A rosa vermelha parecia carente.
Contra o céu azul, o queimado do sol no vermelho vivo, fazia suas pétalas parecerem um pedaço de terra do nordeste, inclementemente esturricado pela falta de chuva.
O certo é que o dia tinha tudo para ser um dia triste.
Felizmente, como um raio laser o sorriso da criança no colo da mãe novinha em folha, iluminou a manhã e transformou o ânimo de todos nós.
A quase menina, agora transformada em mulher, caminhava devagar, medindo os seus passos, segurando a criança contra o peito, coberta pelo pano bonito, evitando os raios do sol que, insistentemente, procurava ver o rosto do novo morador do planeta terra.
Recordei-me de minha mãe.
Os seus oito filhos, crescidos debaixo de carinho e que lhe deram tanto trabalho.
Com certeza, eu e meus irmãos, tivemos o direito, também, ao primeiro passeio, coberto pelo pano bonito, escondidos dos olhos curiosos do sol da manhã.
Especialmente eu, pelo que me contam, franzino e, por isso, acostumado com mimos, só dormia no colo da tia Nair.
A visão e as lembranças fizeram-me mais confiante e resolvi dar um pulo à casa de Dona Maria, a minha vizinha que me ensina a compreender e a entender o mundo.
— Bom dia Dona Maria!
— Bom dia seu Vernil! O senhor parece que viu passarinho verde.
— Que nada Dona Maria. Para falar a verdade, não fosse o filhinho da Antonia sorrir o dia de hoje ia ser duro de suportar.
Deu-me vontade de contar-lhe as minhas lembranças, mas como não tinha o dia todo, fiquei em silêncio.
— O senhor está é muito sensível.
— A senhora está correta. Eu estou precisando tirar a minha cabeça dos problemas e descansar um pouco.
— Que nada seu Vernil, o senhor é um homem que ama a vida e quem ama não tem jeito de ficar cansado de nada.
A minha amiga mais uma vez tinha razão.
O amor tudo transforma. Nele o homem encontra, sempre, mesmo nos momentos de maior preocupação, espaço para ver nos fatos o que é positivo para a vida.
Lembrei-me da frase de Emmanuel na tabuleta da Clínica Sayão:
“O exercício do verdadeiro Amor não pode cansar o coração”.
A esperança renasceu na minha carrancuda expressão e o dia foi, mais uma vez, um lindo dia de minha vida.
E o botão da rosa preparava-se para dar vez, mais uma vez, a uma rosa com pétalas de veludo.
— Tá certo Dona Maria! Mas o que dizer da obra de igreja que virou a duplicação da rua dos Coroados. O meu carro já teve duas buchas da suspensão estouradas, sem contar as inúmeras vezes que o bico do carro bateu no chão, por causa dos buracos lá da rua 2 do Fátima, opção natural para se ir da cidade para a zona leste. Será que estão esperando alguma data propícia para entregarem a obra, para todos os sofridos motoristas que residem ao longo da avenida Loreto.
— Nisto o senhor tem razão, seu Vernil, o pior é que a ponte que já está com as grades pintadas, ainda não está pronta, faltando a ligação da dita cuja às pistas da marginal.
— O que eu estranho, Dona Maria, é o grande defensor da Zona Leste, vereador atento, não ter dito uma palavrinha a respeito da demora incompreensível para o término desta obra. Os seus eleitores devem estar anotando isso. E mais, ninguém ligado à obra veio a público dizer os motivos do atraso.
— Seu Vernil deixa isso prá lá. Fique certo que o povo, principalmente, as pessoas que estão sendo prejudicadas, não vão esquecer o fato.
— Tenho absoluta certeza disso. Estava esquecendo-me do motivo que me trouxe até aqui. Queria cumprimentá-la pela passagem do dia mundial da mulher e desejar que, o seu brilho e o das companheiras que viajam conosco em direção à eternidade sejam cada vez mais visíveis aos olhos deste mundo.
— Aquele abraço, Dona Maria e os meus sinceros parabéns.
Contra o céu azul, o queimado do sol no vermelho vivo, fazia suas pétalas parecerem um pedaço de terra do nordeste, inclementemente esturricado pela falta de chuva.
O certo é que o dia tinha tudo para ser um dia triste.
Felizmente, como um raio laser o sorriso da criança no colo da mãe novinha em folha, iluminou a manhã e transformou o ânimo de todos nós.
A quase menina, agora transformada em mulher, caminhava devagar, medindo os seus passos, segurando a criança contra o peito, coberta pelo pano bonito, evitando os raios do sol que, insistentemente, procurava ver o rosto do novo morador do planeta terra.
Recordei-me de minha mãe.
Os seus oito filhos, crescidos debaixo de carinho e que lhe deram tanto trabalho.
Com certeza, eu e meus irmãos, tivemos o direito, também, ao primeiro passeio, coberto pelo pano bonito, escondidos dos olhos curiosos do sol da manhã.
Especialmente eu, pelo que me contam, franzino e, por isso, acostumado com mimos, só dormia no colo da tia Nair.
A visão e as lembranças fizeram-me mais confiante e resolvi dar um pulo à casa de Dona Maria, a minha vizinha que me ensina a compreender e a entender o mundo.
— Bom dia Dona Maria!
— Bom dia seu Vernil! O senhor parece que viu passarinho verde.
— Que nada Dona Maria. Para falar a verdade, não fosse o filhinho da Antonia sorrir o dia de hoje ia ser duro de suportar.
Deu-me vontade de contar-lhe as minhas lembranças, mas como não tinha o dia todo, fiquei em silêncio.
— O senhor está é muito sensível.
— A senhora está correta. Eu estou precisando tirar a minha cabeça dos problemas e descansar um pouco.
— Que nada seu Vernil, o senhor é um homem que ama a vida e quem ama não tem jeito de ficar cansado de nada.
A minha amiga mais uma vez tinha razão.
O amor tudo transforma. Nele o homem encontra, sempre, mesmo nos momentos de maior preocupação, espaço para ver nos fatos o que é positivo para a vida.
Lembrei-me da frase de Emmanuel na tabuleta da Clínica Sayão:
“O exercício do verdadeiro Amor não pode cansar o coração”.
A esperança renasceu na minha carrancuda expressão e o dia foi, mais uma vez, um lindo dia de minha vida.
E o botão da rosa preparava-se para dar vez, mais uma vez, a uma rosa com pétalas de veludo.
— Tá certo Dona Maria! Mas o que dizer da obra de igreja que virou a duplicação da rua dos Coroados. O meu carro já teve duas buchas da suspensão estouradas, sem contar as inúmeras vezes que o bico do carro bateu no chão, por causa dos buracos lá da rua 2 do Fátima, opção natural para se ir da cidade para a zona leste. Será que estão esperando alguma data propícia para entregarem a obra, para todos os sofridos motoristas que residem ao longo da avenida Loreto.
— Nisto o senhor tem razão, seu Vernil, o pior é que a ponte que já está com as grades pintadas, ainda não está pronta, faltando a ligação da dita cuja às pistas da marginal.
— O que eu estranho, Dona Maria, é o grande defensor da Zona Leste, vereador atento, não ter dito uma palavrinha a respeito da demora incompreensível para o término desta obra. Os seus eleitores devem estar anotando isso. E mais, ninguém ligado à obra veio a público dizer os motivos do atraso.
— Seu Vernil deixa isso prá lá. Fique certo que o povo, principalmente, as pessoas que estão sendo prejudicadas, não vão esquecer o fato.
— Tenho absoluta certeza disso. Estava esquecendo-me do motivo que me trouxe até aqui. Queria cumprimentá-la pela passagem do dia mundial da mulher e desejar que, o seu brilho e o das companheiras que viajam conosco em direção à eternidade sejam cada vez mais visíveis aos olhos deste mundo.
— Aquele abraço, Dona Maria e os meus sinceros parabéns.
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