terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Capítulo XIII - Não saiba a vossa mão esquerda o que dê vossa mão direita - 1

(Mateus, Cap. VI, v. 1 a 4)

Todos nós, irmãos neste contexto de provas e de expiações, espíritos em busca de iluminação, ainda lutamos com a nossa tendência aos vícios. Orgulho, vaidade, inveja, ciúme, avareza, ódio, intolerância, personalismo, impaciência, maledicência, negligência, ociosidade, egoísmo, para relacionarmos somente os vícios condenáveis pela Moral.
De forma clara e objetiva o espiritismo tem nos alertado sobre a necessidade de nos melhorarmos interiormente, para dominarmos estas nossas tendências.

A luta é árdua.

Por isso, perguntamos: Quantos dentre nós, ao praticarmos uma boa ação, não somos levados a esperar o reconhecimento deste ato?
Às vezes dissimulamos mas, silenciosamente cobramos estas repercussões.

Reconheçamos o nosso estado de necessidade de crescimento espiritual e que, ainda, por instinto agimos em função dos interesses menores que garantem a nossa sobrevivência sem, no entanto, nos encaminharem em direção ao progresso moral.
Somos, portanto, os espíritos que precisam aprender.

Nosso PAI CRIADOR não destina a nenhum de nós tarefas acima de nossas forças.
O aprendizado de que necessitamos é aquele baseado nos ensinamentos de JESUS DE NAZARÉ, repetidos em todas as oportunidades até que, com naturalidade, passem a fazer parte da nossa personalidade.
A nossa convivência social, com suas tentações, são obstáculos a serem transpostos. Ensinam-nos os amigos espirituais que ninguém dará mil passos sem que dê o primeiro.
Comecemos, então, agora mesmo esta caminhada difícil. DEUS estará nos amparando.
Assim, a nossa mão esquerda, cada vez menos, gradualmente, quererá saber o que dê a nossa mão direita.

Dar sem esperar retribuição

Jesus disse:
Não convide para a festa que você está promovendo os seus parentes, os seus amigos. Convide para ela os pobres.

Estas palavras soam sem nexo para nós, mas se buscarmos no espírito delas vamos descobrir que são sublimes, divinais.

Com isso Jesus, certamente, quis dizer que todos nós devemos sair do aconchego de nosso ambiente familiar para investirmos com o nosso manancial de amor além das fronteiras das quatro paredes, que nos dão muita segurança, mas nos cerceia a possibilidade de sermos úteis aos nossos irmãos.
Seria pretensão em demasia aceitarmos a idéia de que vimos ao mundo para vivermos dentro dos limites onde atuam aqueles que nos conhecem pela convivência e nos amam.

A nossa capacidade de raciocínio com a faculdade de expressarmos os nossos sentimentos fez de nós, seres humanos, indivíduos necessitados de nos relacionarmos socialmente.

Essa convivência faz de cada um de nós modelos em busca de exemplos.

Como modelos devemos estar sempre com as nossas mãos estendidas para o auxílio aos mais necessitados, sem esperar retribuição e nos alegrando com o sucesso daqueles que tivemos a ventura de ajudar.

Na busca de exemplos, vestindo as sandálias da humildade, buscando nos nossos relacionamentos aprendermos com os justos que amam sem fronteiras e que têm sempre um pouco mais de paciência, um pouco mais de carinho, um pouco mais de caridade, um pouco pais de desprendimento, um pouco mais de amor.

Assim, podemos afirmar que todos os seres humanos, desde os mais abastados até os paupérrimos, têm condições de doar alguma coisa.
Desde a abundância até a migalha.

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