar um brilho a mais. Ficou muito bonito, depois de pronto o esquema de segurança. Quem viesse do alto, e foram muitos os que vieram, tinham como guia a luminosidade do local que de tão acentuada ultrapassava a atmosfera terrestre. Tivemos visitantes ilustres e, o melhor, foi a grande quantidade de espíritos que necessitavam de esclarecimentos, que compareceram.

Os dois “Zés” estavam bebendo as palavras de Dito Flautista. Zé Gostoso perguntou:

- Qual era a história da peça?

- Era sobre os ensinamentos básicos do espiritismo. Uma boa parte dos encarnados que foram assisti-la não conseguiram entrar e os promotores já marcaram uma reapresentação em outro local para que estes possam ver a peça. Quando chegar a ocasião, com certeza, vocês serão convidados a prestar serviços e assisti-la.

A trama focava a Lei de Causa e Efeito, com o começo do drama desenrolando-se no tempo do Império Romano, onde as paixões desmedidas, a ganância, o egoísmo, a inveja e muitos outros males  eram exacerbados, provocando crimes e perseguições entre os Romanos e, principalmente, aos Cristãos, que como vocês sabem, sofreram muito naquela época.

O texto forte, ágil, escorado por cenas sustentadas por maravilhosas interpretações, cumpriu o objetivo de ensinar aos assistentes verdades da vida. Guardada as devidas proporções, considerei a peça uma mega produção. O guarda roupa foi de um bom gosto ímpar e bem confeccionado. Os pequenos detalhes, vasos, estatuetas, cadeiras, tudo, bem distribuído em cena. O vai e vem dos atores e atrizes, ao final de cada cena, arrumando o cenário para a próxima cena, foi perfeito. Enfim, todos os detalhes de posicionamento e de expressões interpretativas estiveram em alto nível. A direção da peça esteve perfeita.

Para vocês terem uma idéia, para não alongar-me muito, o momento em que o pai adotivo do jovem que estava se drogando, instado pelo espírito da filha, desencarnada já há algum tempo, aceita a tarefa de ajudar o jovem, com muito amor, a regenerar-se sob as bençãos de Jesus..

Para mim, em virtude do trabalho que estamos desenvolvendo, foi o melhor da peça. Eu penso que o amor demonstrado por aquele pai, antes tão duro, e o sucesso da sua determinação, ensinou muitos dos presentes como encarar este problema. Jesus venceu mais uma vez. Foi um espetáculo inesquecível.

- E as mães da Praça Barão de Araras, como está o trabalho de divulgação?

Zé Lopes e Zé Gostoso, saíram do estado de admiração pelo relato do sucesso da peça que foi encenada em Araras, no Instituto de Difusão Espírita – IDE, no salão azul. Zé Gostoso, limpou a garganta e respondeu:

- O nosso trabalho de intuir todas as mães das vítimas da desesperança continua nas 24 horas do dia. Isto é coisa que demora e, por isso, não devemos esmorecer.

Os três amigos, orando e com um sorriso nos lábios, encaminharam-se para a grande praça de onde uma luz indiscritível emanava e a música bonita se fazia ouvir. Um merecido descanso para os soldados da esperança. 

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