quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Nas mãos de quem estamos


Meu joelho está dodói.
Isto não é novidade aqui em nossa cidade, que anda cheia de pernas de pau com os joelhos estourados.
Cabe, pelas circunstâncias, no entanto, o comentário.
O médico quer que se faça uma Ressonância Magnética, para ver se vai ser preciso uma cirurgia, para consertar o estrago de longos e exaustivos anos de atividade esportiva.
Já faz um ano que o pedido foi feito e nada da aprovação da Secretaria de Saúde para o dito exame.
A respeito deste assunto, sem querer acusar A ou B, constatamos que a Saúde que o Governo Brasileiro, nos seus três níveis, está oferecendo ao Povo é uma balela.
Não é só aqui em nossa cidade que as filas de necessitados de cuidados médicos ou de exames, aumentam cada vez mais.
No começo do oferecimento da saúde por parte do Governo, todos eram atendidos e, como, desde aquela época, já havia falhas, a necessidade acabou desembocando na criação dos planos de saúde.
No começo os planos de saúde começaram a atender a todo o vapor, aqueles que neles se inscreviam, pagando mensalidades relativamente dentro das possibilidades.
O tempo passou o custo mensal dos planos de saúde aumentou e o serviço oferecido, em virtude do avanço da tecnologia, não acompanhou o oferecimento.
Por isso, para se ter acesso aos modernos métodos, só é possível, com pagamento de mensalidades cada vez mais caras.
Pelo “andar da carruagem”, daqui a pouco, os planos de saúde só serão acessíveis aos que já são ricos e aos que estão ficando ricos.
Infelizmente são bem poucos, então, os que poderão ter uma assistência médica relativamente decente.
Assim o povão, que não terá a saúde oferecida pelo governo e nem, tampouco, poderá se inscrever nos planos de saúde ficará por conta dos cuidados, cada vez mais necessários, de Deus.
Bem, o meu joelho, coitadinho, já está por conta de Deus.
Enquanto isso vou resolvendo se procuro à justiça para conseguir fazer o exame de Ressonância Magnética, ou se o coloco como uma prioridade para a minha próxima encarnação.
Assim, recomendo a quem precisa de exames, remédios e não o consegue na saúde pública, que recorra à justiça.
No entanto, isso não vai resolver o problema, pelo menos, enquanto, o governo achar que a saúde do Povo Brasileiro, pode ser tratada como uma coisa de terceira necessidade.
Eu pelo menos conheci muitos que, em virtude deste desleixo, esperando uma solução, tiveram que mudar sua residência para o Céu, prematuramente.

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